CAPÍTULO QUARENTA E CINCO

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Valentina

Mike e eu tivemos um dia maravilhoso e muito romântico.

Andamos de mãos dadas pela cidade fomos ao lago, nem sabia que aqui tinha um. Passamos pela floresta fomos até a cachoeira e pela primeira vez reparei na cor da água e no quando esse lugar é lindo e muito refrescante.

Não tinha tempo para pensar nisso antes, sair me divertir com alguém que me fizesse bem. As coisas eram um pouco sem "vida".

Que ironia!

Uma vampira falando isso.

Por algumas horas realmente esqueci que sou uma.

Voltamos depois de um tempo pois já estava no entardecer.

Sinto algo estranho.

Como se estivesse acontecendo alguma coisa a Lone. Mas não deve ser nada. Afinal ela com certeza já está no apartamento descansando.

— Que bom. Encontrei vocês! – Amanda disse parecendo preocupada.

Ela é nova na cidade,está cuidando da loja de Ruggero. Moramos no mesmo condomínio.

— O que ouve, Amanda? – Estava sentindo aquilo de novo.

— A Karol está fora de si! Está lá no bar fazendo uma algazarra. Tadinha da Lone, não pode fazer nada por causa das pessoas que estão lá dentro. Ela não pode usar os poderes. – ela fala tudo rápido e a última parte sussurrou.

Mas como ela sabe que Lone é uma bruxa?

— Não acredito que ela fez isso! Karol passou de todos os limites! Cadê o Ruggero? A culpa maior deve ser dele! – gritei já com raiva e meus olhos com certeza mudaram de cor,e estão violetta. – EU VOU MATAR OS DOIS!

A Lone é como uma irmã. Desde que nos conhecemos senti um carinho enorme por ela.

— Calma meu amor. Ele..

— Você fica calado! – disse para meu namorado. – Ninguém mexe com a Lone e sai impune!

—  Melhor irem logo, antes que as coisas piorem. – disse sem um pingo de medo. – Ah! Vocês sabem onde o Agus e as meninas estão? Fui até o apartamento de Ruggero e a porta da frente estava aberta. O quarto da menina Luz parece que foi arrombado. Está todo bagunçado!

— Meu Deus...

— Onde está o energúmeno do Ruggero? Tomara que esteja bem. – Mike perguntou.

— Você vai atrás do Ruggero, e eu vou resolver com a Karol. – beijei ele.

— Como um dia tão maravilhoso virou de ponta cabeça? – Suspirei exasperada.

Meus olhos agora estão em um tom azul negro de pura raiva.

— Obrigada por nos avisar, Amanda. Lhe agradeço muito por tudo que está fazendo. – a abraço.

— Não tem de quê. Faço porque gosto de todos vocês como uma família. Foram tão gentis comigo quando cheguei aqui. – ela sorriu. – Qualquer coisa por favor me avisem! Vou estar na floricultura junto com a Antônia, uma amiga que chegou ontem a cidade. – Acho que já ouvi esse nome antes. – Ela falou que já tinha ido até a loja e conversado com o dono sobre...

Interrompi.

Estou preocupada.

— Tudo bem. Agora preciso ir! Depois nós falamos sobre isso. – saio de lá rapidamente.

Lone

— Não sei o que deu nela. Está totalmente perdida. Tenho que fazer alguma coisa. – Estava ajudando Jay com o ferimento no pescoço.

Quando terminei levantei da cadeira, preciso fazer isso.

Não posso deixar ela destruir o bar e acabar com a vida dessas pessoas.

— Espera! – Jay segurou meu braço me fazendo parar.

O toque dele me dava coisas que não sei explicar.

— O que foi? Voltou a sangrar? – olhei para ele que sorriu.

Ele tem um sorriso tão bonito.

— Toma cuidado! Lone, não importa o que vão pensar de você. Sei que é uma pessoa incrível e tem que usar seus poderes para ajudá-la. – Paralisei.

Como ele sabe que..? Mas eu nunca...

— Obrigada. Você... É, como sabe dos meus? Como sabe que sou uma bruxa?! – sussurrei baixinho olhando pro chão.

— Eu já vi você usar seus poderes, feitiços, como você quiser chamar. E eu gosto de você de verdade. Lone seu jeito de ser me conquistou mesmo que eu não tenha muitas chances, claro. – olhei para ele indignada e fiz uma carranca.

Como assim ele acha que não tem chances comigo?

Eu é..

Bom, não que eu gosto dele, algo assim.

— ...mas sei o quanto você é incrível e gentil. E não machucaria ninguém, não de propósito. Estou apaixonado por você, Lone Stuart.

— J-jay, eu...- ele me beijou.

Ele me beijou.

ELE ME BEIJOU!

Meu coração acelerou desgovernado.

— V-você...– é a única coisa que consigo falar.

Estou tentando processar o que acabou de acontecer.

— Agora vai lá. Eu vou ficar bem! – senti um arrepio percorrer meu corpo.

— Vai mesmo? – Karol chega por trás dele. – Seu gosto é delicioso, sabia? Você não se importa se eu provar mais um pouquinho, não é?! – ela olhou para mim com um sorriso maléfico.

Ela estava me desafiando?

— Não vou permitir que machuque ele de novo e muito menos as outras pessoas! – Avancei na sua direção usando o feitiço que deixa a pessoa desnorteada.

Karol quer brincar?

Vamos brincar então!

Não aguento mais os outros mandando e desmandando em mim.

Eita...

ANTES DO AMANHECEROnde histórias criam vida. Descubra agora