1994 | jikook

Bônus: 2040

Olá, aqui é Park Jungmin.

Desta vez papai Jimin e appa Jungkook não podem falar sobre suas vidas. Eu encontrei esse diário, reformando a nossa casa, alguém os escrevia, como se estivessem vendo suas vidas. Eu não sei exatamente quem seja, mas acho que está na hora de se encerrar esse livro.

Tenho atualmente vinte e oito anos e não, não estou casada e nem tenho filhos, mas sou uma grande mulher na empresa de modelos e posso dizer que ganho bem, do jeito que meus pais sempre desejaram.

No atual momento, sou uma grande defensora de algumas causas que ainda precisam ser discutidas no mundo, faço o que posso para prevalecer o respeito, e a paz.

Isso porque meus pais sempre me ensinaram, me encorajaram a ser assim, ainda mais depois do crime fatal em que passaram.

Pelo visto não foi relatado aqui, mas perdi meus pais num atentado, quando pela primeira vez participaram de uma parada gay,  tinham mais de cinquenta anos, eram os meus pais lutando por um direito que eles não tiveram por anos e anos, e foram brutalmente assassinados.

Além de modelo, sou ativista e luto todos os dias para que a vida de pessoas como meus pais, porque além de homoafetivos, são pessoas que merecem viver. Que tinham amor, respeito, união e alegria no peito e que sempre serão minhas grandes inspirações.

Eu sinto muito a falta deles nesse momento, me sinto indefesa e insegura sem eles aqui em algumas situações, mas sei que de algum canto do universo, eles estão me ajudando e me encorajando daqui da terra.

Eles foram e sempre serão pessoas incríveis. Seus legados serão eternos, e os farei memória para muito tempo.

Pessoas que serão memoráveis para mim, pessoas que inspiraram a mim e a várias outras. Irei publicar este caderno em forma de livro, talvez conscientize mais pessoas ao redor do mundo, a voz de pessoas homoafetivas ainda precisam ser ouvidas, como a voz de todas as minorias do mundo.

Em 2040, desde 1994.

Com amor, Park Jungmin.