3.2 - Uma ajudinha sempre é bem-vinda

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HARLEY QUINZEL PDV 

Havia entrado a esquerda e pensava que o Batz estivesse atrás de mim, mas era apenas seu reflexo. Ele havia entrado a direita. Só percebi isso minutos depois de caminhar em círculos.

Como podíamos ser tão estúpidos? A dupla perfeita Idi e Ota.

— Ahn... Bruce... — chamei relutante.

— Eu sei, nós estamos separados — é, eu não havia sido a única a reparar. — Tente fazer o caminho de volta.

— Como acharemos a saída? Esse lugar é muito mal iluminado e estreito.

— Eu não sei. Mas pelo tamanho do local, alguma destas paredes de espelho deve ser falsa, se ao menos conseguimos achá-la... 

— Aquele seu brinquedinho não funciona, não é?

Ainda sim podíamos nos ouvir, o que por hora, era ótimo.

— Não, não sou o Superman, não consigo ver atrás das coisas.

— O superman consegue fazer isso? — indaguei um tanto atônita, por que todos tem superpoderes e coisinhas tecnológicas menos eu? O silêncio se fez presente e estranhei. — Bruce? 

Um ruído de alguma coisa se quebrando do outro lado me assustou e eu me virei. Talvez o Batman estivesse lutando em algum lugar. 

— Estou um pouco ocupado agora, Harley.

É eu estava certa. 

Voltei a trilhar o caminho de saída, mas quando me virei novamente eu já não sabia mais qual era a passagem. Se tudo era espelhado e eu havia vindo do sul quer dizer que meu norte é o sul? Não espere. 

Porra. Estou bugada.

Passeei minhas mãos pelos espelhos para tentar ver se tinha alguma parede que se mudava de lugar ou sei lá. Não fazia sentido o lugar por onde vim não ter abertura. Como se uma porta houvesse sido fechada e me trancado naquele labirinto desgraçado.

Até que em minhas observações, notei algo estranho.

Havia um reflexo diferente meu.

Tombei o pescoço para o lado e óbvio que meu reflexo me acompanhou, pus a mão a minha frente e novamente houve uma imitação. Franzi o cenho confusa, mas tinha alguma coisa... Éramos parecidas, okay, jaqueta vermelha check. Mechas azuis e rosas check. Olhos azuis semicerrados check. Pose de durona... Ué? O que...

Ah, saquei. O cabelo! Esse loiro oxigenado não é meu.

É, realmente não era meu reflexo.

E como quem lia meus pensamentos, a puta jogou-se para cima de mim.

— Vadia louca! — xinguei ao sentir as unhas enormes cravando-se em minha nuca enquanto seu joelho vinha até minha barriga.

Da mesma forma que ela me segurava, agarrei-a pelo cabelo com ódio. Bloqueei o ataque de seus joelhos com as pernas enquanto recuava para trás, ainda afetada pela agilidade de seus ataques. Bati contra uma parede com força e sem querer larguei meu bastão de beisebol. 

Gemi com a dor do impacto e o material do espelho se trincou atrás de mim, fazendo com que pedaços afiadíssimos rasgassem minha roupa. Não me atingiram, o que era bom, mas atingiram meu bebê, o que era pior ainda.

— Ah, cara! — meus ombros despencaram em tristeza. — era minha jaqueta preferida! — reclamei com uma careta. 

Ela apenas tentou me acertar com um soco rápido e eu me abaixei desviando. Soquei sua costela no lugar enquanto me bloqueava de um chute seu. Seguia bloqueando ataques com agilidade e de alguma forma consegui fazê-la recuar, a encurralando. Dei uma cabeçada em sua testa e ela cambaleou para trás zonza e eu ri de sua cara. 

Indomável - HarlivyOnde histórias criam vida. Descubra agora