ANTES DO AMANHECER

CAPÍTULO SEIS

Karol

Estou a dias tentando achar alguma pista

Até agora nada!

Se tiver que voltar aquela cidade novamente então. Pior ainda.

Não quero voltar.

Já sei!

A Valentina.

Ela disse que me ajudaria, então é o jeito.

Ah!

Odeio pedir ajuda.

— Olá , bom dia! – desejou um homem ao passar por mim.

— Bom dia só se for pra você! – Resmunguei , o idiota ri entrando em algum lugar.

Mereço.

Acho que já vi ele antes.

Que estranho!

Fiquei tão distraída que acabei esbarrando em alguém.

— Perdão! – falamos juntas.

Nathalia

Que cidade ridícula!

Parece que não mudou nada.

Foi divertido brincar com aquele patético achando que eu gostava dele.

Mas odeio estar aqui.

Odeio esse lugar!

Os anos longe daqui foram ótimos, não me arrependo de nada que fiz.

Fiquei pensando tanto que nem percebi quando alguém sentou na cadeira à minha frente.

— Até que em fim. Por que demorou tanto?– Exclamei estressada.

Só esse idiota para me fazer perder tempo.

— Oi pra você também. – diz irônico. – estava ocupado. Você não imagina o que descobri. – falou parecendo gostar do que viu.

— Fala logo!

Não entendo porque esse suspense.

Estúpido.

— A Valentina está viva! Aquela Idiota pensa que não reconheci ela, têm tanta beleza mas é tão burra. – declarou sorrindo.

— Não! Ela tem que morrer, já deveria estar morta. Se não fosse pela sua incompetência! –  irritada levanto da cadeira.

Desgraçado.

Nem pra matar serve.

Ele se ofendeu com minhas palavras.

Olhei para minhas unhas não dando a mínima.

Só disse a verdade.

— Cala boca! Olha como fala comigo. Você e o Eduardo também têm culpa, querida. – rosnou alto. – Ah, e vê se fala baixo estão todos olhando.

Ignorei sua petulância.

Depois resolvo esse mau humor.

— Cadê ele? Você está vendo ele aqui?! –  perguntei já sem paciência.

Voltei a sentar, batendo na mesa.

— Eu não sei. Era pra ele estar aqui! – falou simples.

— Pensei que você vinha com ele e... não pode ser. Ela estava aqui esse tempo todo! – Fraquejei saindo da cafeteria.

— Nathalia, aonde vai? De quem está falando?! – Bryan veio atrás de mim.

— NÃO É DA SUA CONTA. VAI EMBORA AGORA! – gritei e ele sai, mesmo confuso.

— Perdão! – falamos juntas ao nos esbarramos.

Essa fedelha dos infernos.

— Está perdida? –  perguntei soando simpática.

— Não. Eu te conheço? – perguntou franzindo o cenho.

— Oh não, sou nova na cidade. – a olhei sorrindo.

— Que legal. seja bem vinda! – Me felicitou com um sorriso falso. – Tchau!

— Espera! – peço segurando seu braço.

— Não me toque! – gritou nervosa puxando o braço de volta.

— Desculpa, querida. – me aproximo ficando perto do seu rosto.

— O que você quer?

—  De você? Nada. – joguei ela contra a parede segurando seu pescoço. – Se bem que, parece mesmo que te conheço.

—  M-me solta, sua louca! – sua voz continha raiva.

— Calma, querida. – A olhei nos olhos para ter certeza.

É ela mesmo.

— EU DISSE PARA ME SOLTAR! – Fumegou revidando.

— Nossa, ela está bravinha! Aí que fofa! – rindo a observo se aproximar de mim.

— Você ainda não me viu brava, querida. – falou vindo até mim segurando meu pescoço.

Ela suspirou bastante fora de si me levantando para cima.

— O QUE VOCÊ QUER?!– Me levantou mais alto.

—  A-ah... Me larga... – estava ficando com falta de ar. – Não quero nada! – digo com dificuldade.

Essa infeliz é forte!

Pelo visto os remédios não fazem mais efeito nela.

Que ótimo!

— Engraçado que não parecia ser nada. – Foi óbvia em dizer após me jogar no chão.

Filha da puta!

— Desculpa, querida! Não vai se repetir! – pedi saindo de lá.

Preciso encontrar aquele maldito.

Eduardo, você me paga por isso.
E essa bastarda também!

Pelo menos encontrei ela.

Tadinha.
Não perde por esperar.

Peguei meu telefone e disquei o número deles.

— Oi, sou eu! Encontrei ela.

— Ela quem? – lembrei ao mesmo. – tem certeza disso?

— Claro que tenho. Conheço essa bastarda desde que nasceu. – sorriu.

Massageie meu pescoço o vendo estralar.

Aquela infeliz!

— Sabe o que deve fazer, dessa vez não quero erros! – Foi rude ao ordenar.

— Não vai ter, prometo. Logo ela estará de volta.

— Não quero promessas e sim ações! – Gritou. – Estou confiando em você para isso.

— Eu sei. – Ele desligou.

Tão previsível.

Babaca!

Você não sabe o que te espera.