Poucos segundos se passam até ouvir uma movimentação e então o som da maçaneta. Logo em seguida a porta se abre me dando a imagem de Dan.
— Estava pretendendo te procurar agora mesmo Rose!— Ele conta sorrindo e me dá passagem.
Entro no quarto, ansiosa para lhe fazer perguntas.
— É verdade que você tem uma tatuagem?— Indago de forma direta e Dan parece surpreso.
— Como sabe disso?— Ele arqueia a sobrancelha.
— Tenho meus contatos.— Sorrio e dou de ombros.
— Essa frase é minha.— Dan aponta com humor.
— Jura?— Finjo surpresa e Dan balança a cabeça.
— Você quer ver não é?— Ele pergunta.
— O que?— Franzo a testa sem entender.
— A tatuagem.— Dan diz óbvio.
— É claro!— Exclamo imediatamente fazendo ele rir.
Então simplesmente ele tira o paletó o deixando em cima da cama, e sem explicação alguma abre alguns botões de sua camisa me deixando totalmente confusa. O que ele está fazendo?!
Desvio meu olhar para o chão.
— Aqui está Rose.— Dan aponta simplesmente.
Levanto meu olhar lentamente e encaro ele que mostrava uma pequena tatuagem em seu quadril. Tentei entender o que era de longe, mas ao perceber que só enxergava alguns riscos, decidi me aproximar, dessa forma observo atentamente a pele exposta a qual estava a tatuagem, tentando não perder o foco e subir o olhar para o abdômen do Dan que se revelava algo esculpido por um artista renomado. Parece que a temperatura nesse quarto aumentou umas cem vezes!
Contenho um suspiro. Sem pensar muito, toco na tatuagem passando os dedos sobre cada palavra que ali compunham uma frase.
"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."
Sorrio abertamente.
— Doeu?— Pergunto ainda olhando cada traço das letras em preto.
— Foi como uma picada de abelha.— Dan conta.
— Picadas de abelhas doem muito.— Declaro e ouço Dan rir.
Ajeito minha postura e olho para o rosto de Daniel.
— O pequeno príncipe?— Arqueio a sobrancelha de modo interrogativo. Estava curiosa para saber a história por trás da escolha de sua tatuagem.
— Bem...— Ele começa abotoando alguns botões de sua camisa.— Quando eu era pequeno odiava livros.— Dan declara.
Por um momento minha expressão era como se ele tivesse me ofendido.
— Quê?!— Indago unindo as sobrancelhas.
— Irei explicar.— Ele ri de minha expressão.— Acontece que eu não entendia como alguém podia gostar de ler ou até mesmo tornar a leitura um hobby, porque era tão chato que só a ideia de o fazer já me deixava entediado. Naquele tempo só lia quando meus professores me obrigavam, com isso até passei a odiar a matéria de História já que tinha que ler muitos livros.— Dan conta, e quase riu do fato de ser tão irônico que ele odiava a matéria, e eu simplesmente amava pelo mesmo motivo que o fazia odiá-la.— Mas um dia enquanto procurava um livro que o professor pediu para mim ler, eu vi um livro que me chamou atenção e quando comecei a ler eu fiquei tão... Encantado, com tudo o que ele transmitia que fiquei com vontade de ler mais e mais, só pra ter a sessão de escapar um pouco da realidade que parecia tão sufocante. E quando fui fazer a tatuagem essa frase me veio na cabeça, é uma das minha favoritas do livro.— Ele finaliza sua explicação.
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Talvez Um Conto De Fadas?!
Fiksi RemajaEra uma vez, o típico começo de um conto de fadas, que qualquer garota gostaria de viver. Quer dizer, quase todas. Conto de fadas não é bem o estilo de Roselly Stiller. Tudo poderia estar seguindo de forma normal em Sprinflow, um reino encantador e...