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Tw: ferimentos e sangue.

Violet

— Minha mãe ficou realmente impressionada, magia com cinco anos é raro— Thomas falava, minha cabeça começava a latejar com o cansaço— você está me ouvindo?

— Desculpe, dor de cabeça— falei, coçando os olhos, aquilo tinha que passar, ainda teria uma noite inteira pela frente.

Os treinos de Quadribol haviam voltado na última semana, nos preparando para a partida do mês seguinte, contra a Corvinal, ela não tinha ganhado nenhum jogo, então James estava um pouco mais relaxado, mas, energético ao pensar na Lufa Lufa, cuja única partida perdida havia sido para nós, e seu capitão ainda tinha esperanças de recuperar os pontos perdidos na partida que eles teriam contra a Sonserina no começo do quinto mês.

Não estava mais tão preocupada com os N.O.M.S, havia estudado bastante e sabia todas as matérias que meus amigos diziam que iria cair, então, no meu tempo livre, tentava conjurar o patrono, e as horas praticando me davam dor de cabeça, além do fato de que não conseguir conjura-lo me frustrava.

— Não tem a mínima curiosidade para saber qual o seu patrono?— perguntei, Thomas pressionou os lábios, evitava aquele assunto, mas não havia parado de ir conosco para praticarmos.

— Não, não acho que vou usar— ele falou, franzi minha testa, para mim, a ideia de conjurar o patrono era ter um guardião contra as trevas que se acumulavam longe das asas de Dumbledore e da escola que ele guardava.

— Mas, com tudo que está acontecendo...— falei, ele tamborilou com os dedos na boca, cruzei minhas pernas, embora estivéssemos lado a lado no sofá, mantínhamos alguns centímetros de distância.

— Violet— a voz de James veio da escadaria do dormitório masculino, ele levantou uma sobrancelha e apontou com a cabeça para o buraco do retrato.

— Tenho que ir— avisei, me levantando, Thomas também o fez.

— Onde?— ele perguntou, segurando minha mão, James saiu pela abertura, me virei.

— Vamos caminhar um pouco, nós cinco, conversar— não era totalmente mentira, mas aquela era uma verdade que eu não poderia falar, uma verdade que não era minha para ser contada.

— Mas, por quê?— ele perguntou, mexi em meu cabelo, o tirando do rosto.

— Por que não? Conversas e caminhada fazem parte de uma amizade— falei, ele soltou minha mão, colocando as suas no bolso— nos vemos amanhã?

— Claro— ele falou, se inclinando e me dando um selinho rápido, sorri de lado antes de me virar novamente para a saída.

     James esperava em frente ao quadro, e Peter chegou junto com Sirius logo depois, não tinha ninguém ali, mas já colocamos a Capa de Invisibilidade apenas por segurança. A únicas presenças que encontramos nos corredores foi Pirraça, entrando e saindo de algumas salas de uma forma muito suspeita, mas não ficamos ali para descobrir.

— A lua já está quase nascendo, é melhor você esperar aqui— Peter sugeriu, cruzei meus braços, mesmo sabendo que ele tinha razão.

— Nos encontramos na borda da floresta— Sirius falou, se transformando em cachorro e saindo sem olhar na minha direção, também me transformei e segui.

      Caminhei entre as primeiras árvores, sentindo cheiro dos musgos nas árvores, hortelã, cidreira e jasmins-da-noite espalhadas pela região, até o barulho ocasional de corujas e outros animais noturnos faziam parte da harmonia daquela floresta nas altas horas da madrugada.

A outra Pettigrew Onde histórias criam vida. Descubra agora