Capítulo 27

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Encara o tento de cor cinza gelo se tornou umas das únicas atividades "prazerosas" que tinha, pois não podia sair da cela para quase nada, exceto quando tinha que tomar um banho - com todo cuidado para não machucar as partes queimadas do seu corpo - e um banho de Sol, pelo menos podia respirar ar puro e ter alguma noção de tempo. É estritamente proibido falar com outro prisioneiro ou ter alguma comunicação com alguém de fora sem ser as visitas, regras que toda cadeia que se preze tem. Ás vezes quando o tédio realmente estava em um nível alto, fazia alguns exercícios que podia praticar e agradecia ao fato que não precisava mais usar algemas dentro da cela, nem precisa comentar a alegria que o albino ficou no momento que os guardas tiraram as algemas quando entrou na cela.

Não sabia ao certo quantos dias se passaram desde da sua última visita, mas tinha uma pequena noção de tempo e que no máximo se passou uma ou duas semanas desde que Hawks o visitou. Apesar de acreditar que sua cela é aprova de som, podia escutar um certo murmuro dos guardas que passavam e isso vinha se tornado frequente, a única coisa que podia está acontecendo para deixar os guardas falando tanto é o julgamentos dos réus e Touya não tem a mínima ideia se isso vai ser bom ou ruim para ele. 

Não tinha ideia quem diabos iria ser o seu advogado e muito menos tinha um discurso decorado, Touya nem queria imaginar a bagunça que irá ser no seu julgamento. O albino não era ingênuo em pensar que iria ter a sua liberdade cedo, pois na sua ficha criminal deveria ter no mínimo uns cinco crimes diferente e nem queria contar quantos crimes iguais tinha cometido. As vezes pensava que a sua vida teria sido mais fácil se tivesse herdado um corpo menos problemático ou se o mundo tivesse continuado sem os quirks, pois com quase certeza não precisaria está trancado em um lugar de cor cinza gelo e com uma enorme vontade de conhecer a sua filha.

- A vida é uma porra mesmo - disse o albino olhando a parede sentado na cama na posição de flor de lótus. 

Outra coisa que poderia fazer na prisão é criticar a roupa que os réus tem que usar, pois usar laranja todos os dias é horrível e com toda certeza que quando saísse da prisão não usaria nunca mais essa cor para nada. Também podia xingar mentalmente ou falando alto os guardas, pois nada que xingar os sem expressão dos guardas para melhorar o seu dia. Nessas horas, pensava o que sua filha gostava, será que ela gosta de doces? Ou prefere salgados? Será que ela via desenhos infantis ou preferia brincar quando o tédio batia? Será que tinha alguma coisa que ela odiava? Poderia está julgando a sua filha pela foto, mas poderia dizer que por instinto que sua filha, Sakura, com toda certeza é a criança mais encantadora do mundo. 

Lembrava claramente a foto que lhe mostraram e poderia falar com todas as letras que sua filha é a criança mais fofa que já existiu no Japão , pois os olhos azuis-turquesas dela pareciam pequenas pedras de diamante, seu sorriso tão brilhoso e os cabelos castanhos são a combinação perfeita de fofura.  Não podia imaginar que tamanha perfeição que a menor transmitia era obra sua junto com a mãe da Sakura, não podia acreditar que um ser tão amável poderia ser filha de vilão tão horrível como ele. A porta da sua cela se abriu e Touya se levantou se preparando  para ser algemado.

- Hoje será o seu julgamento - falou o guarda que acabou de algemar o albino.

- Que porra que você falou ? - perguntou chocado e com os olhos arregalados.

- Que o seu julgamento é hoje, agora - respondeu o guarda revirando os olhos.

Se antes odiava a ideia de está na cela sem nada para fazer, agora passou amar a sua cela de cor cinza gelo. Quem diabos vai para um julgamento sem um discurso preparado ou com um advogado para dizer a realidade do caso? Hawks ou seu pai devem ter perdido a cabeça, pois onde já se viu um réu ir para o julgamento sem antes fala com o advogado? Se antes achava que o seu julgamento iria ser uma bagunça,agora tem a certeza que o seu julgamento iria ser o pior julgamento que o Japão já teve. Enquanto pensava na dor de cabeça que iria ter em alguns minutos, caminhava até um carro forte para ir até o julgamento e suspirava para manter a pouca calma que lhe restava.

My Dear VillainOnde histórias criam vida. Descubra agora