Capítulo 08

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Reparei que a sala tinha alguma coisa quebrada, parecia ser um vaso, além das almofadas espalhadas pelo chão.

– Hope, me largue – pediu meu pai me olhando.

– Não até saber o que está acontecendo aqui, o porquê a sala está essa bagunça e o porquê Anne está chorando.

– Você quer mesmo saber o que estava acontecendo aqui dentro? Pois bem, eu vou matar ele esse garoto porque estava beijando sua irmã!

– Não estávamos nos beijando! – Anne gritou de forma estridente.

– Estavam o que então? Experimentando saliva!? – Edmund retrucou irônico.

– Isso é mentira! A gente nem se tocou direito, você não deu tempo porque já avançou nele.

– E eu ainda vou avançar! – gritou de volta.

– Chega! – berrei – Anne sobe agora e não saia de lá até eu ir atrás de você.

Minha irmã me olhou, tentei passar confiança pelo meu olhar e ela correu escada a cima de trancando em seu quarto.

– Hope – a voz de Alice apareceu atrás de mim junto com Jasper – Se acalme, abaixe os dois.

– Vou me acalmar quando os dois se acalmarem, se eu soltar eles vão acabar se matando.

– Eu falo com seu pai – disse Jasper ao lado dela – Só para acalmar ele.

– Eu controlo Embry – falou Jacob.

Desci Edmund primeiro e antes que ele pudesse avançar, o paralisei no lugar.

– Não te soltei para você brigar – falei.

– Hope – falou em um tom como se fosse de aviso, pela sua cara estava mais do que nervoso.

– Deixe comigo – Jasper o segurou pelo braço de modo imobilizador, desliguei meus poderes e vi o Cullen carregando meu pai em direção a floresta.

– Embry, você se acalme que eu vou te pôr no chão e nem tente ir atrás dele porque quebro seus pés – alertei e o vi concordar bufando.

Jacob o levou para fora com uma expressão tão séria que podia ver seu maxilar trincado com força, despediu-se de nós com um aceno de cabeça.

– Desculpe – falei a Alice esfregando a têmpora, minha cabeça começava a querer doer – Não queria que tivessem sido obrigados a presenciar essa cena.

– Tudo bem, eu vi que algo assim iria acontecer e resolvi vir junto com Jasper.

– Agradeço de verdade – falei recolhendo as almofadas e me sentando no sofá – Mas foi só por isso que você veio, ou tem algo a mais?

– Sei que seu aniversário está chegando, e quero dar uma festa para você na nossa casa – propôs.

– Alice, não é necessário de verdade.

– Lógico que é, 105 anos não se fazem todo dia ou com tanta frequência. Não adianta discutir mocinha, sei que irei ganhar – falou de modo convencido.

– Não tenho escolha? – perguntei e vi balançar a cabeça em negação – Faça a festa então.

– Gosta de cinza azulado e coisas prateadas, certo?

– Sim.

– Ótimo! – disse alegre – Nos vemos sábado então, apareça mais linda do que você é. Vou atrás de Jasper, e pode contar a sua irmã que vai dar tudo certo com Embry. Eu sei.

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