Capítulo 32

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— ANNE!

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— ANNE!

Em disparada fui até o corpo da minha irmã caído no chão. Procurei sinal de machucados ou qualquer coisa, mas não encontrei nada, exceto sua pele um pouco mais fria e pálida que o comum.

— Você vai ficar bem — murmurei afastando os cabelos ruivos do seu rosto e acariciando as suas bochechas. Carlisle junto com meu pai se ajoelharam na minha frente e o doutor começou a medir a pulsação dela pelo pescoço — Me diz que ela vai ficar bem Carlisle.

Eu não suportaria perder minha irmã por causa daquele louco.

— Acho que foi uma sobrecarrega de poderes, eu nunca vi nada assim em meus anos de medicina.

— Ela foi além do limite — meu pai comentou preocupado pegando a outra mão e dando um beijo nas costas da mesma — O que eu faço com você sua pestinha?

— Me compra tintas novas e mais telas para pintar algo legal — ela murmurou baixinho com olhos fechados.

Meu coração se aliviou como se uma bigorna tivesse saído de cima ao ouvir sua voz.

— Só se você não nos der mais um susto desses, não é porque sou metade humano e metade vampiro que tenho que pôr meu coração a prova mocinha — meu pai comentou ao vê-la abrir os olhos e sorrir fraco — Vocês duas ainda vão me matar do coração.

— Você aguenta mais uns impactos da vida, espere mais uns anos que verá — Anne comentou nos fazendo rir aliviando o clima.

Os outros começaram a se reunir perto de nós com um sorriso no rosto, até mesmo os lobos que uivaram animados.

Agora tudo havia acabado.

☁︎⛭☁︎

Carlisle deixou o quarto de Anne após duas horas examinando-a. Fisicamente minha irmã não tinha dano nenhum, mas mentalmente podia ter sofrido graves desgastes pelo uso de seus poderes, recomendando repouso extremo por no mínimo uma semana.

Quando perguntamos no dia seguinte o motivo do sumiço com apenas um bilhete para trás, ela nos contou que Alice havia dito que a única forma de acabar com isso de uma vez era que ela fosse em Volterra para manipular a mente deles usando feitiços antigos, preferindo ocultar o fato para que não pudesse ser impedida.

Meu pai quase desmaiou quando ouviu isso, e a única coisa que "tranquilizou" o coração dele foi o fato de que Embry havia ido com ela por precaução.

O quileute não saiu do lado da minha irmã em nenhum momento durante a recuperação, praticamente montando guarda para qualquer coisa, o que não deixou Edmund muito feliz, então como resposta meu pai deixou-o dormindo no sofá.

Nessie voltou depois de três dias com o fim do conflito indo direto para nossa casa, e nós três ficamos vendo filmes no quarto de Anne para que ela não se esforçasse durante toda a noite, mesmo minha irmãzinha deixando claro que estava bem.

Havia passado um mês desde que tudo acabou, Forks estava bem e tudo estava seguro novamente, voltando ao ponto principal de nossas vidas que foi necessário fazer uma reunião de madrugada, porque já podíamos ir embora da cidade.

— Bem meninas... — Edmund disse olhando para nós duas — Eu não vou prolongar isso, sabem muito bem o porquê de estarmos aqui então podem começar a falar.

— Eu gosto de Forks — Anne comentou iniciando a conversa — Não é tão ruim, tirando o tempo chuvoso quase 80% das vezes e tudo mais, não posso abandonar a escola na metade, que espécie de aluna que eu seria?

O brilho nos olhos da minha irmã indicava que aquilo era a maior mentira para sua justificativa, e que alternativa eu teria se não ir na onda?

— E eu gosto de ser professora aqui, mesmo ficando afastada todo esse tempo por conta dele louco, tô planejando voltar amanhã na escola da reserva.

Edmund fechou os olhos de modo estreito alternando entre nós duas.

— Isso não tem nada haver com dois cachorros quileutes, ou tem?

— Não — negamos em uníssono de imediato e nem precisando olhar uma para a outra pra saber que estávamos mentindo.

No timing perfeito, Jacob parou com sua moto do lado de fora da minha casa dando duas buzinadas, o que indicava que era hora de irmos.

— Vou fingir que acredito em vocês — meu pai cruzou os braços e olhou na direção da porta — Aonde vão?

— Passear pela reserva um pouco.

— Contanto que depois eu não precise ficar cuidando de mini lobinhos tão cedo, podem ir.

Revirei os olhos me levantando da cadeira e pegando minha jaqueta, já que os planos incluíam a praia e o que mais tinha naquele lugar era vento gelado pela maré.

Abri a porta vendo o Black sentado na moto com uma camiseta preta e calças jeans, dei um beijo na sua bochecha antes de subir na garupa da moto e saímos a toda velocidade pela floresta.

☁︎⛭☁︎

— Por que me trouxe aqui? Pensei que iríamos para La Push — perguntei após pararmos no topo de uma montanha, tão alto que podia quase tocar as nuvens.

— La Push está lá sempre, mas o que eu quero aqui é momentâneo por um curto tempo.

— O que?

Ele apontou para o horizonte.

— Logo o sol vai nascer, achei que queria ver isso.

Os primeiros raios de sol surgiram atrás das montanhas, a luz ainda timidamente começou a preencher tudo ao seu entorno, afastando a escuridão da noite enquanto os minutos se passavam. 

Aquilo inexplicavelmente me deu uma paz interior.

Senti Jacob me abraçando pela cintura e sorri pensando que aqueles raios podiam ser um sinal de novo começo, uma nova luz do dia que inundaria nossos dias de forma benéfica.

— É lindo.

— Não mais do que você.

— Está muito cedo para frases clichês senhor Black — me desvencilhei de seus braços para olhar em seu rosto.

— Esse é o seu efeito sobre mim — deu de ombros.

Dei um tapa em seu ombro antes de iniciarmos um beijo longo e calmo, podia facilmente ver o futuro mesmo sem ser Alice, e sabia que queria Jacob em cada momento do resto da minha vida.

De alguma forma, ele era um daqueles raios de sol que iluminava meus dias assim como eu era dele, e isso era o suficiente para nós dois.

☁︎⛭☁︎

Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Último capítulo de Daylight e já estou chorosa, não sabia o quão longe essa fic podia ir e agora estamos aqui.

Me digam o que vocês estão achando, quero saber tudo antes do epílogo.

Até o próximo!

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