CAPÍTULO CINQUENTA E NOVE

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Joana

Ele olhava pra mim como se eu fosse um fantasma, o que me deixou confusa já que o Eduardo faz parte dessa sociedade doentia e maldita fazem mais de 10 anos.

Claro esconderam muitas coisas, assim como fizeram comigo.

Eu já fui como eles uma vez, claro sem saber o que de fato acontecia.

Quando descobri cai fora e prometi a mim mesma jamais me juntar a eles e proteger quem quer que fosse que precisasse de ajuda por ter caído nas mãos deles ou antes mesmo disso acontecer.

— Sim, sou eu. Como vai Eduardo? – ele olhou para o rapaz ao seu lado perplexo com a testa franzida.

— C-como ela pode estar viva? Porque não me contaram? – O mesmo estava em choque.

Agustín começou a tossir.

— Você não tinha porque saber nada! Eu tomo as decisões aqui, a única coisa que tem que fazer e atacar minhas ordens, Eduardo! – o rapaz estava com raiva por termos fugido e tentou chegar até mim.

— Eu tinha o direito de saber! – Eduardo gritou segurando a cabeça do homem mais jovem.

Soltei um grito abafado quando me dei conta do que ele ia fazer.

O rapaz o acertou um golpe na barriga, porém Eduardo nem se mexeu e voou em cima dele com a faca em mãos o matando na nossa frente.

— V-vamos... rápido... Joana. – Agus puxa minha mão e vou com ele ainda apoiado em mim.

— Vamos sair logo daqui! Não posso dar explicações agora, só peço para confiarem e vir comigo. – Eduardo foi para o outro lado também apoiando o corpo de Agus.

— Não! Me solta! – Meu sobrinho começou a se debater mesmo bastante fraco e olhou para o homem que o segurava como apoio com raiva.

— Agus meu querido, calma! – Tentei conte-lo.

— Eu não vou a lugar algum com você, seu infeliz! – dizia com a voz arrastada pelo cansaço.

— Calma, meu sobrinho. Posso sentir que ele diz a verdade, nós não temos muito tempo,ou saímos daqui agora ou morreremos. – Relutei ouvindo passos lentos e precisos.

São lobos.

— Não tia! Você não sabe que foi ele que causou o acidente dos pais do Mike e eu.. – ele não termina de falar pois desmaia.

— Aí meu Deus! Agustín? Acorda! - ele não se mexe e sua respiração e pulsação está muito fraca. – Me ajuda Eduardo, temos que sair daqui!

Ele me ajuda e uso com um pouco de esforço a minha magia,mas estou muito fraca também.

Chegamos na estrada onde vejo um carro estacionado,entramos nele e vamos embora.

Meu Deus.

Não permita que ele morra por favor.

Não o leve.

Ele merece ser feliz.

Rezo pra que não seja tarde.

Karol

ANTES DO AMANHECEROnde histórias criam vida. Descubra agora