⚜️ Capítulo 66 - Ligação cortada ⚜️

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   Presente, é a palavra usada para intitular algo a qual damos a outra pessoa para a agradar, certo? Então acho que Kate falhou bastante nesse quesito durante a semana, pois seus presentes não eram nenhum pouco agradáveis, embora que sejam inesquecíveis! De uma forma péssima só para constar. Dentre os mimos que minha tia enviou estão, mais pássaros mortos, belas cartas —ameaças—, frascos de veneno e até facas ensanguentada.

    E EU ESTOU SURTANDO COM ISSO TUDO!

    É quase impossível disfarçar o quão nervosa estou para as meninas, e também é muito suspeito o fato de que de repente eu não quero sair do quarto em meu tempo livre. Eu me sinto como um animal enjaulado, ou até mesmo uma presa com medo do predador.

   Sim, eu poderia ter reunido todas essas ameaças e mostrado para o Benjamin e a Angeline. Mas como eu provaria que a Kate que tinha me enviado? No fundo essa bruxa tem razão, ninguém acreditaria em mim. 

   Suspirei abraçando minhas pernas com mais força. Como eu lidaria com tudo aquilo? De que forma iria combater Kate? Sem disposição alguma levanto da cama e caminho até o banheiro, talvez tomar um banho quente me ajude a relaxar, ou não, já que usei essa tática a semana inteira e não ajudou em nada porém nunca se sabe. O que seria relaxante para fazer as 5:00, sem ser um banho quente? Muitas coisas eu sei, mas estou sem ideias!

   Enquanto a água da banheira ajudava meus músculos tensos, tentei por alguns segundos me distrair com a parede, que não tinha nada interessante o suficiente para me tirar dessa realidade por algum tempo relevante, e aparentemente nem os livros estão dando conta do recado, de uma forma ou outra minha mente sempre chega a minhas preocupações e simplesmente não sei o que fazer para expulsa-las. Até tem tentei colocar na minha cabeça que logicamente Kate sempre teve planos para dar um fim em mim, só que antes eu não estava sabendo —ou fingia não saber—, e agora eu sei e é impossível fingir que não sei, ainda mais com novas ameaças chegando todo dia.

    Após alguns minutos na banheira, decidi sair dela e tentar dormir mais um pouco, dessa forma vesti um pijama confortável e deitei, porém antes dei uma olhadinha no celular e pesquisei meu nome para ver se tinha algo novo nos sites. Isso tinha se tornado uma mania durante a semana graças a Ashley, pois agora com todas as forças entendi que devo ficar de olho nas mídias sociais!

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    O café da manhã tinha verdadeiramente se tornado um enorme martírio para mim. Dividir a mesa com uma assassina não era nem de longe algo que me causasse apetite, na realidade me tirava toda vontade de comer e talvez eu estivesse com um pouco de medo da comida estar envenenada, mesmo que até a Kate estivesse a comendo.

    Mas é compreensível né? Eu estou paranóica, só que é difícil comer quando ela fica me olhando como se tivesse colocado uma bomba relógio em meio a meu pedaço de bolo! Mesmo que eu tenha conferido meu bolo duas vezes para isso não acontecer, além de que, ela pode ter agentes pelo palácio que só estão esperando eu dar um deslize para me darem o bote!  Só que isso não vai acontecer, pois estou atenta... Se bem que tem várias câmeras pelo palácio, será que existe a possibilidade de ter alguma no meu quarto? Se tiver ela seria capaz de saber todos os meus planos! Mesmo que eu não tenha nenhum plano até agora.

    Estou ficando maluca!

    Entro em meu quarto e noto imediatamente que Lily nem Margarida estão nele, bons tempos aqueles em que eu nunca ficava sozinha. Por isso que dizem que só valorizamos aquilo que perdemos.

    Tranco a porta dando duas voltas só para reforçar, e caminho lentamente olhando em volta e depois olho o banheiro, o closet e a varanda, novamente não tinha ninguém. Suspirei aliviada e sentei na poltrona, logo vendo que Lily tinha esquecido uma de suas revistas no apoio da poltrona. Não sou muito de ler revistas, mas não tenho muito o que fazer, além de que posso ver se tem algo sobre mim que não tenha visto na internet.

Talvez Um Conto De Fadas?!Onde histórias criam vida. Descubra agora