CAPÍTULO CINQUENTA E DOIS

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Michael

Procurei Ruggero em todos os lugares e não encontrei.

Fui até a aldeia onde a Eva morava do outro lado da cachoeira e a encontrei conversando com um moço.

Já o vi. Não lembro seu nome.

Me aproximei um pouco receoso.

— Oi,Eva! Tudo bom?– comprimento chamando a atenção de ambos.

— Oi, Michael! Aconteceu algo? Você esteve aqui com a Valentina a pouco.– ela olhou para mim e parece ter se dado conta de algo, pois mudou sua expressão ao me ver.

O homem ao seu lado ficou só ouvindo a conversa com uma expressão fechada.

— Sim! Estou procurando o Ruggero,ele sumiu! E a luz é...– contei o que estava acontecendo e ela ouviu atentamente.

— Ele está bem! Posso sentir!– suspirei aliviado.

Pelo menos isso.

— Mas a Luz e... – ela me interrompeu.

— Oh! A pequena Luz corre perigo, temos que achá-las!– diz Eva e de repente uma sensação estranha me invade. – onde está Valentina?

— Meu Deus! – a Luz não deveria estar numa situação de perigo. – Ela foi resolver uma confusão que a Karol criou. – após dizer isso vi a bruxa a minha frente arregalar os olhos.

— Karol, fez o quê? Onde ela está?!– questionou com certa urgência na voz.

— Não se preocupe com isso!– sorrio feliz, lembrando da minha loira. — Valentina vai dar um jeito!

Digo firme sabendo que ela daria.

— Ah! Menos mau! – ela parecia pensativa.

— Mas sobre a Luz, como assim ela corre perigo?! Você sabe quem a pegou? – indaguei nervoso e preocupado.

Olho para a mulher e percebo que só estamos nós dois. O homem havia saído sem que nos descimos conta.

Que estranho!

— Vamos procurar o Ruggero. – Eva constatou enquanto dizia algumas coisas que não entendi. – Vou até onde sua namorada está ,e você vai procurar por ele, consigo vê-lo próximo a um lago. E o Lucca pode... – a mesma para de falar ao perceber que ele não estava mais ali.

— Ele saiu sem a gente perceber. – dou de ombros. – ela ficou pensativa de novo. — Vocês são parentes?– perguntei ao ver a semelhança que têm.

— Sim! Ele é meu filho mais velho. – diz e sorri.

— Ah, sim! – sorri de volta.

— Vamos?

Cada um foi para um lado.

Fui até meu carro voltando para estrada e resolvi ligar pra Valu.

Espero que esteja tudo bem por lá.

Comecei a dirigir enquanto o celular chamava, em seguida ela atende e posso ouvir sua voz parecia um pouco tranquila.

— Oi ,amor.

— Oi , meu bem.

Tinha que perguntar se estava tudo bem. Pois sentia uma sensação ruim.

—Como foi a... Aí meu Deus! – olhei para o celular e não vi quando alguém atravessou,a pessoa parecia saber o que estava fazendo ou queria fazer isso pois sequer tentou sair da frente e ainda sorriu olhando na minha direção.

O carro bateu e capotou diversas vezes me deixando desnorteado a última coisa que ouvi foi a voz da Valentina chamando por mim.

Depois tudo ficou escuro.

Luísa

Isso não deveria estar acontecendo.

Não podem machucar nenhuma das duas!

Não por minha causa.

As duas não merecem isso.

E não vou permitir que sofram por causa de um doente que se diz ser da família, sendo que nunca fez o seu papel como tal.

Ninguém me mexe na minha filha,e sai vivo.

É a minha menininha.

Me arrependo tanto de ter ficado longe esse tempo todo, mesmo que tenha sido para protegê-los.

Bom, não fiquei totalmente longe. Sempre que pudia ia vê-los sem deixar que me vissem.

Era o que pensa até que a Luz olhou para mim,me chamou de mama. Sai rapidamente de lá naquele dia, chorei muito. Foi tão emocionante.

Tenho certeza que minha bonequinha sabe que estou viva. E agora não sei aonde ela está,nem quem a pegou.

Por isso fui atrás do desgraçado que com certeza sabia,o infeliz, culpado por ter que tomar essa decisão tão dolorosa de me afastar.

Nem foi só por ai.

Tive que morrer realmente para me transformar em vampira.

Numa híbrida forte e poderosa para acabar com aqueles que querem fazer mal a minha filha,meu irmão e seus amigos.

Sei que vão me odiar. Mas faria tudo novamente para vê-los bem.
Menos cometer o erro de me afastar da minha filha a ponto de deixar que a levassem.

Tenho que achá-las.

A Elisa é uma pessoa muito especial. Cuidou da minha pequena como se fosse de fato a mãe dela,e ela é sim.

Sou muito grata por isso.

Prometo que irei salvá-las e as trazer em segurança para casa,ou não me chamo Carolina Pasquarelli.

Olha só...

ANTES DO AMANHECEROnde histórias criam vida. Descubra agora