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Violet

O ano começou agitado, com a aproximação dos N.O.M.S, os professores começaram a enlouquecer, eu não sabia como não havia notado nos anos anteriores como os alunos do quinto e sétimo andavam com mais pergaminhos e livros, e só prestei atenção quando minha coluna começava a doer pelo peso, o que era parcialmente minha culpa, de não querer deixar algumas coisas no dormitório e ter que buscar nos intervalos.

— Tranfiguração definitivamente vai ser mais difícil— Alice falou, no café da manhã de terça-feira, ela estava uma pilha de nervos, sabia que ganharia um Ótimo em herbologia facilmente, mas seu olho havia ganhado um tique ao pensar nas outras matérias.

— Eu achei que foi História da Magia— Dorcas comentou, retirando um pedaço de um pão— é mais memória, e a minha é péssima.

— Ganhei pontos extras na prova prática de Defesa por conjurar um patrono— Sirius comentou, Mary, ao seu lado, fez uma careta e mexeu com os lábios, como se o imitasse.

— Eu não sei conjurar um patrono— Alice falou, arregalando os olhos para mim, por um momento ficando com a expressão igual de quando nos conhecemos, e ela ficou com medo da lula gigante na nossa passagem pelo lago negro.

— Aprendemos no quinto ano, mas o professor era diferente— Lily comentou, lançando um olhar de esguelha para James, que ficou subitamente interessado na sua sopa, eu sabia o motivo, os patronos deles combinavam.

— Podemos ensinar vocês— Remus sugeriu, não sabia como ele estava ali, com a lua cheia no dia seguinte devia estar exausto, e cheio de dores. Alice concordou rapidamente com a cabeça.

— Vou ficar bem em História da Magia, meu tio, ele é fascinado por isso, sempre o escutei falando quando ficava na sorveteria dele— Alice falou, como se contasse suas vantagens, concordei com a cabeça, eu adorava ir no Beco Diagonal com ela, sempre ganhávamos sorvetes de graça.

Ela continuou com o assunto mesmo depois de sairmos do Salão Principal, os outros seguiram na frente, ou porquê tinham aula nos andares mais acima, ou fugiam. Estava prestes a dizer para ela que deveríamos voltar para a mesa e pegar um chá, quando bati de frente com alguém.

— Descul...— a palavra morreu na minha garganta ao ver quem era, Avery, me olhando como se o simples esbarrão tivesse estragado sua manhã.

Pettigrew— ele ciciou, olhei para o teto, e passei meu braço pelo de Alice para continuarmos andando— foi bom termos nos encontrado assim.

— Avery— a voz em tom de aviso me surpreendeu, não tinha visto Regulus ali, encostado na parede, e um olhar preocupado no rosto.

— Temos significados diferentes da palavra, bom— comentei, Alice riu ao meu lado, atraindo a atenção do garoto, que mais parecia uma cobra, mas eu não tinha certeza se ele percebeu que o sorriso dela morreu um pouco.

— Foi ótimo, sabe, tive uma excelente conversa no Natal— ele comentou, se aproximando alguns passos, mantive meu rosto neutro— sobre você.

— Já falando para a família? Pensei que fôssemos esperar— comentei, ele pressionou a mandíbula, mas pareceu se acalmar com as palavras seguintes, ao dar mais alguns passos, ficando menos de um metro de distância, e sussurrar.

— Apenas, acho que a família gostaria de saber o que aconteceu com Joseph Pettigrew— eu não me lembrava de ter colocado a mão no bolso das vestes, nem de ter pegado a varinha, apenas de aponta-la para o garoto.

Como você...?— as palavras morreram na minha garganta quando um sorriso apareceu no rosto dele, contente com minha falta de controle, e minha mente, que parecia ter se transformado em névoa, não conseguiu formular mais palavras.

A outra Pettigrew Onde histórias criam vida. Descubra agora