Jeon Jungkook
02:00 AM— Você é a única pessoa que me faz comer de noite, sabia?
Admito para Jimin, sorrindo para o garoto assim que eu adentro a cozinha, o vendo fazer panquecas para comermos, após ele ter insistido que eu não deveria dormir de barriga vazia. E como tenho estômago fraco depois que o sol se põe, optei apenas por algo rápido e prático. O loiro gira os tornozelos para me observar, todo sorridente ao terminar de colocar suco para nós dois.
— Você nunca comeu de noite? É o melhor horário.
Me encara com um sorriso lascivo, nego com a cabeça enquanto me sento em um dos bancos do balcão, desacreditado devido a sua cara de pau em falar coisas com um duplo sentido tão depravado.
— Preciso me acostumar com esse seu lado ora fofo, ora safado.
Passo os dedos em meus fios molhados por conta do banho que estava tomando minutos atrás, para me livrar do suor que depois de um tempo passou a incomodar Jimin e até a mim mesmo.
— Sim, você precisa. — Sorri mordendo o lábio, logo se sentando ao meu lado. — Mas, falando sério, por que você não come a noite?
— Passo mal caso me alimente depois das oito, nove, dez da noite, por aí.
Dou de ombros passando geleia de morango em uma panqueca, em seguida dando ao meu paladar o gostinho que se tornara familiar, desde que o garoto passou a morar sob o meu teto.
— Um bebê precisando de cuidados especiais.
Debocha sorrindo. Embarco na sua baixa gargalhada, me sentindo bem mais feliz do que antes. Só agora percebo que, ficar longe dele é como me manter afastado da minha felicidade. Porque se Hoseok é a causa da minha energia e Taehyung da minha irritação frequente, Jimin é da minha completa euforia.
— Não está preparado para uma função que requer tamanha atenção?
Insisto na sua brincadeira, dando outra mordida na panqueca, gostando cada vez mais de tudo que ele prepara na cozinha. É como voltar para casa da minha mãe depois de anos longe e, finalmente, experimentar a comida que fazia parte da minha rotina há tempos, mas que abri mão por ninguém saber fazer como ela faz. Só que ao contrário da minha mãe, eu beijo Jimin após concluir tal pensamento.
— Acho que será complicado porque esse bebê é muito beijoqueiro, mas consigo dar conta dele e me acostumar com sua alimentação limitada.
Afasta-se sorrindo, me fazendo dar apenas um selinho em sua boca. Retorno para o lanche enquanto tento resistir aos lábios agora brilhosos, mais convidativos que nunca.
— Ele não pode fazer nada se a sua boca é tão beijável assim.
— Minha boca é beijável?
Pergunta, incrédulo. Em seguida, os olhos se tornam um risco admirável enquanto abre um sorriso esplêndido.
— Muito.
Não hesito em responder. Um olhar convencido logo é dado por ele. Não entendo quando minha mão é tomada pela sua, porém, sinto o meu corpo inteiro se arrepiar no momento em que Jimin põe o meu dígito em sua boca, chupando todos os resquícios de geleia que há nele.
— Acho que minha boca pode te fazer gostar ainda mais dela.
Diz inocentemente, capturando a panqueca da minha mão, comendo-a com lentidão, aproveitando o fato de ter me deixado imóvel.
— Você não pode fazer essas coisas, Jimin...
Faço uma falsa reclamação.
— Oh, não? Me desculpe, senhor, mas não gosto de seguir ordens.
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In Your Hands × jikook
Hayran Kurgu[EM BREVE, livro físico pela Editora Violeta] Park Jimin é um garoto de vinte e um anos, que fugiu de casa aos dezoito, logo se vendo metido em um mundo de prostituição, e completamente perdido quando, da noite para o dia, fora entregue para um dos...