CAPÍTULO QUARENTA E SEIS

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Lone

— Isso é um desafio pra você? As pessoas que você hipnotizou e provou o sangue, elas vão acabar morrendo!

Me aproximei mais dela ainda usando o feitiço a fazendo colocar as mãos na cabeça, em nenhum momento ela deixou de olhar pra mim com divertimento e um sorriso presunçoso.

— Não vou permitir que machuque mais ninguém aqui!

Ela veio lentamente até mim e levantou uma mão usando seus poderes e me julgou com tudo em uma das mesas, grunhi de dor e um pouco de sangue começou a sair pelo meu nariz.

— Lone, Lone...- brincou chamando meu nome enquanto voltava para perto do Jay passando a mão no seu pescoço, exatamente aonde estava sagrando minutos atrás e levou o dedo a boca chupando as gotas de sangue. – Ou devo dizer Clari... Ops! – sorriu. – Hum... você sabe o que eu quero. É muito simples!

Colocou as mãos no ombro dele.

Vou torcer o pescoço dela se tocar nele novamente.

— Não. toca. nele! – rangi os dentes com raiva.

— Já estou tocando! E é..- colocou a mão no queixo fingindo pensar.- Diz logo onde está a aquela vadia desgraçada e deixo você,ele e todos aqui em paz! Que tal?

Peguei um pedaço de madeira da mesa que quebrou por causa dela e avancei de novo chegando perto,mas sem querer aceitei no Jay.

A desgraçada desviou.

— Eu não vou dizer! Olha só o que eu fiz por sua culpa! – gritei tentando arrancar a madeira do ombro do homem a minha frente.- D-desculpa Jay eu não queria... acertar você... E-eu vou..

Ele me interrompeu.

— Ei, olha para mim - ele segurou meu rosto.- E-eu v-vou f-ficar b-bem, vai lá e acaba com isso. – uma lágrima solitária caiu do meu olho.

— T-tá.

— Olha só que bonitinhos! Argh! O tempo tá passando pombinhos apaixonados. – Karol ficou no meio de nós, cortando o clima.

Não deveria nem existir clima num momento como esse.

Tinha conseguido tirar o pedaço de madeira de Jay e aproveite sua aproximação enfiando na mesma a empurrando pra longe fazendo as pessoas se assustarem e começarem a correr.

Parece que saíram do transe.

— Ahhh! Filha da puta! – rosnou com os olhos mudando de cor.

Valentina

Estava quase chegando no bar quando vi duas pessoas passando. Eu conheço elas.

É a Melissa e a Luísa.

Mas o que elas estão fazendo aqui?

A Luísa me viu e veio até mim junto com a ruiva.

— Valentina, que bom que te encontrei.

— O que estão fazendo aqui? Já ficaram sabendo o que aconteceu com o Agus e as garotas?

Luisa olhou pra mim com uma expressão de preocupação.

— Do que tá falando? Eles estão bem? Aconteceu alguma coisa a Luz? – questiona nervosa.

— Não sei ao certo! Eles sumiram. O apartamento , é o quarto da sua fi...da Luz foi arrombado e acho que levaram ela. Não sei se o Agustín estava como as duas...

Ela não esperou eu terminar de falar e saiu correndo.

— LUISA! ESPERA AÍ.

— Não se preocupa! Vou atrás dela. Bem que ela disse que estava com um mau presentimento. – Melissa saiu rápido.

— OK. Me deixaram falando sozinha.
Lone precisa de mim. – falei comigo mesma e fui rápido.

Lone

Minutos antes

— Estranho, justo você, ajudar minha prima infeliz sendo que não gosta nem um pingo dela. – Karol falava tentando tirar as lascas de madeira do abdômen.

— Não se mete! Você não sabe o que ela fez então... – engoli em seco. – realmente vai nos deixar em paz? Se eu falar você vai embora daqui?

Perguntei com um gosto amargo na garganta só de lembrar como a Nathalia me obrigou.

Karol sorriu tirando as últimas lascas do ferimento, e vi que já estava praticamente cicatrizada.

Mas como?

Não é possível que se cure tão rápido.

Eu estava enganada pelo visto.

Seu rosto se iluminou.

— Sim, Lone! É só dizer e eu vou.

— Ela sabe uma coisa sobre mim que não quero lembrar e muito doloroso.

Fechei os olhos.

Estava deixando que as lembranças ficassem onde estão.

— Tá! Tudo bem. Só quero saber onde ela estar.

Foi ríspida.

— Ela está com eles e o Sebastian...

— Quem é Sebastian?

— Foi ele que...ele me usou. – não devia ter falado, as lágrimas caiam de uma vez só.

— Calma. Aonde eles estão?

— Na mansão dos membros da sociedade dos vampiros. Eles estão protegendo ela!

— Obrigada querida! Não foi tão difícil dizer, né?! – Virou-se para Jay. – melhor levá-lo ao hospital. Ou talvez você possa ajuda-lo. E vocês que ficaram podem sair, estão livres!

Ela saiu.

— Eu vou te ajudar, vem. – fiz um feitiço de cura.

— Obrigado. – sorri sem jeito.

— Lone? Cadê ela? – olhou para minha que entrou quase voando e me abraçou. – Você tá bem?

— Estou bem. Ela já foi. – sussurrei baixinho. – Conseguiu o que queria!

Comentem por favor. Quero saber o que estão achando da fic...

Um abraço❣️

ANTES DO AMANHECEROnde histórias criam vida. Descubra agora