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"A gente tem o direito de deixar o barco correr. As coisas se arranjam, não é preciso empurrar com tanta força."

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Volteiiiiiiiiii!

Sei que demorei um pouco para voltar, mas eu precisava desse tempinho para recuperar totalmente e entender outras cositas mas.

Não tenho muito o que falar sobre o capítulo, apenas que é importante - para quem já não lembra totalmente do último capítulo postado - dar uma rápida olhada para ficar dentro do assunto, porque essa é a continuação ok?

Espero realmente que gostem porque escrevi com todo meu amor e toda minha dedicação.

Os erros concerto depois!

Boa leitura!

...

Maite Perroni Point Of View

Agonia. Era isso. Eu estava completamente agoniada e odiava ter essa sensação. Sentir-me irritada e não poder gritar aos quatro ventos o quanto a minha vida era fodida, me deixava aflita. Sentir aquela dor absurda no estômago como se estivesse prestes a vomitar todo o pequeno almoço para fora, o corpo esquentando, a cabeça a ponto de explodir e a respiração presa. Estava a mais de duas horas sentada no fundo daquele bar sem movimentar nenhum músculo do meu corpo. Observava a multidão entrar sóbria e sair cambaleando por causa da quantidade exorbitante de álcool que ingeriam, e só desejava ter a mesma coragem, para quem sabe assim esquecer os meus problemas.

Mas, desde o momento que o garçom colocou aquela garrafa de tequila, algumas fatias de limão e um copo na minha mesa, não consegui colocar uma única gota em minha boca. Fiquei parada feito uma estátua observando o líquido transparente de dentro da garrafa, enquanto as palavras que saíram da boca do meu pai giravam repetidas vezes em minha cabeça. Sabe aquele momento em que sentimos como se algo tivesse quebrado dentro de nós? Era exatamente assim que eu me sentia. Só que, diferente das outras vezes, em que eu dei a cara no tapa e resolvi confrontar o meu progenitor para saber que motivos ele teria para me odiar tanto, dessa vez eu só deixei as lágrimas caírem e engoli a bola que se formou em minha garganta. Eu mal conseguia descrever com palavras o que sentia ao constatar que o meu próprio pai não valorizava os meus esforços para se tornar uma mulher bem sucedida. Alguém completamente diferente do que a minha mãe uma vez fora. Porque apesar de ser muito nova na altura, eu soube perfeitamente que a minha mãe abandonou os estudos por causa do marido que não achava necessário uma mulher ter um diploma; tinha noção de todas as vezes que Miguel chamou a minha mãe de prostituta pelo simples facto dela querer ser uma perfumista. Mas, ele preferia que a esposa passasse o dia com a barriga grudada no fogão ao invés de bater o pé por aí com a única intenção de conquistar o mundo. E era lamentável dizer que ele estava tentando fazer o mesmo comigo.

__ A senhorita não vai abrir a garrafa?.- Ergui os olhos imediatamente e pude enxergar o garçom que me atendera horas antes. Ele segurava na mão direita um tabuleiro de alumínio e sorria de forma amigável.

__ Não estou me sentindo muito bem.- Menti. Bom, não era exatamente uma mentira porque a minha cabeça doía e o meu estômago parecia querer sair do lugar. Eu só não queria dizer a verdade e dar motivos para um possível interrogatório.- Pode devolver? Eu pago na mesma.- Falei antes que ele começasse a reclamar sobre o facto de já ter emitido uma factura e  blá blá.

Destino? TalvezOnde histórias criam vida. Descubra agora