My Dear Villain

Capítulo 41

Touya estava aguardando uma resposta da advogada do seu caso para conseguir ir até a U.A, já que não tinha permissão de ir para qualquer lugar que quisesse e que qualquer caminho que saísse da rota determinada era motivo para voltar para a prisão, mesmo que esse lugar fosse um dos lugares mais respeitados pelo Japão. 

- Conseguir para o final de semana, especificamente no domingo. - Falou no outro lado da linha a advogada. - Irei de passar para você todos os detalhes de como você deve se comportar e como vai funcionar todos protocolos mais tarde, pois tenho compromisso com a minha esposa nesse exato momento. 

O ex-vilão não esticou muito a conversa e desligou a ligação. Suspirou pela décima vez no dia de hoje, pois estava preocupado com a sua filha e se sentia culpado. Porém, faria de tudo para que ela fosse a criança mais amada e mais feliz por sua parte, isso é a certeza que tem e nada poderia mudar isso. 

Depois da ligação que recebeu de Akemi e  de terminar uma parte do seu serviço comunitário, aproveitou o intervalo para mandar mensagem para a advogada, -tinha o número dela, pois a mesma tinha lhe dito que era bom ter o número dela caso acontecesse alguma coisa-, que só lhe pode o ajudar durante a noite. 

Estava jantando com Rei e Fuyumi como na maioria das vezes, pois Natsuo está em período de provas na universidade e Enji não janta com eles, mesmo que estivesse em seu escritório em casa, - não sabia se agradecia ou não essa ação dele. Touya poderia contar com os dedos quantas vezes conversou com o seu progenitor e percebia que estava prologando uma conversa importante entre os dois, que nenhum e nem outro quer dar o primeiro passo, porém o medo o impedia de bater na porta do escritório e conversar com ele. 

Além disso, mesmo que a conversa fosse importante, não era o momento de se ter ela por conta da Sakura. O albino quer ter toda sua atenção voltada para sua pequena flor de cerejeira, não quer perder mais nenhum momento da vida da menor. Então, essa conversa com Enji está sendo engavetada para um momento mais oportuno e menos corrido do que agora. 

- E como foi as aulas com as crianças ? - Perguntou Rei para Fuyumi, tirando único homem da mesa dos seus pensamentos.

- Foi o de sempre, agitado e bastante divertido. - Respondeu com um sorriso amarelo. 

- E o serviço comunitário, Touya? Já se acostumou com esse trabalho ou ainda continua sendo puxado ? - Perguntou Rei olhando para o dono dos olhos azuis-turquesas. 

- Me acostumei com o trabalho e hoje não foi tão puxado como os outros dias, tirando o fato de ter tirado uma colmeia de abelha da casa de um casal de idoso. - Respondeu com o tom neutro de costume quando estava cansado ou quando estava na Liga dos Vilões.

Lembrava que a senhora de cabelos grisalhos tinha pedido a ele um favor de tirar a colmeia que estava escondida na árvore do quintal. Não foi difícil tirar, pois a colmeia estava vazia e não estava em um galho muito alto, tornando assim uma tarefa bem fácil de ser executada. E depois queimou a colmeia com um fósforo, pois está proibido de usar sua individualidade e não quer perder a sua liberdade por um deslize pequeno como esse. 

- Fuyumi, por acaso você conhece a situação da saúde da Sakura ? - Perguntou concentrado no seu prato. 

- Não muito. - Respondeu depois de alguns segundos de silêncio. - Porém, sei que ela toma alguns remédios fortes de tempos e tempos, e que tem que ter bastante cuidado para não pegar alguma gripe ou outra doença pelo fato do seu corpo não suportar muito bem sua individualidade.  - Disse tentando se lembrar de mais algum detalhes que lhe foi dito sobre o assunto. 

Depois dessa conversa, não falaram mais nada e terminaram o jantar em silêncio, pois o clima tinha ficado em uma linha tênue que poderia ser ir para um lado sensível demais e que poderia danificar a construção simbólica que se esforçaram para construir.