➪não esqueça do seu votinho
Os gritos eram ouvidos. Tampava sua cabeça com suas pequenas mãos, negando frequentemente todo aquele grito de socorro. O cômodo estava escuro, a madeira gelada e seu corpo tremendo por um medo amedrontado. Seu choro quieto era aterrorizante. Seu peito doía por cada barulho que acontecia. Parecia que isso nunca tinha fim. Fechava suas pálpebras fortemente. A sensação que seria o próximo a ser morto pela pior forma passava em suas veias fazendo seu corpo entrar em alerta total por cada passo que era ouvido naquela casa.
Ele não tinha escapatória além de esperar tudo isso passar. No meio daquelas roupas, de seu guarda-roupa, parecia aconchegante, mas não o suficiente para fazer sua agonia ir embora. Encolheu mais seu pé, apertando-os em seu peito. Sentia seu rosto molhado e quente. Os gritos ainda era continua, o torturando psicologicamente. Ele só queria que tudo isso parasse, mas à medida que seu choro desesperador aumentava, os gritos pareciam ficar mais intensos. Ele prometeu para sua mãe que não iria sair dali, e foi pela sua lealdade que continuou.
Ele sabia o que estava acontecendo. Ele sabia quem era o real culpado pela sua dor da angústia e aquilo o fez tremer de ódio misto de medo. Sua consciência parecia girar em torno de 360 graus, fazendo-o ficar totalmente zonzo. Mas tinha que focar, não poderia dar o luxo em deixar seu transtorno o dominar, naquela hora ele que tinha que ser o dominador de sua própria mente.
Era evidente ouvir os passos dentro do cômodo. Eles estavam lá, atrás dele. A respiração do homem parecia calma, já o seu parecia que estava faltando ar ao redor. Não podia soluçar e tampouco respirar fundo, tinha que ficar completamente estátua ali dentro, naquele móvel que parecia mais um forno. Tentou respirar mais calmamente, entrevendo que seria completamente falho. Arrastou um pouco mais para o fundo, batendo suavemente as costas na madeira fria. Quanto mais no escuro ficaria, mais protegido estaria.
Ouviu os passos se afastar. Seu corpo ainda se mantinha tenso e alerta para qualquer mínima coisa. Os gritos já não eram mais ouvidos, e se perguntou se sua mãe estava bem. Meia-hora se passaram depois do homem vasculhar seu quarto. Mas nada era ouvido além de sua respiração descompensada. Ergueu a cabeça, tentando limpar com sua pequena mão o rosto cheio de lágrimas. Eles foram embora, pensou. Abriu a porta cuidadosamente, para não fazer um único barulho, mesmo sendo inevitável. Colocou sua cabeça para fora certificando que não tinha ninguém ali.
Seu corpo parecia adormecido por ter ficado tanto tempo em uma posição só. Caminhou vagarosamente para fora do quarto, sentindo sua perna formigar. Sua vista ainda estava um pouco embaçada por ter prensado muito as pálpebras. Encostou sua mão na parede no corredor, partindo rumo para sala, onde ouviu todos os gritos.
Parou no final do corredor, avistando sua mãe desacordada no chão. Aproximou mais de seu corpo. Agachou, tocando suas mãos em seu corpo morno. A chacoalhou a fim de acordá-la.
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𝐂𝐫𝐢𝐦𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐆𝐞𝐬𝐭𝐮𝐫𝐞 (𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤 𝐯𝐞𝐫.)
Fanfiction[CONCLUÍDA] "Eu me atrevo chegar perto de você o tanto que for necessário para mim. Você já está na minha mira, querido" Viver no mundo dos crimes para Jungkook era algo natural. Lidar com pessoas de várias classes era sua especialidade. Ser uma pe...