Quarenta e cinco - O jogo apenas começou

2.9K 67 93
                                    



Gente, até eu estou surpresa com a velocidade com que voltei para atualizar. Será que pego o ritmo de novo? Espero que sim.

Obrigada a todos que não desistiram de mim <3 Esse capítulo nos trás de volta a realidade cruel que a Lucy vive, e olha, a tendência vai ser piorar. Apenas aguardem.Ps.: Os 3k de views no capítulo 43 foi surto coletivo, ou apenas sorte? Espero que com a frequência de att o engajamento volte. Lembrem de votar e comentar, eu ando um cocô pra responder mas vou fazer tudo isso em breve. Vocês são fodas pa carai!Boa leitura


Quarenta e cinco - O jogo apenas começou



Eu estava bêbada pra caralho.

Mas ignorei deliberadamente este fato, mesmo quando acordei no dia seguinte com dor de cabeça e ressaca de vinho. Levantamos muito cedo, por causa do sol que nos iluminava fortemente sem nenhuma proteção.

Mas, mesmo que desnorteada, eu não acordei procurando o aconchego de seu corpo e parte de mim ficou em luto pelo dia anterior. Acabou, eu não consigo mais. Não tão fácil. Eu precisava surtar e me descontrolar, precisava ir contra tudo o que já preguei, pois era a minha única alternativa.

Eu só preciso enlouquecer uma vez, e então todas as merdas podem ser encaradas apenas como uma mosquinha irritante, que eu espanto com as mãos. Porque por dentro, eu engoli e enterrei aquilo com todas as minhas forças, me blindando de mim mesma para poupar o sofrimento. Como sempre fiz com todas as porcarias que aconteceram na minha vida.

Chegando a essa conclusão, não falei muita coisa quando voltamos para o hotel para pegar nossas coisas. E por alguma razão, Natsu estava completamente quieto e eu nunca me senti tão grata por isso. Inevitavelmente, as memórias recentes vão me atingindo aos poucos e nem mesmo eu acredito em tudo o que fiz e disse, mas segui de carro com Natsu com a cara mais deslavada do mundo.

Parecendo desconfortável, ele quebrou o silêncio quando a costa já não era mais vista na paisagem.

— Eu vou te dar uma cópia da chave do... apartamento. — De algum modo, senti a omissão de um pronome possessivo no plural e respirei fundo, agradecida, quando ele optou por não dizê-lo. — Caso a gente se desencontre, podemos nos encontrar aqui.

Considerei apenas balançar a cabeça, mas me recusei a deixar aquele clima estranho continuar. Porque a segurança que o ódio, o desdém e o tesão me trazem é muito melhor do que esse receio até de dizer uma mísera palavra se quer.

— Talvez isso não seja uma boa ideia — eu disse, cruzando as pernas intencionalmente, fazendo com que minha saia jeans subisse e mostrasse mais das minhas pernas do que os rasgos e o pequeno lascão na lateral permitia. Quando percebi que este ato não passou despercebido por ele, continuei: — Talvez um dia, uma armadilha esteja à sua espera.

Natsu apertou o volante com mais força e eu mordi o lábio, imaginando aquelas mãos em mim. Ele sorriu e tirou os olhos da pista por um momento, apenas para olhar minhas pernas e em seguida, meu rosto.

— Se a armadilha for com essas coxas ao redor de mim, eu me entrego com prazer.

— Ou elas podem estar ao redor do seu pescoço, como da última vez.

Sei que isso acabou com todo o clima, quando ele fez uma careta e contraiu o maxilar, provavelmente se recordando de como o apaguei completamente dois dias atrás. Sorri diabólica, a intenção tinha sido justamente essa.

Just SexOnde histórias criam vida. Descubra agora