Capítulo 04

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– Querida espere – Edmund me chamava ao me ver entrar em um furacão em casa enquanto Anne correu na frente para se trancar em seu quarto – Nós podemos ajudar eles.

– Não fugimos dos Volturi por anos para entregar nossas cabeças em bandeja de prata assim.

– Mas não vamos perder e muito menos entregar nossas cabeças em bandejas de pratas. Eles podem vir atrás de nós depois de destruir os Cullens, vidas inocentes serão perdidas.

– Pai, eu não quero lutar. E muito menos Anne, viu a reação dela quando soube que o feitiço foi quebrado, ela quase teve uma crise de nervos e nós sabemos muito bem o que acontece quando ela tem uma dessas – esbravejei o olhando – E ninguém consegue conter isso exceto nós.

– Não temos como fugir disso se já está no futuro e… – seu discurso foi interrompido por um toque de telefone – Alô, Alice?...Sim entendo...tudo bem, irei falar com elas...boa noite.

– O que queriam?

– Ela teve uma visão agora pouco que, se não pararmos eles agora, irão nos caçar até a morte.

Respirei fundo batendo o punho no balcão da cozinha, por que Forks tinha que ser tão problemática? Não podia ser apenas uma cidade chuvosa sem graça e comum?

– Qual a garantia que iremos vencer?

– Ao que tudo indica, Caius não vai lutar diretamente conosco, entrará em último caso como um bom Volturi faz – falou revirando os olhos – Ele está apenas ordenando. E os Cullens junto com os quileutes já lutaram antes contra recém criados antes, sabem como agir nessas situações.

– Certo, então vamos vencer? – perguntei, eu sentia que iria ceder mas precisava ficar com os pés atrás, não podia arriscar tudo.

– Alice viu o confronto mas não o final, os pontos cegos a deixam desnorteada.

Ponderei por alguns minutos, sabia muito bem que Edmund iria querer ajudar a família mas pensava em nós e levava muito em conta nossa opinião para apenas tomar decisões sozinho.

– Ótimo, diga quando e nós vamos mas se eu ver que estamos perto de morrer, eu jogo todo mundo nos ares e partimos para o mais longe possível sem nem olhar para trás, Anne faz um feitiço que nenhum vampiro poderá nos achar novamente. Entendeu pai?

– Tudo bem querida, tudo o que você quiser – disse me abraçando e fazendo leves carinhos no meu coro cabeludo para me acalmar como sempre fazia desde que me entendo por gente. Era bom.

– Não quero te perder pai, nem você e nem a Anne – disse contra o seu peito.

– Não vai – me garantiu – Seu velho aqui ainda é forte o suficiente para proteger suas garotinhas numa luta. Melhor eu ir falar com Anne.

– Sim, ela está apavorada até agora. Tente acalmá-la e qualquer coisa faça um chá para ela.

Ele assentiu e foi para o andar de cima a passos humanos. Peguei um copo de água e tomei o líquido mais demoradamente que pude, mas aquilo não foi o suficiente para me acalmar. Eu precisava caçar.

Deixei um bilhete na bancada avisando que estava na floresta, peguei meu casaco e sai correndo porta afora.

☁︎⛭☁

A corça caiu sem vida aos meus pés fazendo um som oco após eu engolir todo seu sangue. Limpei minha boca e respirei aliviada, aquilo seria o suficiente para me acalmar por um tempo. Fiz todo o procedimento de enterrar o corpo do animal para não atrair suspeitas e quando terminei, um pigarro chamou minha atenção.

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