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Violet

     O sol havia se posto havia quase cinco horas quando subi para o dormitório dos meninos, dando três batidas antes de ouvir um "entra" de Peter. Todos estavam acordados, James com um pergaminho apoiado em um livro de poções, Peter tentando arrumar sua cômoda e Remus com um livro de capa vermelha na mão.

— Sirius não está?— perguntei, vendo a última cama vazia, James colocou a pena de lado.

— Campo de Quadribol— ele informou, esticando os braços acima da cabeça, franzi a testa.

— Por que?— perguntei, James deu de ombros, pegando um pedaço de pergaminho na cômoda ao lado da cama.

— Aqui, ele foi com a capa de invisibilidade— atravessei o quarto, pegando o Mapa do Maroto com um aceno de cabeça.

     A Sala Comunal estava quase vazia, apenas alguns alunos insistentes, ou atrasados, fazendo suas lições, então tive que sair pelo buraco do retrato antes de usar o mapa. A mulher do retrato dormia na moldura, sem reparar quando fechei a entrada para a Sala Comunal.

— Juro solenemente não fazer nada de bom— murmurei, vendo as palavras ganharem vida no papel.

"Os senhores Moony, Wormtail, Padfoot e Prongs, e a senhorita Snow, estão orgulhosos em apresentar o Mapa do Maroto"

     Sorri ao ver a apresentação, mas não tive tempo de contempla-la por muito tempo, meu objetivo ali era não ser pega. Apenas alguns monitores e professores circulavam, mas também tive de me manter longe dos fantasmas, encontra-los significava três coisas, ou ouvir um sermão sobre estar fora da cama, ou ter que correr quando eles chamassem um professor, ou ser completamente ignorada, apenas Pirraça não se encaixava, encontrar com ele tarde da noite sempre era um problema.

     Por enquanto, as chuvas eram poucas, oque não era comum naquela época do ano, provavelmente choveria nas partidas e nos treinos de Quadribol, mas a noite estava tão clara com a lua minguante, com tantas estrelas no céu, que não me deixei preocupar com isso, apenas segui para o campo, sentindo um cheiro persistente de hortelã no nariz, era até relaxante.

      Sirius estava voando acima das arquibancadas, um dos bastões de batedor na mão, a leve brisa com cheiro de névoa tirando seus cabelos escuros do rosto. Com um barulho de vento, o balaço voou diretamente para ele, sendo rebatido imediatamente, a força sendo o suficiente para atira-lo metros à frente e a bola mágica dar uma curva, se preparando para outra rodada.

     Pude ouvir meus próprios passos na grama úmida de orvalho quando dei mais alguns passos campo à dentro, estava prestes a gritar Sirius quando o som do balaço cortando o ar ficou mais próximo, mal tive tempo de me jogar na grama com um grito surpreso antes da bola passar zunindo acima da minha cabeça. No alto, ouvi uma risada.

     Sirius desceu, jogando a vassoura no chão quando o balaço mais uma vez se aproximou, mas, ele jogou o bastão de lado, pegando a bola com as mãos, e cambaleando alguns passos para trás com o impacto.

— Se machucou?— ele perguntou, andando alguns passos a frente, onde a caixa estava, não me levantei, mas pude ouvir os cliques enquanto Sirius guardava a bola.

— Tirando a minha dignidade, não— respondi, ouvindo outra risada, mas dessa vez mais próxima, quando Sirius retornou, se abaixando nos calcanhares, em cima das minhas pernas.

— Por que veio aqui?— Sirius perguntou, suspirei, o encarando, ele tinha mais manchas escuras abaixo de seus olhos do que o normal, e havia gotas de suor em sua testa.

— Por que você veio aqui?— devolvi, me sentando e batendo as mãos umas nas outras para tirar a grama, Sirius não se moveu, tive que erguer a cabeça para olha-lo nos olhos.

A outra Pettigrew Onde histórias criam vida. Descubra agora