54

482 45 34
                                    

Demorei mais do que eu gostaria porque as coisas na faculdade estão um verdadeiro inferno! Final do semestre é toda uma pressão que eu apenas luto para não surtar.

Espero que gostem do capítulo porque eu o fiz com muito amor.

Os erros concerto depois!

Boa leitura!

...

Narradora Point Of View

__ Acha que ela ainda vai demorar muito?.- A mulher perguntou agitada, e fitou o filho que deu de ombros sem saber o que responder para deixá-la um pouco mais tranquila.- São quase duas horas e o porteiro não ligou para avisar que alguém está subindo.- Disse engolindo o nó que se formara em sua garganta.

__ Ela está a caminho.- Mane respondeu simples. Conhecia a sobrinha, e sabia que a mesma não faria uma desfeita daquelas com os avós, mesmo não os conhecendo.- A senhora precisa apenas manter a calma e tentar não assustar a pobre garota.- Recomendou sério. Haviam conversado dias antes sobre o que poderia ou não ser dito na presença de Rosalie. E apesar dos pais terem garantido que tomariam cuidado com cada pequena palavra, o empresário sentia-se um pouco apreensivo. De qualquer forma, não era aconselhável criar mais problemas com Anahí.

Marishelo resolveu acatar o conselho do filho, e voltou a ajeitar a mesa para o almoço. Preparara um verdadeiro banquete para aquele que ditava o início de muitos outros encontros. E mesmo com Mane dizendo que a sobrinha não tinha muitos luxos quanto a alimentação, ela optou por cozinhar várias coisas assim mesmo, alegando não conhecer a neta e que por isso não poderia preparar apenas um único prato. Sentia o olhar intenso e reprovador de Henrique sobre cada pequeno movimento seu, mas sempre fora muito boa em fingir desinteresse. E foi exatamente o que fez.

Enquanto isso do lado de fora, uma Rosalie que acabara de despedir-se dos pais, caminhava receosa para o interior do prédio em que o tio vivia. Apesar de ter mantido aquela pose de menina bem resolvida, que não estava com medo de conhecer duas pessoas totalmente estranhas, sentia como se depois daquele almoço nada mais voltaria a ser como antes. Por alguns momentos, desde que acordara naquele dia, pensou seriamente em ligar para Mane e simular um mal estar repentino e assim não ter que comparecer ao tão esperado encontro, mas não fora educada daquela maneira tão mesquinha. E se a própria Anahí, que obviamente era a pessoa que deveria estar mais afetada com todo aquele cenário, estava disposta a respeitar qualquer escolha sua, então ela seria a adulta da vez e arcaria com as futuras consequências de suas decisões.

Com um aceno rápido de cabeça para o porteiro que já lhe conhecia das outras vezes que estivera alí, Rose caminhou até ao elevador, não sem antes pedir ao homem que não avisasse sobre a sua chegada. Alegou estar ansiosa para fazer uma surpresa aos avós que estavam na cidade a muito pouco tempo, o que no fundo não passava de uma puta mentira.

Segundos depois, ela estava no corredor parada diante da porta. Sabia que atrás daquele objecto de madeira encontraria um cenário totalmente diferente do que estava acostumada, e pensou que talvez, Marishelo estivesse esperando-a vestida de bruxa, pronta para então arrancar-lhe a alma e o coração em uma só tacada.

Ela riu negando com a cabeça diante de tamanha idiotice, e quando resolveu tocar a campainha, a porta abriu-se em um único movimento, revelando uma mulher que conhecia muito bem. Vira aqueles mesmos olhos quando a mãe caiu desmaiada no meio do shopping e a mais velha muito prontamente ofereceu-se para levá-las até ao hospital. Lembrava-se também de sentir-se segura quando ela lhe envolveu em um abraço, sussurrando palavras de conforto, e até se permitira derramar algumas lágrimas tamanha era a sua angústia.

Rose pensou até em abrir a boca para dizer qualquer coisa que interrompesse aquele silêncio horroroso, mas a figura de um Mane sorrindo largo para ela, impediu-lhe de fazer o que desejava.

Destino? TalvezOnde histórias criam vida. Descubra agora