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As pancadas ecoaram pelo o seu quarto

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As pancadas ecoaram pelo o seu quarto. Seus olhos abriram em alerta, sentindo seu coração trabalhar mais rapidamente. Sua mente processava o que de fato estava acontecendo. A porta parecia que a qualquer momento iria cair pelas batidas fortes que era atingida. Seu corpo estava imóvel pelo susto, ainda sentindo sua mente paralisada.

Os gritos pedindo para abrir a "maldita porta" começou a dar lugar junto ao som dos murros. Sua pupila dilatou, sentindo o nervosismo corroer dentro de si. Não sabia o que estava acontecendo e tampouco saberia o que logo em sequência aconteceria caso levantasse e fizesse o que era pedido. Tantos "por quês" começaram rodear sua mente, causando a compulsividade em levantar da cama em um pulo.

Ainda era manhã e a revolta em sua casa parecia ter amanhecido junto ao sol, causando uma manhã perturbadora. Ouviu seu pai berrar com GoEun, pedindo para se afastar. Seu coração parecia sair pela boca, sem compreender se seria o certo em ir abrir a única coisa que estava atrapalhando para Jisung gritar e socar sua cara. Ele não parecia nem tão pouco calmo, e isso o estava intimidando. Não que não soubesse se defender, mas não levantaria a mão para o seu pai.

Notou sua mãe novamente entrar no meio da discussão que parecia estar apenas entre a porta e o homem, mas não parecia se importar com nada que saísse dos lábios da mulher. Os gritos ainda eram constantes, fazendo-o criar a mínima coragem em suas veias e ir para porta, destravando-a a contragosto. Engoliu seco ao ouvir a fechadura ecoar o barulho indicando estar aberta.

Se afastou da porta, sabendo que seu pai entraria igual um monstro sedento de raiva por alimento. Manteve-se calado, observando a figura de um homem com terno e seu cabelo alinhado adentrar no quarto com os passos pesados e uma mulher ao seu lado, com uma feição repleta e recheada de preocupação. Seu olhar intercalou de um rosto de puro medo, para o rosto cheio de fúria.

Em segundos, não podendo raciocinar o que acabara de acontecer, sentiu sua mandíbula ser prensada por uma mão que transmitia força o suficiente para querer quebrá-las, fazendo-o respirar profundo sentindo os nervos dar sinal de raiva.

- Você não acha que está passando da linha dita? - rosnou, com seu olhar endurecido.

A mão em seu rosto não permitia que desse um único passo, apertando com a mesma intensidade do posterior, ainda mantendo firme. Seu olhar em Jisung parecia duro tanto quanto do homem, não querendo diminuir sua postura. Queria mostrar que o homem não o importunava, nem se tentasse.

- Eu sinto que você está querendo me desafiar ou simplesmente tirar fora da minha paciência. - Sentiu suas costas chocar contra a parede fria. - Mais uma, Jimin. Mais uma vez que eu souber sobre seu envolvimento com aquele desertado, eu juro que vou acabar com sua vida! - Sua cabeça encostou na parede, sendo prensado.

As palavras de Jeon caíram sobre a bandeja em sua consciência. Ele sabia. Ele sabia desde o início o que causaria logo em seguida. Deveria ter recusado a carona. Deveria ter ido embora a pé. Deveria não ter ajudado seu amigo. Sentiu um tolo sem evidências. As palavras foram como chicote com toda a velocidade indo em sua pele, em seu rosto. Ele não deu a carona por querer salvá-lo, mas para causar transtornos.

𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐆𝐞𝐬𝐭𝐮𝐫𝐞 (𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤 𝐯𝐞𝐫.)Onde histórias criam vida. Descubra agora