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Violet

20 minutos— James anunciou, sorrindo enquanto encarava seu relógio de pulso, meu estômago se contorceu em felicidade e olhei para a pequena bola que se contorcia na minha mão.

— Agora, podemos entrar ou vamos esperar a tempestade?— Marlene perguntou, apontando para as enormes nuvens escuras que rastejavam na nossa direção do oeste, tirando de nós o pôr do sol diário ao tornar tudo escuro de repente.

— Mais duas rodadas— ele respondeu, mas desci, reconhecendo a ironia em sua voz, assim como Sirius, e isso ajudou os outros a perceberem o mesmo tom na frase, e resmungarem em resposta.

     Um chuvisco fraco começava quando saímos do vestiário, suas gotas geladas fizeram meus pelos se arrepiarem, e estremeci quando cheguei no castelo, mas adorava chuva, então não reclamei do seu início.

Eu sou a melhor em feitiços— ouvi assim que Marlene fechou a porta de carvalho, selando os ventos com cheiro de grama molhada do lado de fora. A menina parecia ser do quarto ano, no máximo, usava um laço rosa na cabeça, e falava com uma garota que eu já tinha visto nos corredores, seu nome era Isla, mas nunca tinha ouvido o sobrenome— minha família é antiga no meio dos bruxos, a magia corre em meu sangue por séculos, você nem pode ser considerada bruxa.

— Sério? Então, por que não faz um feitiço pra gente?— James interviu primeiro, cruzando os braços, a garota se virou, surpresa, mas sua expressão logo se contorceu de raiva, ficando parecida com um sapo.

— Não preciso me provar pra você— ela falou, o encarando de cima a baixo com nojo, antes de erguer o queixo.

— Que tal um duelo, então?— sugeri, pegando minha varinha, a garota titubeou, me encarando com um misto de surpresa e desdém.

— O que vocês estão fazendo?— a voz de Lily cortou a tensão, e ela se aproximou, vindo do lado oposto do Salão, junto com Mary. Mas, ela parou, encarando as duas meninas, e sua expressão se contorceu em raiva, pelo jeito, já estava familiar com ela— não consegue deixar as pessoas em paz, consegue, Dolores?

— Você não manda em mim, Evans— ela ciciou, fiquei com uma imensa vontade de insistir em meu desafio.

     Mas, minha atenção voou para Mary, que andou até ambas e esticou a mão para Isla, quem hesitou, mas aceitou, saindo com ela até alguns metros de distância.

— Como está sua semana?— Lily perguntou para Dolores, cruzando os braços. Ela abriu a boca, pronta para responder com mais veneno— tenho certeza que ficará melhor com detenções todos os dias e menos cinquenta pontos para a Sonserina.

— Você não pode fazer isso, nem sabe o que aconteceu, seus amiguinhos provocaram— ela acusou, Lily olhou para trás, para onde a menina esfregava o braço enquanto sussurrava algo para Mary.

— Tenho provas o suficiente, Umbridge. Agora, vá, antes que eu decida algo pior— ela mandou, Dolores franziu os lábios, mas nos encarou, depois Mary, todos que teria de enfrentar, além de Lily, se dissesse algo que não deveria. Ela se retirou resmungando consigo mesma.

— Sabe que nada disso é verdade, Isla, não sabe?— Mary sussurrou, com a súbita falta de conversa as palavras ecoaram no corredor. Ela concordou com a cabeça.

— Dolores gosta de se achar superior, só espero que os planos dela de ser diretora não de certo— ela respondeu, Mary negou com a cabeça, havia uma irritação em sua expressão e postura que ela nunca demonstrava.

— Vamos, vamos jantar— Lily sugeriu, apontando para o Salão Principal, Isla concordou com a cabeça, aceitando quando esta passou um braço por seu ombro ao se dirigirem na direção do cheiro de comida bem temperada.

A outra Pettigrew Onde histórias criam vida. Descubra agora