CAPÍTULO OITO

220 25 58
                                    

Karol

Aquele garoto é louco!

Me beijou do nada!

Pior que não consegui dizer nada, não mandei parar.

O que está acontecendo comigo?

Não posso gostar dele, e também não quero.

Ele é muito irritante! Lindo, tem um sorriso que...

Para já com isso.

Que pensando mais idiota.

Preciso focar neles, meus pais.

Só não entendo como alguém pode me odiar tanto a ponto de fazer isso.

Mas vou descobrir, seja quem for vai se ver comigo.

Estou no bar drinks girls onde Valentina trabalha com a Lone, amiga dela. Ela disse que essa tal amiga pode me ajudar, só não sei como.

— Oi , pensei que não viria. Achei que tinha ficado com medo de falar com a Lone. – Valentina disse ao me ver.

— Estou começando a achar que não foi boa ideia vir aqui, porque ficaria com medo? Ela morde também?! – Questiono irônica.

— Não morde, mas pode fazer pior. Claro que foi uma boa ideia. Não fala bobagem, Karol! – Me fitou esperançosa.

— Tá legal, então cadê ela?

— Trabalhando?! Vou chamar, espera aí! - foi saindo pra algum lugar.

Vejo ela voltando com uma moça muito bonita, cabelos castanhos claros e olhos azuis.

— Lou, essa é a pessoa de quem falei. Karol Sevilla. – ela sorriu.

— Prazer Karol, sou a Lone Stuart. – estende a mão e aperto sorri sem mostrar os dentes.

Ela me olhou de um jeito estranho.

— Você é uma vampira, assim como Valentina

Como ela sabe disso? Será que a Valentina contou?

— E como sabe? Foi a sua amiga né, Claro que foi. – questionei quando Valentina se afastou.

— Ela não me disse nada sobre isso, só que você precisa de ajuda. Eu sei por que sou uma...– ela me olhou relutante.

— Pode falar não tem problema, acho que é difícil algo me impressionar agora. – ela pegou nas minhas mãos entrelaçando com as suas.

— Sou uma bruxa, por isso sei o que é. Senti algo muito forte vindo de você, uma chama nova que está crescendo, mas também vi que tem algo haver com seu passado quando você era muito pequena. – Fiz uma careta estranha. – Parecia ser um jardim bem bonito, tinha outra pessoa logo atrás de você te ajudando a pegar flores, a frente tinha uma casa grande parecendo um castelo.

— C-Como? Não é possível! Não vim desse lugar. – Minha mente agora bugou. – Tem certeza?!

— Tenho. Vi também um carruagem e mais duas pessoas com você, indo para bem longe do castelo.

Misericórdia.

Ela é doida!

— Você é louca. Eu não vim de castelo algum, não sei do que está falando. Pensei que fosse me ajudar, e não me deixar mais confusa! – puxei minhas mãos de volta.

Não dando a mínima para o que acabei de dizer ela continuou falando.

— Tem mais uma coisa. Uma mulher está procurando por você e parece que já se encontraram. – tenta passar calmaria, não conseguiu.

— Que mulher? Não estou entendendo.– Respirei profundamente tentando não fazer algo aqui dentro. – Você está brincando comigo, não é? Não acredito em nada!

Falei atordoada.

— Eu só queria te ajudar, Estou vendo que você não quer ajudar nenhuma. Já que não acredita, então vou voltar ao trabalho. Toma cuidado, ela não gosta de você. – falou saindo de perto de mim.

À chamo de volta.

— Espera! Ela quem? Você viu o rosto dela? Fala por favor. – Implorei, mesmo receosa.

— Não sei quem é ela, você tem que descobrir por conta própria! Seus pais sabiam dela. – Simplesmente saiu me deixando sozinha e confusa.

Como assim meus pais conheciam ela? E quem é ela?

Que inferno!

Castelo.

Não conheço nenhum Castelo.
Nunca estive em um.

Essa bruxa não sabe o que está dizendo.

Não sei mais o que esperar.
Essas pessoas são loucas.

Valentina e suas ideias.

Preciso pensar

A floresta me acalma

Um jardim, um Castelo, flores e uma chama? Que chama? De quê?

Ela só pode ser maluca!

Ruggero...

Flores...

Não, não.

Isso tudo é um pesadelo!

Você só precisa acordar Karol.

Somente acordar.

É só acordar...

— O que aconteceu aqui? – perguntei ao ver vários corpos de pessoas mortas na floresta. É uma pessoa que parecia está tentando colocar fogo nelas. – porque você fez isso? É maluco por acaso?!

A pessoa vira de frente pra mim.

— R-ruggero? – Gritei com espanto.

— Karol, não era pra ninguém ver isso. – Ele foi se aproximando. – Você não deveria está aqui! – sua voz saiu trêmula.

— Meu Deus! – levei as mãos à boca.

— Você não pode me julgar, sei que é uma vampira. – ele tenta me tocar.

— E o que você é Ruggero? Porque isso aqui não parece que foi um vampiro. – Me dou conta, recuando lentamente.

— Sou um Lobisomem- Murmurou com receio. – minha família é descendente de uma alcatéia específica.

— Mas... Eu… E-eu pensei que você fosse um humano. – Estou pasma e com os olhos arregalados.

Por que ainda me surpreendo?

— Pois é, as aparências enganam. A gente pode conversar depois? Sobre isso e sobre o beijo. – ele falou chegando mais perto.

Senti o cheiro delicioso que vinha dele.

Me afastei novamente, zonza.

— Não chegue perto de mim, não quero te ver, falar com você. E sobre o beijo, nem lembrava mais. –  saio rápido de lá.

Pelo menos essa velocidade é útil.

Ele é um monstro também, não posso ficar perto dele.

Tenho que manter distância dele, da Valentina, da amiga dela.

Como pensei que poderia confiar em alguém? Todos escondem algum segredo ou mentem pra mim.

Preciso ir embora desse lugar o mais rápido possível.

Isso não pode estar acontecendo comigo.

Só queria os meus pais aqui agora...

🍃 Confusões revelam mais do que queremos, nos levando a caminhos incertos mas que pode estar fazendo o que tem que ser feito para que possamos nos encontrar com nós mesmos 🍃 By: Gel.


Bjs da autora ❤️

ANTES DO AMANHECEROnde histórias criam vida. Descubra agora