Capítulo 3: Amor não correspondido

1.5K 127 152
                                    

— Naty...eu...eu...eu gosto de você!!

Parece que uma bomba caiu em cima de mim, como? Como nunca percebi os sinais?

— No...norman.... Desculpa mas não posso...

— Co... Como assim? — ele me diz com uma expressão meio triste.

— É que...

Fico imaginando em qualquer desculpa, já que se eu falar sobre Ray, bom... As coisas podem ficar estranhas. Vai que ele começam uma disputa pelo meu amor... Calma Naty! Se concentra! Não é um livro! Chego a conclusão e resolvo falar o que Ray me disse há 5 anos atrás:

— Norman, eu acredito que o amor seja só uma besteira uma perda de tempo, sabe?

— Nã... Não é não! — ele fala gaguejando com lágrimas em seus olhos e um sorriso fraco e forçado.

— Norman, desculpa por isso, mas é

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Norman, desculpa por isso, mas é... Não sou a pessoa certa pra você.

— Mas eu tenho convivido anos de minha vida com você.

— Eu sei, mas, não quero ter esse tipo de relação com você, entende?

Aquilo só estava piorando e se estendendo cada vez mais.

— Só me explica por que acha isso do amor.

— Ah Norman... Nem eu sei dizer bem...

Essa mentira estava virando uma gigante bola de neve.

— Mas você lê romances desde criança, por que não quer viver um?

Droga, ele tinha argumentos, e com muita razão.

— Norman, a vida é mais que livros.

Essa frase me doía mas era uma boa resposta e de certa forma, bem racional.

Dou um tapinha leve no ombro do mais novo totalmente desconfortável. Teria eu sido muito grossa? Talvez.

Para esquecer as mágoas e bombas vou ao banheiro de meu recente quarto. A parte boa de dividir meu quarto com Ray, era que agora tínhamos um banheiro privado com banheira.

Ligo a água quente e fico observanto ela se esparramar por toda a banheira. A banheira enche e entro na mesma tentando afastar os acontecimentos e pensamento recentes.

Sentir a água borbulhante consumir meu corpo me dava uma sensação de paz e satisfação. Estar naquele estado me lembrava de quando ainda era um feto, a sensação de estar mergulhada em um líquido quente e reconfortante me agradava.

Flutuo ate a superfície para pegar mais fôlego e me manter por mais tempo naquele delicioso conforto.

Solto um grande suspiro de alívio e paz até que escuto um pequeno grito de susto, olho para o lado e era Ray?!

E foi nesse momento que eu confirmei mais de três milhões de vezes em me afogar nessa banheira.

— SAI DAQUI! — grito enquanto o menino se mantinha imóvel.

Ele parecia ter levado um beliscão de vida e sai volta para a realidade. Nem quero imaginar o que estava passando na mente desse ser. O mais velho dispara para fora do banheiro.

Alguns minutos depois pensando sobre o acontecimento recendo desejo estar afogada nessa banheira.

Saio da banheira após estes momentos de reflexão e pego minha toalha. Seco meu corpo encarando fixamente a quina da pia pela cena anterior não sair de minha mente. Termino de me secar e visto minhas roupas. Vou ao quarto e Ray lia um livro ainda aterrorizado do momento anterior.

Para esquecer tudo resolvo chamar Emma para brincar de esconde-esconde. A ruiva aceita toda alegre e começamos a brincar.

Conto e vou em busca da garota, ela se escondia muito bem mesmo dentro da Casa. Fico um bom tempo atrás da mesma e quando percebo ela já havia ganhado o jogo. Repetimos a rodada e os mesmos resultados são obtidos. Vejo que a menina estava comçando a levar o jogo a sério demais, a cada rodada que se passava ela ficava mais estérica.

Emma sempre agiu como uma criança de 6 anos, deve ser porque está sempre com a crianças.

Mas algumas partidas se passam e a garota fica totalmente fora de si. Era meu turno de se esconder e a tensão era grande, me sentia em momentos de livros de terror, dava para escutar apenas os passos da menina se aproximando de mim. Era desesperador já que sempre que me encontrava me dava mais susto que o comum.

Ainda mais porque eu raramente me assutava, mas desta vez, Emma realmente estava ameaçadora e medonha.

Tentando viver mais um pouco, chamo Ray para me ajudar a me esconder dessa louca. Explico todo o cenário criado pela garota, ele me encara por alguns segundos pensativo.

Sem prensar duas vezes, ele pega em minha mão e me puxa até a biblioteca.

— Ray! — indago.

— Oi?

— Já me escondi na biblioteca e ela me achou facilmente! — alerto o garoto.

— Só confia na minha intuição.

— Tá bom... — murmuro quando chegamos na biblioteca.

O cômodo estava em um estado deprimente e com a iluminição péssima. Ray pega a escada de madeira rolante e puxa na direção de uma estande de livros.

— Ray! Já me escondi em cima da prateleira e Emma já havia me encontrado. Quando ela me achou parecia uma aranha escalando a estande... Me dá arrepio só de lembrar!

— Já entendi que a Emma tá conhecendo cada cantinho dessa casa, mas, tem um cantinho que ela não conhece.

— E qual seria? — pergunto morrendo de curiosidade.

— Esse...

Ele fala terminando de subir a escada e chegando bem próximo do teto. Tinha uma rachadura no teto que depois se mostra um alçapão. Eu esperava qualquer coisa, menos aquilo...

𝑻𝒆𝒙𝒕𝒐𝒔, 𝑪𝒂𝒓𝒕𝒂𝒔 𝒆 𝑩𝒆𝒊𝒋𝒐𝒔 (𝚁𝚊𝚢 𝚇 𝙻𝚎𝚒𝚝𝚘𝚛𝚊)Onde histórias criam vida. Descubra agora