Nunca pensei que ia passar a viagem inteira torcendo para não morrer! Quando enfim saio do avião, quase beijo o chão aliviada.
Terra firme!
Essa me pareceu a viagem mais longa da minha vida, e olha que foi minha primeira. Sigo pelo aeroporto junto de Angeline, Benjamin e um batalhão de guardas, que nos guiam ao carro e tento disfarçar minha expressão surpresa ao ver o amontoado de gente do lado de fora. Wow!Os flashes quase me cegam, mas mesmo assim tento sorrir para todos, e quando adentro o carro pisco várias vezes. Acho que estou vendo os flashes até agora. Enquanto o carro vai em direção ao palácio de Merlin, observo o reino através da janela e nesses poucos quilômetros posso concluir que Merlin é um reino aparentemente maravilhoso! É como dizem na televisão e nas revistas,— Não que eu tenha me importado em ver isso— o reino é lindo, suas ruas são largas e com muitas árvores, também há grandes áreas verdes e praças bem decoradas. Ouvi dizer que de noite são ligadas diversas luzes pelo reino, por isso Merlin tem como apelido reino luz.
Quando enfim chegamos ao palácio, dou uma boa observada. Sua estrutura é parecida com o palácio de Arcádia, porém parece ter mais detalhes em sua construção, também parece ter menos flores pelo jardim. De acordo com as informações que tenho, o clima daqui não é o melhor para que nasça várias flores, aqui é mais frio. O que me causa alguns arrepios pelo corpo, talvez tivesse sido uma ideia melhor ter colocado uma roupa mais quente, e é nesses horas que eu tive razão em trazer meus moletons. Assim que entramos, olho cada detalhe, e noto o quão diferente é a decoração, aqui tudo é um pouco mais... Extravagante do que em Sprinflow.
Depois de comparar os palácios, decido parar para prestar atenção na conversa. Benjamin e Angeline estão conversando sobre algo que não faço a menor ideia do que seja. Quando eles notam que estou os encarando, olham para mim.
— Se quiser pode andar para conhecer o palácio, ou se estiver cansada posso pedir que alguém lhe mostre seu quarto.— Angeline conta.
— Bom... Acho que vou dar uma volta.— Digo pensativa. Quem sabe eu não encontro o Dan por aí.
— Nos vemos no almoço, o horário é o de sempre.— Benjamin avisa antes de eu sair.
Caminho pelo corredor em busca de alguma alma viva e vejo um garotinho, no qual na hora creio ser um dos gêmeos. Vou até lá, e quando ele me vê sorri. Encaro o garotinho a minha frente tentando distinguir se era o Dominic ou o Alexsander.
— Dom?— Arrisco pensativa, cogitando ser ele por causa da outra vez e concluo totalmente o contrário ao ver a expressão emburrada do garoto. É o Alex.— Errei de novo, foi mal.— Me abaixo ficando na altura dele, que parece chateado com minha confusão.
Que temperamental!
— Tá.— Ele murmura com a expressão fechada.
— Sabe onde o Dan está?— Pergunto mudando o assunto.
— Sei.— Alex responde simplesmente em um tom baixo, o que me faz ter dificuldade em entender.
— Ok... Pode me levar até ele?— Questiono ainda surpresa. Eu só me confundi e ele ficou tão magoado assim.
— Tá.— Ele começa a correr e o sigo tentando não o perder de visto, ou tropeçar nas escadas. Quando enfim chegamos em frente a uma porta, estou ofegante por causa da corrida. Alex fez com certeza isso de propósito.— Pronto.— Ele aponta para porta, na qual dou toques.
Entro quando ouço um "pode entrar". O Dan parece ainda concentrado na pilha de papéis em sua mesa, então resolvo me pronunciar.
— Boa tarde alteza.— Pronuncio com certo sarcasmo e o mesmo parece reconhecer minha voz e levanta seu olhar de imediato.
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Talvez Um Conto De Fadas?!
Ficção AdolescenteEra uma vez, o típico começo de um conto de fadas, que qualquer garota gostaria de viver. Quer dizer, quase todas. Conto de fadas não é bem o estilo de Roselly Stiller. Tudo poderia estar seguindo de forma normal em Sprinflow, um reino encantador e...