Destino? Talvez

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O capítulo passado é definitivamente o meu maior XODÔ!

Muchas gracias por cada comentário! Yo estoy muy grata.

A música para esse capítulo é uma daquelas que nunca deixarei de ouvir mesmo depois de anos. Miley Cyrus- When I Look At You

Bom,vamos para o capítulo?

Boa leitura!

Os erros concerto depois!

...

Narradora Point Of View

Os pensamentos de Alfonso estavam completamente distantes. Ele encarava as ruas da cidade através da janela, via as gotas de chuva caírem e molharem completamente o chão do lado de fora, e repassava em sua mente tudo que acontecera horas antes. Por um momento se perguntou se havia tido um simples pesadelo, mas ao ver a figura de Anahí encolhida em sua cama, o rosto completamente vermelho e olhos inchados, percebeu que aquela conversa realmente acontecera. Sentia vontade de quebrar um prato sempre que as palavras frias e duras da escritora surgiam em sua cabeça, mas se perguntava realmente se não teria reagido de forma muito pior.

Depois que ela caiu desmaida no meio da sala, Alfonso sentiu-se culpado por ter reagido de forma tão dura. Pelo pouco que conhecia de Anahí, sabia que a mesma não sabia lidar muito bem com situações que saíam de seu controle, o que em partes justificava o sumiço durante todos aqueles dias. E mesmo com toda raiva que sentiu no momento, ele fez questão de carregá-la até seu quarto, onde em seguida depositou-lhe de forma delicada na cama. O coração chegando a apertar ao vê-la daquele jeito tão desolado. E durante as próximas horas ele velou o sono dela. Cuidou do pequeno ferimento na testa causado pela queda, e em uns dos seus olhares minuciosos, percebeu que a mesma havia perdido alguns quilos.

Quando Anahí finalmente acordou, ele ainda estava lá. Ela piscou confusa, e encarou o teto meio grogue. Sentia a cabeça latejar de forma tão intensa, que achou que fosse morrer naquele mesmo instante. As lembranças vividas antes do seu súbito desmaio ainda estavam lá, fazendo-a derramar algumas poucas lágrimas. Ela sentia como se tudo em que acreditara em toda sua vida não existiu simplesmente porque Robert assim o quis. O homem por quem um dia fora apaixonada, teve a coragem de olhar para a própria filha e negar qualquer grau de parentesco que os unia. E pensar naquilo chegava a doer tanto, que o coração se encolhia um pouquinho mais em seu peito.

__ Como você está?.- A escritora arregalou os olhos assustada, e virou o rosto simplesmente para ver os olhos verdes fixos em cada pequeno traço do seu rosto.- Assustei você?.- Alfonso perguntou baixo. Estava sentado em uma poltrona perto da cama, os braços cruzados na altura do peito.

__ S-im.- Anahí respondeu engolido em seco. Queria muito poder se enfiar em algum buraco naquele momento.

__ Precisa tomar isso para não sentir muita dor na cabeça.- Falou erguendo um comprido e um copo de suco de laranja à ela que agradeceu em silêncio.- Tem um pequeno corte na sua testa, não levou nenhum ponto e então não vai demorar muito para sarar.- Explicou carinhoso para o desespero da outra.- Está sentindo alguma coisa para além da dor de cabeça?.- Anahí negou e ele maneou a cabeça positivamente.

Todo mundo precisa de inspiração
Todo mundo precisa de uma canção
Uma bela melodia
Quando a noite é tão longa

__ E-eeu...- Anahí murmurou sentindo o peito subir e descer no ritmo da sua respiração descompassada, e fitou Alfonso que seguia no mesmo lugar com uma expressão neutra no rosto. O maxilar trincado e o cenho franzido.- Eu preciso pedir desculpas à você.- Falou desviando o olhar para fitar o lençol que cobria parte do seu corpo, e só naquele momento percebeu que estava usando uma camisola de mangas compridas dele.- Sei que agi de forma totalmente errada ao vir aqui lhe acusar das piores coisas quando na verdade salvou a minha filha de viver em um abrigo.- Concluiu. Alfonso respirou fundo deixando escapar uma lufada de ar quente e em seguida deitou na cama a poucos quilómetros do corpo dela que piscou confusa.