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Violet

     Os N.O.M.S chegaram a toda força, me surpreendo por não serem testes de sobrevivência pela forma que nos haviam alertado, sim, eram difíceis, mas não o suficiente para fazerem alunos entrarem em pânico a sua menção. Consegui realizar todas as provas, práticas e teóricas, pensei que havia ido bem em todas elas, porém, mesmo assim, olhei apreensiva para a porta fechada da sala que nos haviam colocado do lado do Salão Principal.

— Vai dar tudo certo— Alice falou, cruzando os braços com determinação, mas ela também estava nervosa pela prova prática de Defesa Contra a Artes das Trevas, e a última dos exames.

— Não consegui conjurar o patrono— lembrei, mordendo a ponta do dedão, que eu já tinha deixado dolorido durante aquelas duas semanas.

— Nem eu, mas não é algo que eles pedem— ela respondeu, virando a cabeça rapidamente quando a porta foi aberta, e a professora McGonagall entrou, sabia que era a nossa vez pois estávamos sozinhas, com Macmillan, o que tornou os minutos ali ainda mais desconfortáveis.

— Vamos— ela pediu, deixando a porta aberta e saindo, meu estômago gelou em apreensão, mas a segui.

🌑

Conseguimos— Alice exclamou, quando deixamos a porta de carvalho para trás e descemos a escadaria de pedra, para um clima aberto de fim de primavera.

Conseguimos— ecoei, sorrindo em alívio, ela pulou o último degrau, colocando a mão no peito.

Localizamos facilmente as meninas sentadas embaixo da faia, aproveitando o sol. Andamos até elas, meu peito estava mais leve em alívio, por ter, finalmente, acabado com aquela pressão de notas.

— Elas estão sorrindo, guardem os consolos— Emmeline falou, dando um largo sorriso quando nos sentamos na grama ao redor delas.

— Como foi?— Mary perguntou, ela estava apoiada nas duas mãos, o rosto virado para um raio solar, tornando o castanho dos olhos evidente.

— O inspetor era meio assustador— Alice falou, concordava com aquilo, a expressão do homem parecia me desaprovar a cada passo. A deixei contando enquanto olhava ao redor, nenhum dos meninos estava no jardim.

— Viram os garotos?— perguntei, desistindo da busca, elas deram de ombros.

— Na Sala Comunal, da última vez— Dorcas respondeu, concordei com a cabeça e me levantei, me retirando enquanto Alice voltava a falar.

     O sol havia me esquentado o suficiente para que eu sentisse frio quando adentrei o castelo novamente, então fiquei caçando frestas quentes que entravam pelas janelas enquanto subia os andares. Eles não estavam na Sala Comunal, nem no dormitório, mas, na volta para os jardins, quando estava no quarto andar, o enorme espelho ali pendurado se abriu, Sirius sorriu ao estender a mão e me puxar puxar para dentro, fechando a passagem logo em seguida.

Quase perguntei se ele estava bem, como vinha fazendo por todos aqueles dias, mesmo que ele fingisse que eram apenas perguntas cotidianas, já que, depois de ter acordado naquela noite, poucas horas depois do ataque de pânico, ele começou a agir como se nada tivesse acontecido, colocando aquele sorriso aberto no rosto, e a fragilidade deste me preocupava, muito. Porém, uma voz cortou meu questionamento.

— Ótimo, agora podemos continuar com o plano— James falou, levantei as sobrancelhas, confusa.

O cômodo ali era enorme, havia me esquecido disso no tempo que ficamos sem visita-lo, provavelmente, a última vez havia sido em 75, quando Peter liberou uma bomba de bosta por engano, deixando o lugar sem janelas impossível de ser habitado por algum tempo, e um cheiro podre em meu cabelo por uma semana. Agora, eles haviam acendido as tochas velhas, e estavam sentados em círculo nas almofadas esfarrapadas que havíamos encontrado ali quando descobrimos a passagem, por algum aluno tão curioso sobre Hogwarts quanto nós. O Mapa do Maroto estava aberto no espaço do meio.

A outra Pettigrew Onde histórias criam vida. Descubra agora