A outra Pettigrew

31 de outubro

— Nomes?— a professora Minerva McGonagall perguntou, sentando atrás da sua mesa enquanto ajeitava os óculos quadrados no nariz.

— James Potter, senhora— James respondeu, parecendo levemente, apenas levemente, envergonhado na cadeira onde sentava em frente a professora.

— Sirius Black, senhora— respondi, sentindo uma apreensão familiar, pensando em quais punições eram usadas em Hogwarts, certamente, não piores...

— Black, você diz?— McGonagall perguntou, erguendo os olhos de um pedaço de pergaminho, senti um arrepio na espinha— dei aula para seus primos, e estudei aqui juntamente com seus pais.

— Pessoas legais, não?— perguntei ironicamente, forçando um sorriso, ela apenas estreitou mais os olhos.

— O senhor é legal como eles, sr. Black?— ela perguntou, e não havia julgamento ali, apenas uma pergunta genuína e uma oportunidade que só haviam me dado uma vez, pelo garoto sentado ao meu lado.

— Não, senhora— respondi, perdendo completamente o sorriso. Ela apenas assentiu.

— Bem, certamente, nenhum deles já sentou aqui depois de...— ela leu lentamente o pergaminho, e eu e James nos encaramos— transferir todas as corujas do Corujal, para a sala de poções.

— Não fomos nós, professora— James tentou argumentar, mas um olhar dela o calou.

— Finch os viu saindo das masmorras, logo antes do café da manhã— ela falou, negando com a cabeça— e, como explicam essas marcas de bicadas nas mãos?

— Minha coruja me odeia— tentei, mas, elas apenas lançou aquele olhar para mim, também me calando.

Um sermão, e uma ordem de limpar a sala de troféus e as tapeçarias depois, e estávamos fora da sala, segurando as risadas até estarmos longe o suficiente para desabarmos em gargalhadas.

*

— Nomes?— a professora perguntou, conjurando uma cadeira extra em frente a sua mesa antes de se sentar.

— James Potter— respondi, respirando fundo.

— Sirius Black— Sirius respondeu, cruzando os braços.

— Remus Lupin— Remus respondeu, olhando para as próprias mãos, sem perceber o olhar que a professora lhe deu.

— Pelo o que ouvi, Sr. Lupin, o senhor tem sido um excelente aluno, ultrapassando as expectativas para primeiranistas— ela elogiou, entrelaçando os dedos por cima da mesa.

— Obrigado, senhora— ele deu um pequeno sorriso, ainda cabisbaixo.

— O que eu não entendo, é porquê se envolveria em...— ela pegou um pergaminho em cima da mesa— acordar toda a escola com um alerta de fogo maldito, e fazer todos os alunos saírem nos jardins de pijama.

— Tenho certeza que foi Pirraça quem nos acordou— Sirius tentou, e pigarreou quando ela o olhou.

— Tenho certeza que o poltergeist ajudou vocês com a voz— ela afirmou, negando com a cabeça— infelizmente, não tem nada que posso fazer para puni-lo, já... vocês— ela levantou as sobrancelhas— mas, antes, Sr. Lupin, me diga se eles te arrastaram para isso.

Encarei Sirius, e nós dois olhamos para Remus, que pareceu mais pálido do que antes, e engoliu em seco antes de responder.

— Não, senhora— ele disse, e voltei a olhar para Sirius antes de voltarmos para a frente com um aceno mútuo.

— Era isso que eu temia— ela murmurou, negando com a cabeça.

Daquela vez, dividiríamos entre limpar todos os banheiros, e as masmorras, mas, quando saímos do escritório da professora, segurei em um ombro de Remus, enquanto Sirius fazia o mesmo com o outro.