⚜ Capítulo 12 - Piquenique ⚜

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    É segunda-feira, aquele bendito dia da semana que tanto odeio. Tudo hoje parece ser planejado para que meu dia seja o mais infeliz e cansativo, por que como pode ser possível todos os professores estarem mal-humorados? Eu estou no meu limite, a qualquer momento posso explodir de tanto estresse!

     Realmente espero que na lanchonete as coisas sejam melhores, mas creio que isso seria tão improvável quanto um floco de neve cair em pleno verão.

   Caminho preguiçosamente, praguejando como uma ranzinza e estranho quando vejo um carro preto se aproximar da guia da calçada, me fazendo acelerar meus passos, mesmo que ele estivesse apenas estacionando por ali era muito estranho fato de que andava lentamente ao meu lado.

     Espero que não seja nenhum maluco. Porque ser for, vou ter que usar meus fantásticos golpes de karatê que aprendi em karatê kid, e tenho certeza que farei o maluco ser encaminhado o mais rápido para uma ala hospitalar!

     Encaro o vidro escuro do carro abaixando alheia a tudo, e quando vejo o rosto do que pensei ser um possível sequestrador, suspiro ao ver que era o Daniel.

— Dan! Ainda bem que é você. Já estava pronta para dar um golpe de karatê achando que era um sequestrador.— Digo erguendo as mãos tentando ser no mínimo ameaçadora.

— Já fez aula de karatê?— Ele pergunta unindo as sobrancelhas.

— Na verdade não, eu ia usar um golpe que aprendi em um filme.— Confesso o fazendo rir.

— Entre.— Dan aponta para o banco do passageiro ao seu lado.

— Não precisa Dan, a lanchonete está perto.

— Mas eu não ia te levar a lanchonete.— Ele diz sorrindo.

Encaro sua face sem entender.

— Como assim não? Para onde então?— Pergunto curiosa.

— É surpresa!

— Mas... Eu tenho que trabalhar hoje.— Conto franzindo a testa.    

— Não mais.— Ele diz simplesmente, como em um passe de mágica.

— Que?— Um ponto de interrogação se forma em meu rosto.

    Vendo minha confusão ele diz:

— Falei com o seu chefe, ele disse que uma tal Lucy ficaria em seu lugar hoje.— Dan conta como se aquilo fosse a coisa mais simples do mundo.

— Pela segunda vez você conseguiu fazer essa proeza? O que você fez? Enfeitiçou me chefe?— Arqueio a sobrancelha e ele balança a cabeça negativamente.

— Não, só pedi educadamente e ele deixou.

     Encaro Dan, analisando seu rosto. Ele parecia estar dizendo a verdade, mas que eu me lembre a Violette quando pediu, o fez com educação... Se bem que ela começou com um "deixa a Rose sair mais cedo por favorzinho!", e terminou com um "vai pro inferno, cabeça de bolar de bilhar rancoroso!". E é por isso que ela está proibida de entrar na lanchonete.

— Dan, as coisas são de forma suspeita muito fáceis para você!— Aponto semicerrando os olhos em sua direção, e logo após entro no carro sentindo ar gelado por conta do ar-condicionado.— Para onde vamos?— Pergunto ajeitando o cinto de segurança e ponho minha mochila no banco de trás.

— Eu já disse que é surpresa Rose.— Ele sorri, dando partida no carro.

— Que chato.— Cruzo os braços.— Não gosto de surpresas, nunca se sabe o que se esperar delas!— Digo obviamente.

Talvez Um Conto De Fadas?!Onde histórias criam vida. Descubra agora