Thirty Three

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(S/n On)

Quando escolhemos um caminho, acabamos parando em algum lugar, quando escolhemos algo estaremos para todo sempre ali, quando escolhemos alguém essa pessoa deve te escolher, caso contrário não poderá ter ela. Pessoas não são objetos, poses de ninguém, escolhemos nosso caminho é apenas esperamos que no final tudo fique bem, não importa se foi uma escolha boa o ruim, você escolheu e agora está tendo a sua reação, não devemos esperar que alguém queira você, apenas damos o nosso melhor e somente isso, eu dei o meu melhor.

Para cada um que de alguma forma eu toquei tanto com minhas flechas ou com minhas palavras, devo dizer, obrigado, por me dar a chance de experimentar o amor, hoje sei que os humanos são muitas vezes pessoas maldosas por que simplesmente não sentiram o frio na barriga, a necessidade de estar com alguém, a certeza que tudo ficará bem quando essa pessoa sorrir, vê seu mundo cair quando essa pessoa está triste, esse sentimento de não estar lá por que ela lhe faz bem de forma egoísta, mas sim pelo motivo que ela lhe faz bem, por que ela te faz sorrir a cada palavra solta, no fim, o amor e tudo e cada parte, não só romântico mas também de amizade e de tudo, amor está nas pequenas coisas.

- Estamos aqui hoje, para o julgamento da cupido, S/n. - Ouvi a voz que me trouxe para o centro do mundo, essa voz vinha de Jay.

- Não deveria falar dessa forma, ela não cometeu nenhum crime. - Minha mãe me defendeu tomando a frente enquanto eu apenas olhava tudo.

- Ela sabia que Félix era um anjo, mesmo assim se relacionou com ele, ademais, devemos citar que ela com todas as suas palavras disse para mim, Deus do amor, que se Félix não lhe provasse amor, eu mesmo poderia retirá suas asas. - Ditou outra vez Jay e eu sorrir de lado olhando pro chão.

- Alguma palavra, S/n? - Questionou um dos cupidos e eu neguei. - Nenhuma defesa? - Neguei novamente.

- Não tem defesa, Félix não a amava e ela perderá suas asas. - Jay disse convicto e eu me levantei.

Todos ali me olharam esperando alguma reação minha, mas minha mente estava muito longe daquela sala cheia de cupidos que lastimava pela filha de um dos casais mais famosos entre todos, meus pais tinham olhos tristes enquanto minha mãe abraçava meu pai.

- Felix esquecerá de mim? - Ditei baixo vendo Jay assentir.

- Então tudo bem. - Sorrir minimamente e virei de costas, senti minhas asas se libertarem e por fim senti o frio percorrer todo meu corpo, minha garganta já faltava ar, meu coração estava em batidas frenéticas, Jay me olhou assustado e quando meus olhos encontraram os dos meus pais eu senti um frio por todo meu corpo e as lágrimas já escorriam.

- N-Não deveria ser assim. - Sussurrei e Jay veio de encontro a mim.

- Eu sinto muito. - Me olhou passando a mão no meu rosto. - Eu sei que dói, mas ele não te ama, cupidos não nasceram para viver o amor, apenas para passar. - Sorriu de forma fofa e eu acenti.

- T-Todos vão esquecer de mim? - Ele passou o polegar na minha bochecha e ditou um simples "Sim."

- Todos que você teve contato, jamais de forma alguma saberão ou vão se lembrar de você, está consciente disso. - Passou por mim olhando minhas asas. - Sinto muito, o amor machuca.

- N-Não. - Disse firme e Jay me olhou curioso, respirei fundo. - Não machuca, nunca me machucou, tudo que eu fiz foi por amor, cada palavra, cada toque, cada pequena coisa, nada disso me machucou, o que machuca e as regras, amor não são regras, amor não tem mentiras, não tem nada mais do que duas pessoas amando, mas você, Deus do amor, sabe o que é amor? - Encarei todos que agora prestavam atenção em mim. - Amor....uh, me diga você! - Cruzou seus braços me fitando de forma firme. - Amor e tudo que vocês tem medo, vocês saem por aí flechando pessoas, sabe o quanto elas são desesperadas a ponto de não conseguir nem falar com a pessoa, ter que recorrer a um seres como nós, vocês criam regras pro amor, mas para o amor não existe regras, garotas amam garotas, garotos amam garotos, Anjos amam cupidos e não tem nada de errado com isso, por que no final, é só amor, quando não lhe resta nada, amar alguém ou se amar e tudo que temos..- Sorri sentindo meus olhos encherem de lágrimas. - Eu amo um anjo.

Todos bateram palmas e até Jay também, senti meus me abraçando de forma quente, me sentia no melhor lugar do mundo, não deveria ter melhor lugar para isso.

- Eu te amo. - mamãe ditou de forma doce.

- Sua pequena travessa. - Sorriu meu pai beijando minha testa.

- Você realmente tem o sangue dos 4 cupidos, em s/n. - Jay sorriu se aproximando.

- M-Minhas assas....- Encarei Jay que me olhava curioso.

- Você não precisa mais disso, afinal? Será uma humana. - Disse calmo.

- Q-Que...? - Olhei para minha mãe e meu pai que se afastaram Um barulho estrondoso foi ouvindo e eu me virei vendo Jeongin entrar na sala só o desespero, encarei seu rosto correndo até ele que parecia que tinha visto o próprio lúcifer, todos os cupidos olhavam pra ele de forma assustada.

-F-Félix...e-ele...- Ofegante me olhava tentando formar uma palavra concreta.

-JEONGIN! - Gritei seu nome e ele pareceu voltar para realidade.

- E-Ele ia cortar suas asas. - Disse me encarando e soltei um grito.

(Felix O/N)

- Você precisa se acalmar. - Choi ditava enquanto me amarrava na cama.

- VOCÊ PRECISA ME SOLTAR, EU VOU CORTAR ESSAS PORCARIAS E VOCÊ NÃO IRÁ ME IMPEDIR DISSO.- Gritei enquanto ele me olhava assustado.

- Isso só irá lhe machucar e não vai trazer ela de volta, eu sei bem como é isso. - Me olhou com olhos tristes. - Ela era tudo que eu tinha, eu perdi tanto sangue naquele dia, mas não se compara com a dor que eu senti quando soube o que lhe causei.

- E-Eu preciso provar que amo ela.- Um fio de voz saiu de mim junto com lágrimas.

- Você ama Felix, mais do que qualquer coisa, eu sei que ama, mas não e ferindo você que ela vai voltar. - Sentou do meu lado na cama apertando mais as cordas.

- O amor não machuca, não mente, não esconde, não faz chorar, amor e liberdade não prisão, isso não é amor. - Ouvi aquela voz e virei o rosto vendo s/n e jeongin na porta.

Ela usava uma camisa branca, saia preta, arco nas costas, cabelo mais curto em uma franja na frente, meu pai levantou da cama saindo de encontro a Jeongin, S/n caminhou até mim e eu senti vontade de chorar

- Você voltou! - Sorri e ela beijou minha bochecha.

- "Deixe-me livre, se voltar ele sempre lhe amou, se não voltar, você se livrou de um falso amor." - Ditou de forma cautelosa enquanto me olhava.

- Então o cupido e o anjo....- Encarei seus olhos castanhos. - Acabam juntos, independentemente das regras, apenas amor, apenas Eu e Você. - Sorriu me olhando.

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É, falta um episódio só pra fic acabar :(

Eu me divertir muito lendo essa história e reescrevendo. Achi que o meu eu de 2019 estaria orgulhosa de mim, ou Talvez não :/

Algodão Doce - Lee FelixOnde histórias criam vida. Descubra agora