Indomável - Harlivy

3.3 - Enfrentando a si mesmo

xX Gente, o capítulo de hoje tá pesado. Mas vocês vão entender o porquê. Lembrando que farei adaptação de Você Nem Imagina para Harlivy em breve e para quem gosta de Supercorp deem uma olhada no meu perfil! Finalizei uma história de terror recentemente! Espero que curtam bastante esse finalzinho e uma boa leitura meus amores <3 Xx

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Harley Quinzel PDV

Quando acordei, encontrei-me novamente no apartamento da Pam, nosso lugar de paz, um que mesmo sendo ponto de encontro comum, ficou marcado para mim e para ela.

Estava diferente do habitual. As paredes estavam pintadas de branco, tudo era alvo, impecável. E também, algo que estranhei, foram a falta de plantas. Nunca imaginei que elas ocupassem tanto espaço no lugar, de repente o apartamento de 125 metros quadrados tornou-se uma mansão. Enfim. 

Pamela estava a minha frente e o Joker ao seu lado direito. Ambos tinham os olhos vidrados em mim e permaneciam estáticos, com os semblantes fechados como se eu tivesse feito algo para os dois. Franzi o cenho tentando compreender primeiro o como havíamos parado ali e o porquê Joker estava em nosso apartamento. 

— O que foi que eu perdi? — indaguei diretamente a ela, aflita pela proximidade dos dois. Ela parecia estar tranquila embora a cara continuasse séria. — Pam, o que ele está fazendo aqui? 

Finalmente me levantei e procurei pelo meu bastão de beisebol, mas ele não estava em lugar algum. Esperei por explicações da ruiva, porém ela manteve-se parada me fitando em silêncio. 

— Tinha razão, ela é uma péssima atriz — finalmente quebrou o silêncio maciço com a voz amargurada.

— Pamela? — a chamei, ela me ignorou. — O que está dizendo? Será que você pode me explicar como em um segundo você estava em Arkham e agora estamos aqui... 

— Deveríamos nos livrar dela o quão antes — Joker quem disse desta vez. 

Ambos continuavam a conversar como se eu não estivesse ali, minha mente tentava raciocinar, mas eu não me sentia capaz... de compreender. Deus, eu estava tão perdida. 

— Pam? 

Ela enrugou o nariz.

— Não me chame desse jeito! Não temos nada.

— O que está dizendo, ruivinha? — aproximei-me, mas ela me parou de imediato. 

— Mandei não me chamar assim! Não temos nada! — ela aumentou o tom e eu recuei assustada. — Achou mesmo que eu ficaria com uma mulher como você? Tão desprezível ao ponto de sequer conseguir me causar qualquer tipo de sentimento além de nojo — arqueei as sobrancelhas surpresa, letárgica. —Você não é nada, não tem mais serventia para mim.

Sabe quando algo lhe atinge tão fortemente que nem mesmo o choro sai? Ele freia na garganta e lá permanece, e cada célula do seu corpo se retrai como se tivesse sido comprimida e isso causa uma dor física real? E quando, ao mesmo tempo em conjunto com tudo isso, o ar tivesse parado de existir por um segundo eterno sentindo como se estivesse... asfixiando devagar? 

Era assim que eu me sentia agora.

Eu havia sido usada de novo.

— Pamela... por que está me tratando desse jeito? — indaguei tentando compreender em meu âmago o motivo de ter sido tão cruel comigo. A ruiva que eu conhecia jamais falaria assim comigo. — o que o Joker disse a você? Ele falou algo não foi? Só pode ter sido ele a querer nos separar.