➪não esqueça do seu votinho
Acordando assustado, Jimin pulou da cama, lembrando que tinha que esconder a escada antes mesmo de seus pais acordarem, mas já era tarde, batia em torno de onze horas, provavelmente seus pais já acordaram. Como era domingo, estariam em casa, só se um milagre aconteceu e resolveram sair, mas caso isso acontecesse, sabia que pelo menos um iria ficar na casa, e torcia para que não fosse seu pai. Correu até a sacada para ver se sua mãe estava na piscina, uma vez que Park GoEun adorava ir na piscina aos domingos, mas por uma uma sorte que o loiro não sabia, ela não estava, por enquanto.
Voltou para o quarto pegando uma roupa qualquer e vestindo as presas. Tentou arrumar melhor seu cabelo e saiu do quarto tentando não transparecer desesperado. Desceu as escadas ouvindo barulhos vindo da cozinha, cogitou que sua mãe pudesse estar lá. Seus passos ficaram mais apressados quando entrou na sala, não queria que sua mãe o visse antes de tirar a escada, pois sabia que ela iria desconfiar. Saiu de casa, deixando a porta aberta. Correu para os fundos não vendo mais motivos para andar disfarçado. Tentou pegar a escada sem fazer sequer um único barulho e tentou dividi-la em três partes, ficando assim menor para guardar no quartinho de ferramentas.
Fechou a porta de sua casa, se sentindo aliviado por fazer sem sua mãe aparecer, não queria imaginar a fera que ficaria se caso descobrisse. GoEun odiava esconder as coisas de seu marido, ainda mais quando é sobre Jimin ter saído escondido para badalar em qualquer canto. Ela detestava isso. Uma vez chegou a discutir feio com Park por justa causa, implorando para o garoto parar com essa sua vida de rebelde. De um lado, o menino entendia sua mãe, mas não conseguia evitar quando chegava finais de semana, ainda mais com seu pai no seu pé, se sentindo pressionado. O garoto queria esquecer um minuto de sua vida medíocre que levava.
Já tentou se tornar um bom filho, pedia para os seus pais se podia sair e acabava recebendo "não" em tudo. Chegava implorar para ir numa festa de Taehyung, - que uma vez cederam e por Park ter demorado apenas cinco minutos para chegar em casa como estava no prazo, foi proibido de ir em qualquer festa, seja de amigo conhecido da família ou não. Jimin nunca entendia o por que seu pai sempre se alterava quando queria sair ou apenas curtir em algum lugar com os amigos. A forma como o senhor Park gritava sempre que sabia que o mesmo tinha saído, era assustador.
Seu pai o assustava.
Depois de ter subido para o seu quarto, se arrumando mais dignamente apresentável, desceu novamente, dessa vez indo em direção a cozinha. Adentrou vendo sua mãe de costa, preparando algo no fogão. Resolveu em não incomodar e partir para a sala de jantar, pelo o horário ainda o café da manhã já estava posto e seu estômago exclamava por alimento.
Quando iria sair do cômodo, ouviu uma voz feminina de sua mãe, fazendo-o parar no mesmo instante.
- E como foi a festa, Jimin? - ele a olhou, confuso. Como ela sabia? Pensou.
- Como é? - indagou desentendido.
Sua mãe ainda estava de costas. Virou sua cabeça e encarando.
- Eu perguntei sobre a festa que você foi ontem. Como foi? - solta naturalmente, tão natural que chegou a pensar que ela não estava se sentindo brava com isso, mas mesmo assim fez a pergunta - Espero que você tenha guardado a escada - voltou seu olhar para frente.
Jimin ainda não sabia o que dizer, aquilo o tinha pegado de surpresa literalmente. Fez todo o cuidado para ninguém descobrir, mas sua mãe sabia, de alguma forma sabia. Aquilo foi como se estivesse levado um tapa na cara inesperado.
- Eu não sei do que você está falando - o loiro insistiu, recebendo um sorriso anasalado da mulher.
- Você sabe que não posso ficar guardando todas as badaladas sem seu pai saber. Você sabe que ele não gosta disso - falou séria, largando o que estava fazendo no fogão e agora prestando atenção no garoto.
Park suspirou, sabendo que não tinha mais chances e argumentos para mentir. Ela já sabia da verdade.
- Só foi dessa vez - prometeu.
- Até quantas vezes, Jimin? Essa, depois outra, depois outra e assim frequentemente. Até quando vai ser só essa vez? - tom decepcionado, fez o loiro engolir seco.
- Sabe, vocês estão sempre certos. Eu não quero falar sobre isso, mãe, pois sempre terminamos com a cara virada um com outro. Eu só estou sendo um adolescente normal, não há problema nisso, então me deixem - saiu andando, evitando de ter alguma outra discussão com sua mãe.
Era sempre as mesmas discussões. Sempre as mesmas brigas. Há duas semanas atrás sua mãe quase teve um colapso nervoso, por causa de Jimin. Sempre foi ele a causa do transtorno. Sempre o culpado. Chegava a sentir fardo com isso. Seu pai estava começando a bater de frente com ele, coisa que jamais faria. Se sentia esgotado com tudo aquilo, era sempre uma perturbação diferente em sua vida, e no final sempre ouvia a mesma frase: "É para o seu bem." Achava engraçado quando essa frase saia da boca do homem que estava prestes a erguer a mão em sua direção.
Parando na mesa, pegou algumas frutas, mas não teve tempo de sair pois sua mãe já estava na porta.
- Nos avise quando vai sair, Jimin - continuou com seus argumentos.
- Da última vez que estive seguindo essa lógica, apenas recebia "não" e mais "não" - mastigou seu morango.
- Sair escondido não vai adiantar. Você tem que nos avisar por sermos seus pais e temos a obrigação de saber aonde você vai e o que você vai fazer - falou mais calma.
O loiro sentiu vontade de revirar os olhos com aquele pequeno discurso de sua mãe. Ele a amava, mas tinha dia que era totalmente insuportável aguentar tudo aquilo, principalmente de manhã. Ele tinha que se conformar que seria o errado e sempre seria assim, não importa o que faça, seja avisar ou não, ele sempre teria a mente de um adolescente rebelde.
- Mãe, já conversamos sobre isso e sempre terminamos da forma que não desejamos. Vamos esquecer que isso aconteceu e você não precisa falar para o pai, ele não precisa ficar sabendo disso.
- Eu não posso ficar escondendo sempre isso dele! Pode acontecer uma coisa com você na rua e como eu vou avisar para ele que fiquei quieta por enquanto você pulava a janela para ter mais uma de suas curtições? - o menor colocou outra uva em sua boca.
- Só vamos esquecer isso, afinal a festa nem deu certo mesmo - deu de ombro, começando a caminhar para fora da sala de jantar, ouvindo os passos de sua mãe logo atrás.
Jimin imaginou que seu pai não estivesse em casa, o que deixava o garoto mais aliviado, não queria que seu pai estivesse ali naquela hora, a desgraça seria maior. Sua mãe ainda falava sobre o acontecido, enquanto o loiro apenas comia suas frutas e agora sentado no sofá observando sua mãe falar sobre o quão irresponsável estava sendo por sair de madrugada, sem avisar.
- Tudo bem, mãe - falou, já sabendo aquilo de cor.
- Quer saber? Eu desisto! - levantou as mãos rendida e se retirando, deixando o garoto sozinho na sala.
Suspirou se ajeitou mais no sofá. Sabia que sua mãe estava prestes a explodir e contar tudo para o seu pai, mas não tinha o que dizer. Não queria prolongar nada mais, então apenas preferiu ouvir calado o que tudo ela dizia. Imaginou o que Taehyung está passando em sua casa, provavelmente seus pais ainda não sabem e devem estar dormindo. Lembrou do pequeno surto do garoto ao ver que quem tinha lhes dado carona. A euforia de Kim é fora da realidade, o garoto costumava ficar agitado por qualquer pequena coisa. Jimin achava divertido e descontraído esse lado do acizentado. Torcia para ele não contar para ninguém do ocorrido, não queria outro problema para sua mente.
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𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐆𝐞𝐬𝐭𝐮𝐫𝐞 (𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤 𝐯𝐞𝐫.)
Fanfiction[CONCLUÍDA] "Eu me atrevo chegar perto de você o tanto que for necessário para mim. Você já está na minha mira, querido" Viver no mundo dos crimes para Jungkook era algo natural. Lidar com pessoas de várias classes era sua especialidade. Ser uma pe...