Capítulo 35

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Os nervos estavam a flor da pele. Os tecidos da pele da mão que não estavam queimados tremiam e suavam mais que o normal, porém conseguia disfarçar perfeitamente. Nunca pensou que estaria tão nervoso, assaltar um banco e matar pessoas eram muito mais fácil e ficava mais calmo do que enfrentar o olhar âmbar na sua frente, retiraria que tinha dito a alguns dias atrás que seria fácil a conversa. A heroína estava bem na sua frente e o olhava diretamente para seus olhos azuis-turquesas desde que tinham sentado na mesa, um na frente do outro. Agradecia ao fato que de não ter puxado com todas as características quirk do seu progenitor, pois se não seria notório que estaria nervoso.

- Akemi Tanaka, heroína profissional de baixo rank e atual professora da prestigiosa U.A. - A portadora do quirk de ilusões fez uma apresentação e uma reverência simples. Com esse simples gesto, Touya conseguiu se acalmar e perceber que a heroína é uma pessoa bastante educada, pois poderia apostar que poucos iriam fazer isso. - Sei que teoricamente a gente se conhece, mas não irei conseguir ter essa conversa se não me apresentar. - Acrescentou voltando para sua posição inicial e voltou a olhar diretamente nos olhos do mais velho.

O albino entendeu perfeitamente o que quis falar Akemi, mesmo que tenham se visto poucas vezes e terem se conhecido de forma pouca convencional, para o tipo de conversa que estavam prestes a ter, são desconhecidos que sabem o nome e um pouco da história do outro. Nada mais e nada menos que isso, desconhecidos que se conhecem e tem uma filha juntos.

- Touya Todoroki, ex-vilão e estou atualmente pagando pelos meus crimes segundo a lei. - Repetiu o mesmo gesto que a portadora de cabelo castanho. 

Akemi estava com uma blusa lisa branca de manga relativamente longa e uma calça de cintura alta preta, ao contrário de Touya que estava com uma bermuda branca e uma camisa branca de detalhes preto. Elegância e simplicidade, era exatamente que as roupas das duas pessoas que estavam na sala de jantar exalavam. 

- Como mãe e heroína profissional não tenho confiança em deixar a minha filha perto de você, mas tenho que dar o braço a torcer nessa situação. - Suspirou alto e colocando uma mecha que estava atrapalhando sua visão atrás da sua orelha. O tom de voz usado foi sério, mas não ao ponto de intimidar o albino. Por um breve momento, Touya reparou que os cílios de Akemi eram medianos e de uma cor entre castanho e amarelo.

Como tinha pensando e falado outras vezes, seria estranho se tivesse confiança o suficiente para deixar uma criança perto do Touya, isso era algo que ele nunca iria dizer que a outra estava errada em ter esse pensamento. Porém, ficou um pouco incomodado com o pronome possessivo usado. O albino podia ver que o rumo da conversa não seria igual das possibilidades que sua mente imaginou, conseguia respirar melhor depois da fala da mulher a sua frente e seus ombros relaxaram um pouco. Respirou alto e olhou na mesma intensidade que a de olhos âmbar olhava.

- Entendo perfeitamente a sua insegurança em deixar Sakura comigo, não irei dizer que você estar errada, mas poderia se referir a Sakura como nossa filha ? - Perguntou dando ênfase no pronome possessivo da primeira pessoa do plural e continuou a falar. - Sei que para você pode pensar que é algo muito apressado da minha parte querer exigir isso, mas isso é algo que quero que leve em consideração, já que também sou o pai dela. - Disse em um tom de voz brando e sempre mantendo o contato visual com os do âmbar, não podia se dar ao luxo de cometer algum deslize por mais pequeno que seja. 

Akemi piscou uma, duas, três e mais vezes. Talvez tinha conseguido mostrar o quão sério está sobre a situação e a heroína não esperava um posicionamento tão sério. Ponto para o albino.

- Irei ter que me acostumar com isso - sussurrou em um de tom ainda audível. - Como posso ter certeza sobre você, quer dizer, sobre a sua mudança? Ninguém muda da noite para o dia de forma tão rápida - Perguntou ela, fechando os punhos com certa força e um tom de voz sério, dando uma abertura para a fala 

My Dear VillainOnde histórias criam vida. Descubra agora