In Your Hands × jikook

Capítulo 54 - Colisão formidável| pjm

Atenção: Este capítulo TALVEZ contenha gatilhos, se atente a isso e não prossiga com a leitura se ela, em algum momento, lhe fizer mal//Como muitos já sabem, não ando muito bem e minha saúde mental anda instável, mas me deu a louca e resolvi mimar vocês.

Boa sorte e aproveitem nosso Park Jimin novamente.// Ps: aconselho lerem ouvindo a playlist de iyh!

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Park Jimin
Horas antes...

Dolorido. 

É assim que me sinto ao recuperar os meus sentidos, levando as mãos até a minha cabeça devido a grandiosa pontada de dor que me atinge em cheio, acertando-me de maneira tão brutal que faz eu me contorcer na cama antes de me permitir levantar as pálpebras. No entanto, o meu consentimento de fazer tal coisa, é nublado com aquilo que serve de convicção para saber exatamente onde estou.

Neste momento, enxergo um teto com partes brancas na maioria da extensão dele, algumas esverdeadas no centro e outras mais escuras espalhadas por cada canto. 

É claramente o teto da Himeros, ou pior, do meu antigo quarto.

Fecho os olhos novamente, desta vez utilizando muita força, sentindo o meu peito tremer enquanto me encolho na cama vazia, desejando ir para qualquer outro mundo, de preferência um que não haja as coisas que eu sei que estarão esperando por mim, e que irão me abraçar assim que eu ousar colocar o pé para fora. Estou implorando mentalmente para retornar aos braços de Jungkook, os quais tenho a mais pura certeza de que só irão me oferecer carinho, diferente dos que logo estarão me rodeando a cintura com uma posse tão podre quanto todo esse estabelecimento.

Mas o barulho de uma porta rangendo ao se abrir, é o suficiente para me arrancar do transe em que me coloquei, fazendo-me quase fundir no colchão duro, chorando ainda mais alto por conta do medo que está se apossando do meu corpo, tirando todas as forças existentes dentro de mim, maltratando a minha alma sem pudor.

A cada passo que ouço ser dado dentro do cômodo, é uma carícia diferente que faço em minha pele e um pedido de desculpas que dito baixinho, este que é proferido para toda a minha estrutura física em um tom angustiado, triste por não conseguir lhe proteger das próximas coisas que, aparentemente, irão acontecer daqui para frente. 

Isso é, se já não aconteceu enquanto eu estava dopado. É uma hipótese que não descarto, uma que só avoluma o meu nojo, causando-me mais lágrimas de sofrimento.

— Ji...

A voz que soa no espaço é totalmente diferente da que eu estava esperando. Esta contém os mesmos sentimentos que habitam dentro de mim, tão sofrida quanto. Carregando uma espécie de angústia, sofrimento, dor e qualquer outro sentimento afim com esses.

Meus olhos se arregalam em um súbito, e o meu corpo reage por si só ao encontrar a silhueta de uma das pessoas que sempre o acolhe, rapidamente jogando-se nos braços de James Jackson, pouco se importando quando ele dá dois passos para trás, demonstrando a surpresa que o meu ato inesperado lhe causou. 

Mas o homem, mesmo ainda tentando se equilibrar, age conforme todo o apoio que preciso, procurando fincar os pés no chão ao mesmo tempo em que firma as mãos nas minhas costas, me oferecendo seu carinho.

Me sinto um filhotinho retornando feliz para a sua própria casa e, enfim, recebendo o acolhimento da sua progenitora após tantos dias fora. E mesmo sabendo que a qualquer hora uma pessoa má irá aparecer para, mais uma vez, lhe levar para longe, assim estragando o momento lindo que estão tendo no reencontro amistoso, o pequeno filhote se sente seguro, pois só a presença materna é capaz de arrancar-lhe todas as inseguranças que lhe acertam. De preencher as suas forças novamente, o suficiente para lidar com toda a maldade humana e lutar com veemência, por mais que saiba que isso pode resultar no seu fim.