Just Sex

Quarenta - Planos e Castigos

Notas do Autor

Eu amo ver como a Lucy aos poucos está querendo ficar cada vez mais perto do Natsu. Vocês não? T^T
Boa leitura!

Quarenta - Planos e Castigos.

Depois que terminarmos o terceiro round, agora na cama, eu me dei conta do quanto era tarde. Uma mensagem para minha mãe e eu poderia ficar, mas eu não posso fazer isso. Não consigo.

Então me afastei, sentando na cama. Natsu me acolhia com o braço, que agora ele colocou atrás da cabeça enquanto me olhava. Ele já me viu pelada mais vezes do que eu gostaria, mas são nesses momentos que acabo sentindo um leve constrangimento. Catei minha mochila que havíamos jogado no chão e procurei uma roupa de baixo seca.

Ele parecia querer falar alguma, mas não o fez e ficou ali, apenas me observando. Mesmo assim, senti a necessidade de falar.

– Eu preciso ir.

– Eu sei.

Crispei os lábios e o encarei. Seu rosto não expressava nada, ele apenas me olhava como se pensasse em alguma coisa distante, enquanto eu estava lutando contra minha mente e meu corpo. Enquanto eu queria me jogar de volta nos braços desse homem lindo, minha cabeça gritava "vai embora" em letras vermelhas garrafais.

E, claro, decidi seguir a segunda opção. A sensatez veio me salvando desde de que minha cabeça ficou fodida, o problema é que com isso veio também a escrotice de brinde.

Saí do quarto, me sentindo incrivelmente idiota por querer, lá no fundo, que ele viesse correndo atrás de mim, me agarrasse por trás e pedisse para que eu ficasse com um sussurro sensual. Mas ele não veio. Decidindo que era melhor assim, suspirei, finalmente descendo as escadas e indo embora da mansão.

Quem vê pensa o quão insensível e despreocupado sobre a minha segurança Natsu pode ser, e talvez até seja. Mas eu não dou brecha para caronas até em casa, do tipo que dá um beijo apaixonado de despedida e um boa noite carinhoso. Eu sei cuidar de mim mesma, geralmente sou eu a pessoa que vai embora antes que ele acorde. Desde o início deixei claro que nosso "relacionamento" não vai e não deve seguir por esse caminho. Então por que eu estou começando a sentir esse vazio? É como se agora eu sentisse a necessidade de mais, só que isso parece tão errado. Nem eu mesma sei o que quero, exatamente. Não posso dizer que a mágoa que tenho do Natsu sumiu como um passe de mágicas, ela ainda está aqui, pronta para surgir com uma faca afiada sempre que ele aparenta vacilar comigo, de novo. Mesmo que eu seja toda errada, depois de anos eu aprendi a lidar com isso e não é agora que quero ceder e acabar me machucando novamente. Esse é um dos meus maiores e poucos medos.

Andar de ônibus me ajudou a pôr alguma ideias no lugar e caí em mim que toda essa sensibilidade se deve aos recentes acontecimentos. Eu estou esgotada psicologicamente e essa não é uma boa hora para ficar pensando em sentimentos desnecessários.

Quando entrei em casa, minha mãe já lavava a louça do jantar ao qual não compareci e só então me lembrei que não havia comido nada desde o almoço.

– Chegou tarde. – Ela falou, me olhando enquanto colocava um prato no escorredor.

– Cadê o papai? – Perguntei, me recostando na pia. Nós sempre fazemos a refeição em família com quem estiver em casa, o que me leva a pensar que quando não estou eles devem discutir e o jantar deve ficar com um clima terrível.