CAPÍTULO SETE

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Ruggero

Hoje é lua cheia.

Lembro da primeira vez que me transformei quase matei uma pessoa, se não fosse por meu avô isso com certeza teria acontecido.

Mas não seria somente uma e sim várias mortes.

Nunca entendi o porque de sermos amaldiçoados. Se soubesse da verdade antes mesmo de ficar assim não estaria tão aflito apesar de saber que a culpa não é só dos lobisomens mais também dos vampiros e bruxas.

Faz tempo que não vejo alguns além da Valentina e da Lone, até agora. Aquela garota é uma vampira.

Como não pude perceber isso antes?

Nem sei ao certo.

Valentina disse que tinha que falar comigo. Só não entendi porque.

— Ruggero. – me virei para ela.

— Valentina – nos abraçamos. – quando tempo em, quase não nos vemos mais.

— Estive ocupada e você também, suponho.

— Sim, realmente tenho estado ocupado. Mas me diz o que você quer conversar?– questionei.

— É sobre o Bryan. – as palavras saem da sua boca com desgosto.

— O que tem ele?– cruzei os braços acima dos ombros.

Aquele infeliz deveria ter ido embora.

— Está na cidade e não está sozinho. – Ponderou ao terminar de contar. – Nathalia está com ele.

Olhei pra ela, respirei fundo.

— Aquela maldita prometeu que não iria voltar. O Ronda já tinha me feito uma visita muito indesejada. – ela me olha com os olhos arregalados.

—  Por que você não me contou? Vocês brigaram?– Bateu em meu ombro. – Tem certeza que você tá vivo?

— Nossa! Me deixou mais animado do que antes. – digo com falso pesar. – Sim Valentina, estou vivo! Obrigada por perguntar. Minha alma agradece pela confiança! Não tinha porque falar nada, já que não importa.

— Como que não importa? Oush! É claro que tinha que falar, caralho.   Sabe o que ele fez. – Ela estava me encarando séria. – além do mais, tenho certeza que vai acabar acontecendo alguma coisa, enquanto eles estiverem aqui.

— Eu não tenho nada a ver com isso! A Nathalia é passado para mim. E o amiguinho dela quer vingança, você sabe. – dou de ombros querendo acabar com esse assunto. – não quero falar mais disso, me conta como vão as coisas.

— Tirando isso, está normal. Ah, tem outra coisa. – olhei para ela com a sobrancelha arqueada.  – Conheci uma garota, ela é nova aqui na cidade.  Faz dois anos mais ou menos que está por aqui, você podia me ajudar a conseguir um emprego pra ela.

Hum.

— E o que eu ganho com isso? Quem é ela afinal?! Não é louca igual você, é?

— Palhaço! – Bateu no meu ombro de novo. – Ela se chama Kar... – fomos interrompidos por uma voz que reconheço bem ultimamente.

Senti meu coração acelerar e um sorriso espontâneo surgiu em meu rosto.

O que ela faz comigo?

— Valentina, posso falar com você? – perguntou sem perceber que estou aqui, já que estou de costas pra ela. – Ah, desculpa! Não sabia que era você.

Fez pouco caso de minha pessoa.

— Ruggero, essa é a Karol. – Valu apresenta.

— Já nos conhecemos! –  falamos juntos e nos olhamos.

ANTES DO AMANHECEROnde histórias criam vida. Descubra agora