Narrador
A noite já estava chegando, as crianças já haviam saído da piscina de plástico, haviam comido, Lauren e Dinah deram banho nas crianças no banheiro um tempo depois, Camila e Normani arrumaram a bagunça ao lado de fora e na cozinha, degustaram de uma ótima sobremesa e antes que escurecesse de vez o casal Norminah juntamente com a filha foram embora para sua casa.
— Patrick vem pegar essa roupa molhada que você deixou jogada aqui no banheiro - Camila falou assim que entrou no banheiro, esperou por alguns segundos até vê seu filho na porta do banheiro com uma cara de inocente - eu já pedi filho pra você jogar roupa suja no cesto e roupa molhada você estender aqui - ela apontou para alguns ganchos perto do boxe.
— Desculpe mami - ele se abaixou e esticou os bracinhos pendurando ali, Camila e Lauren colocaram ganchos altos que era para ambas e ganchos baixos para seus filhos - assim tá bom mami?
— Está ótimo meu amor - ela beijou a testa de seu filho - vá para o seu quarto que já vou te dar boa noite - ele assentiu e saiu do banheiro.
Camila foi tomar seu banho, já no quarto das crianças, Lauren estava terminando de pentear o cabelo da pequena Chloe, Patrick passou pela porta e se jogou na cama agarrando sua pelúcia do Bob esponja, logo Chloe também deitou em sua cama e agarrou seu ursinho pooh.
— Mama, vai contar história? - a pequena perguntou coçando os olhinhos.
— Vamos só esperar a Mami - Lauren falou cobrindo sua filha com o cobertor e foi até a cama de seu filho fazer o mesmo - vocês podem esperar para terem as duas mamães contando histórias? - perguntou em pé no meio da cama dos dois.
— Podemos - ambos responderam e sorriram.
Logo Camila atravessou a porta e foi até a pequena estante em forma de árvore que tinha ali no quarto e pegou um livro, "O outro conto da cigarra e da formiga", Lauren puxou a poltrona e sentou e Camila sentou em seu colo abrindo o livro. Os dois pequenos ficaram atentos às suas duas mães narrando a história que era totalmente diferente da tradicional, essa era o reconto, na primeira mostrava a cigarra como preguiçosa e a formiga como trabalhadora, nesse reconto, mostrava a importância e a capacidade do trabalho das duas.
Quando ambas que liam cada cá uma página, perceberam que seus filhos estavam dormindo, se levantaram e cada uma foi cobrir um dos filhos direito e depositar beijos em cada um, Camila colocou o livro novamente na prateleira e saiu do quarto esperando que Lauren fosse logo atrás, a de olhos verdes apagou a luz deixando apenas um pequeno abajur de tomada ligado para caso eles se acordassem a noite não sentissem medo.
— Quer ir lá fora? - Lauren perguntou a Camila assim que fechou um pouco a porta - ou você está com sono?
— Não estou com sono, não ainda - Camila falou sorrindo e acariciando o rosto da mulher a sua frente - eu vou só pegar uma coberta lá no quarto e já desço.
— Tá bom - a mais velha selou seus lábios e sorriu.
Enquanto Camila foi pegar um cobertor no quarto, Lauren foi até a cozinha pegar alguma coisa, a mais nova desceu as escadas e foi em direção a porta que dava para o quintal de sua casa, avistou o pequeno banco de madeira e foi em sua direção, Lauren falou com seus pais assim que comprou a casa a qual mora agora, aquele banco tinha uma história e ela o queria, seus pais deram de bom grado, o banco a qual elas deram o primeiro beijo e onde Lauren tinha marcado às costas do mesmo com suas iniciais.
Camila se sentou e esperou sua esposa chegar, o que não demorou muito, logo Lauren apareceu segurando dois copos plástico com tampas e canudos, sentou ao lado de sua esposa que abriu os braços e ergueu o cobertor para cobrir as duas, Lauren estendeu um dos copos para Camila.
— O que tem aqui dentro? - Camila perguntou curiosa.
— Prove e você vai saber - Lauren falou com um sorriso amarelo e Camila revirou os olhos.
— Se for uma pegadinha - Lauren fez careta, Camila levou o canudo até a boca e sugou um pouco do líquido abrindo um enorme sorriso lodo depois que sentiu o sabor - é Danone...
— Exatamente - Lauren pontuou orgulhosa e também bebeu o seu - você sempre foi viciada, me viciou e viciou nossos filhos...
— Mas não tinha mais Danone na geladeira amor - falou enquanto tomava mais um pouco em seu copo - quando você comprou?
— Na verdade tinha sim - falou e olhou sua esposa de canto de olho - eu apenas escondi muito bem, se não você tomaria tudo e não deixaria pra mim.
— Não acredito que fez isso - Camila tinha uma cara de espanto no rosto e um sorriso incrédulo também - e se nossos filhos tivessem pedido amor?
— Você iria me ligar pedindo para que eu passasse em algum mercado no caminho voltando do trabalho e comprasse - ela falava com o canudo na boca - e então eu revelaria onde esse que estamos tomando estaria, simples assim...
— Você não existe - Camila negou com a cabeça enquanto sorria - você ainda continua a mesma sabia?
— Que bom - se aproximou mais de sua esposa e beijou seu ombro - você também continua a mesma, eu gosto disso - deixou o copo de lado e segurou a mão de Camila - crescemos e amadurecemos para muitas coisas, mas em momentos como esses ainda somos aquelas adolescentes apaixonadas...
— Você tem razão - Camila passava a ponta do nariz na bochecha de Lauren - há momentos que requer nossa maturidade, assim como há momentos que requer as adolescentes apaixonadas que tem dentro de nós - beijou o canto da boca de sua esposa - não posso dizer que meu amor por você continua o mesmo, pois estaria mentindo - ambas estavam de olhos fechados - o meu amor por você cresce mais a cada dia ao seu lado, a cada momento em que olho nossos filhos, que são frutos desse amor - deixou um selinho nos lábios de sua esposa que apenas apreciava suas carícias - eu tenho sorte em ter você.
— Nós temos sorte - Lauren disse - eu não me arrependo de nada que vivemos e passamos, pois tudo nos trouxe até aqui - deixou sua mão nas costas do banco e Camila fez o mesmo, elas sentiram o pequeno relevo na madeira e olharam o desenho - houve momentos que eu achei que não íamos chegar a lugar nenhum, e eu agradeço a você camz por me mostrar que teríamos sim um futuro - ela passou a ponta do dedo no coração que tinha ali desenhado onde as iniciais C+L estavam gravadas - espero ficar velhinha ao seu lado, espero que nossos filhos possam gravar suas inicias e as inicias de suas pessoas amadas nesse banco, junto com as nossas, pois ele de alguma forma faz parte do nosso início - Camila olhava o desenho com atenção e um sorriso bobo no rosto - eu te amo tanto...
— Eu também te amo, minha eterna garota da vespinha...
Ambas sorriam, elas aproximaram suas bocas e deram inicio a um beijo calmo, cheio de promessas, cheio de amor, com gosto de Danone de morango, cheio de paixão, cheio de cumplicidade, cheio de desejo e no meio de tudo isso e embaixo de um céu tão estrelado quanto o dia em que deram o seu primeiro beijo, sentadas naquele banco que fazia parte de sua história de amor, elas estavam cheias, se sentiam completas, se sentiam amadas, se sentiam Enitensídas.
—
isso é tudo pessoal...
com certeza vai ter bastante erro, mas eu tô morrendo de sono, então posso culpar meus olhos cansados
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Enitensída
RomanceEnitensída (adj.) - Termo utilizado para designar pessoas que não precisam de muito tempo pra se apaixonar, nem tem medo de sentir demais. Camila está no segundo ano do ensino médio, ela se considera uma pessoa que se apaixona fácil, embora até ago...