Destino? Talvez

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Eu juro que tento postar rapidinho.. But, it doesn't just depend on me!!

A música para o capítulo é uma das minhas favoritas:JP Cooper- Everything I Wanted ( Billie Eilish Cover )

Os erros concerto depois!

Boa leitura!

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Narradora Point Of View

Anahí pousou a chávena por cima da mesa, e caminhou a passos lentos até a janela que cobria metade da parede da sala. O cabelo solto caíndo livre pelos ombros por cima do roupão, os pés descalços e os olhos terrivelmente vermelhos. Chorara enquanto tomava banho. Sentia a cabeça pesada, o coração apertado e um gosto desconfortável na boca. Era como se tudo estivesse novamente desmoronando bem na sua frente, sem ter a chance de fazer algo para mudar tal realidade. Nenhum dos pontos de vistas que ponderou durante todos aqueles minutos no mais absoluto silêncio, pareceu levar a um caminho verdadeiramente bom. Mas, o que poderia fazer quando o próprio coração encontrava-se fodidamente confuso? Bom, talvez dizer a verdade e mais tarde lidar com as consequências era o melhor a ser feito. E não é como se Alfonso estivesse disposto a deixá-la sair do seu apartamento daquele jeito. Depois de ter gozado de forma tão intensa dentro daquele carro, ela soube que não teria forças para novamente fugir como se fosse uma criança. Ela não era, e provaria aquele ponto.

__ Durante muito tempo, eu chorei, me quebrei inteira por sentir culpa pela morte da minha filha.- Começou, virando o corpo para encarar Alfonso que estava sentado no sofá de braços cruzados. Por mais que quisesse entender os motivos que levaram as coisas até aquele ponto, ele sabia respeitar o tempo de cada um. Por isso deixou que Anahí tomasse banho e organizasse os pensamentos para então se permitir falar.- Várias vezes desejei morrer só pela possibilidade de poder encontrá-la em qualquer lugar. Mas, chegou esse momento, e eu percebi que viver séria um castigo bom o suficiente para eu pagar pelo mal que causei à ela. Porque afinal, se eu tivesse me separado antes, nada daquilo teria acontecido certo?.- Questionou, o olhar distante. Alfonso franziu o cenho, mas não ousou dizer nada.- E então, do nada surge a esperança, aquela luz no fim de túnel, me mostrando que todo o meu sofrimento até aqui foi em vão.

__ Não consigo acompanhar você.- Alfonso confessou em voz baixa e ela assentiu voltando a abraçar o próprio corpo.

__ Rosalie Herrera, um nome realmente bonito.- Observou tranquila.- Mas, eu sempre gostei de Mia, talvez porque ela realmente era minha. Minha filha. Minha força. Meu ponto de partida. E você tirou ela de mim!.- Acusou. O olhar frio na direcção dele que piscou confuso.- Eu quase enlouqueci Alfonso. Chorei durante anos, e ainda choro pela ausência de alguém que esteve durante todo esse tempo com você.

__ Ok, do que você está falando?.- Alfonso tinha o maxilar trincado e um ponto de interrogação do tamanho do universo estampado em seu rosto.

Eu tive um sonho
Em que eu consegui tudo o que eu queria
Não é o que você pensa
E, pra falar a verdade
Ele pode ter sido um pesadelo
Para qualquer um que possa se importar

Anahí não sabia mais distinguir a verdade da mentira. Ela apenas sentia aquela necessidade de falar tudo o que estava dentro de si. Talvez jogar as coisas daquele jeito por cima da mesa não fosse o melhor caminho, mas já estava feito. Não tinha mais voltas à dar.

__ A Rose me contou sobre os seus "sonhos".- Explicou e Alfonso esperou.- Sobre a menina que andava pela casa com um ursinho de peluche. A propósito, o nome dele é Renato.- Lembrou, sorrindo fraco por breves segundos.- Mas, o que realmente me deixou chocada, foi o facto dela ter enxergado uma cena que somente eu e a minha filha vivemos. Uma cena que eu tento apagar da minha memória por ser nojenta demais para se suportar, e eu nunca comentei isso com ninguém que não fosse da minha intimidade. E aí eu me pergunto, como é possível ela ter visto isso em seu sonho sendo que não estava lá?