Trinta e três - Memórias do passado, parte 3

575 43 27
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Boa leitura!

Ps.: Nas notas finais quero conversar sobre algo com vocês, leiam por favor <3





Abri a porta da frente tão devagar que demorei quase um minuto para estar dentro de casa completamente. Para a minha surpresa, não havia ninguém me esperando para dar aquele sermão que até eu sabia que seria merecido. A sala ainda estava na penumbra devido as persianas fechadas, com apenas alguns feixes de luz que as atravessavam anunciando o sol maravilhoso que brilhava lá fora e que eu acabara de assistir nascer com Sting. Subi as escadas sorrindo com a lembrança, porém minha feição logo se desfez assim que entrei no meu quarto e me deparei com todo mundo lá dentro. Merda.

– Eu não vou nem lhe dar a chance de se explicar. – Disse meu pai, sentado na cadeira da minha escrivaninha. Estava com os braços apoiados no apoio, o queixo sobre as mãos. Não estava com cara de bravo, o que eu sabia que era pior pra mim.

– Você vai apenas sentar e ouvir o que eu tenho a dizer.

Filha! – Acordou mamãe, que dormia em minha cama junto com Laxus. – Onde você se meteu?! – Perguntou, passando a gritar. Fechei os olhos e abaixei a cabeça. – Sabe o quanto ficamos preocupados com você?

– Pirralha maluca. – Meu irmão se levantou, me abraçando e afagando minha cabeça. – Que bom que está bem, agora se vira com os coroas. – Disse simplesmente e saiu.

– Eu não estou vendo você se sentar. – Disse papai e, como uma criancinha de 4 anos que fez xixi na cama, eu sentei entre os dois, completamente envergonhada. O arrependimento chegando em forma de choro, porém me sobressaltei com um aperto no braço seguido de um abraço. Mamãe chorava.

– Porque você é tão parecida com seu pai? – Ela apenas disse, enquanto me apertava. Fiquei sem entender. – Olha só para você.

Ela me afastou dos seus braços, me analisando da cabeça aos pés. Eu carregava o par de all star pretos que usava nas mãos, no intuito de sujar menos o chão com a areia da praia. Meu cabelo parecia um emaranhado de dreadlocks feitos de areia e água do mar, os olhos borrados de preto devido ao lápis de olho derretido, e o pior de tudo: Eu fedia a maconha, mesmo que não tivesse tragado nem uma mísera bituca.

– Layla. – Meu pai pareceu repreendê-la, que apenas olhou dele para mim, balançou a cabeça, e saiu. Engoli em seco, juro que prefiro mil vezes levar esporro da minha mãe.

Ficamos calados por alguns minutos e a tensão já estava me matando quando ele, finalmente, falou:

Você gostou? – O olhei sem entender. – Da sensação do perigo, de estar quebrando as regras? De não ter a quem dar satisfações?

Just SexOnde histórias criam vida. Descubra agora