Capítulo 46 - Mínimos detalhes| pjm

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antes de tudo... abram esse Gif e admirem ele com muita atenção!

já estão sabendo o que está por vir não é? haha se preparem!

tenham cuidado com o que vão comentar nesse capítulo, por favor, pensem bem se algo que forem comentar vai me desanimar, não sou especialista em nada, então me desculpem caso algo não atinja a expectativa de vocês, porém, não posso fazer muito apenas o que está ao meu alcance, pelo menos no momento.

boa sorte, e aproveitem bem.

🥞

Park Jimin
19:00 PM

Encolho-me no sofá de uma forma indefesa, deixando que minha mente seja invadida por péssimos pensamentos após minha última conversa com Jungkook. Não era a intenção dele fazer eu me sentir mal por citar uma simples e boa denúncia contra a boate, contudo, não posso evitar as coisas ruins que me alcançam, toda vez em que penso que poderia ser uma arma a favor daqueles que sofrem no mesmo mundo em que já sofri. Abraço as pernas ao mesmo tempo em que a angústia se aconchega em meu peito. Me trazendo tudo de ruim que me sufoca de uma só vez.

E se esse tal secretário  for realmente o Min? E se Aera estiver só tentando me proteger, porém, ela e James não estão protegidos? E se eu não conseguir ser tão bom para Cora quanto prometi ser? E se eu falhar ainda mais do que já estou falhando? Nada será fácil, essa é a única convicção que há dentro de mim, pelo menos, até o momento.

— Todos podemos controlar a dor exceto
aquele que a sente.

Ouço a voz de Jungkook soar em meio ao enorme silêncio em que o cômodo transmite. Olho em sua direção, avistando-o se aproximar do sofá com uma garrafa de vinho na mão, e uma taça esguia na outra.

— William Shakespeare. — Dita novamente, desta vez finalmente se colocando no assento ao meu lado. — Deveria ter me lembrado dessa citação antes de tentar te pressionar, mesmo que sem querer. — Me oferece a taça no exato tempo em que sua feição se torna decepcionada.

— Não precisa se sentir culpado, Jungkookie, você não me pressionou. Eu apenas não consigo lidar com os meus próprios demônios do passado.

Respondo, meio cabisbaixo, aceitando o que me é oferecido.

— Então me deixe te ajudar, nem que seja da forma mais simples. Eu posso tentar arrancar essa sua dor, mas para isso você precisa se permitir tentar expulsá-la.

Me olha com expectativa, bebericando o vinho através da boca da garrafa.

— Não posso te dar uma resposta concreta agora, porque ainda estou fragilizado, porém, posso prometer pensar no assunto. Afinal, não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.

Cito, os dedos passeando ao redor do vidro que seguro.

— Não sabia que gostava de Shakespeare.

Os lábios curvam-se de um jeito gentil, me trazendo de volta a paz que me foi tirada minutos atrás.

— Ler sempre foi uma das coisas que me deu paz dentro daquele lugar. — Desabafo, começando a dar pequenos goles no vinho, suspirando ao sentir seu gosto doce no meu paladar. — Me deixe refletir sobre o que quero fazer em relação a isso, só te peço alguns dias, prometo me esforçar. — Praticamente imploro, olhando firme em seus olhos, o coração palpitando em puro receio.

In Your Hands × jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora