In Your Hands × jikook

Capítulo 61 - O típico bom início de um romance| jjk

heeeey, olha só quem voltou com a programação normal das atualizações de iyh? mas aproveitem porque essa é a despedida do jk, o último capítulo narrado por ele... estamos chegando ao fim...

inclusive, aconselho a vocês passarem o olho rapidinho nos últimos capítulos, para ninguém ficar perdido com esse retorno.

tenham uma boa leitura bebês
Votem e comentem muito, pfv...

🐥+🐰

Jeon Jungkook
18:00 PM

Eu sincera e honestamente não sei o dizer de forma minuciosa, o que aconteceu após a bofetada que levei no rosto, da irmã do meu falecido pai. Só sei que o tapa violento me despertou da sonolência que tomou conta de mim desde que paramos de correr contra o tempo, todavia, me causou uma surdez no mesmo instante, esta que fora capaz de abafar todos os sons ao meu redor. Todos mesmo, sem exceção alguma.

A única coisa que consigo dizer a vocês, após isso, foi que Hyun não gostou nada dessa agressão repentina, virando-se para a mulher como uma fera enquanto passou a falar diversas coisas que não consegui distinguir, mas que eram claramente palavrões, denunciando todo o seu descontentamento com o ato inesperado. Enquanto eu piscava diversas vezes, rolando o meu olhar por toda a extensão do local, pude avistar Soomin perdida, sem saber se ajudava na confusão que estava se iniciando ou naquela que estava caindo sobre a sua cabeça e de sua mãe, a qual ela ainda abriga em um forte e afetuoso abraço.

Só sei que foi questão de segundos para sentir meu corpo ser arrastado para trás, tomando distância da casa dos Bae’s, deixando a minha tia vociferando diversas coisas em uma raiva pura. E, ao meu lado, mamãe se mantinha refutando todas as coisas de volta. Meus ouvidos só ficaram à mercê, para ouvir o seu pedido nada gentil ao dizer: “entre, rápido!”

E agora cá estamos nós, dentro da minha Mercedes, ouvindo apenas o barulho do trânsito juntamente às palavras impensadas que a mulher solta a cada segundo, sem pausa. Porém, desta vez, eu infelizmente estou conseguindo ouvir todas elas atingindo meus tímpanos sensíveis, agravando minha leve dor de cabeça.

—  Sua tia é uma mulher dissimulada, aquela peste sem cabeça que sai defendendo o marido sem nem ao menos saber o que aconteceu. — É um dos resmungos que ela solta, movendo as mãos tão rápido no volante, ao fazer uma curva, que meu corpo, mesmo sendo segurado pelo cinto, desliza com brutalidade, me causando uma tremedeira por conta do susto subitâneo. —  Só que eu não sou como aquela vaca desmamada, irei ouvir tudo o que você tem a dizer antes de saber como agir, e você vai me falar tudo o que sabe. Ah, mas se vai, Jungkook!

Se eu falar que o fato de ter que revelar a ela todos os últimos acontecimentos da minha vida, não me causa susto algum, estarei mentindo para vocês. Porque, sim, estou efetivamente afetado, do dedinho do pé até o último frizz do meu cabelo — se é que há.

Pois contar para as pessoas ao redor, que me encontro extremamente apaixonado por um garoto, o qual resgatei em uma boate, onde vendia o próprio corpo para sobreviver, enquanto era explorado pelo lugar que o arrecadou problemas absurdamente graves. E que o meu tio postiço, alguém que conviveu conosco por anos, contribuiu com toda essa maldade desumana, depositando ainda mais feridas permanentes em seu corpo e alma… É uma coisa. Agora, deixar a mulher que me deu a luz, essa mesma que, anos atrás, compactuava com sentimentos que agridem a homossexualidade e afins, é outra coisa completamente diferente.

Eu sei que não devo julgar a reação de alguém baseado nas antigas atitudes dela, que é completamente errôneo agir desta forma irrefletida. Contudo, não é medo de sua reação em específico, só que minha garganta se fecha somente em imaginar fazer tal confidência, para a morena ao meu lado.