Eu nem acredito que tô aqui.
É um milagre, será que nem tudo está perdido? Enquanto o instagram está entregue as baratas, eu pegando covid agora, um caos na minha vida pessoal (como sempre) e também profissional, eu consegui escrever esse capítulo.
Se minha baixa autoestima me deixou gostar? Mais ou menos, mas é isso.
Talvez esse capítulo seja uma quebra de expectativa, por que ele é na visão de um Natsu kid, então é tudo muito simples e pouco elaborado. A segunda parte vai ficar pior, é aquela coisa né? Traumas quando não são esquecidos, ficam marcados para sempre nos mínimos detalhes :(
Até o fim desses caps do Natsu você vão entender essa parada com o Sting, um pouco mais dessa figura misteriosa e também algumas coisas sobre a organização.
Eu só quero agradecer a quem continua por aqui depois de 7 anos (meu pai, é ridículo da minha parte quando paro pra pensar. Pq ainda não desisti?). Sem vocês já teria desistido há muito tempo, vocês são incríveis. Nunca achem que eu desmereço isso, guardo vocês com muito carinho no meu coração mole.
Boa leitura.Cinquenta e dois - Os segredos de Natsu Dragneel, parte 1.
Desde que eu me lembro, lá estava ela.
Com seus cabelos dourados e cara de brava, dona de olhos castanhos e intensos que poderiam me dizer absolutamente tudo, mesmo que de sua boca não saísse uma palavra. Apesar de ser mais velho, Lucy nunca ficou sob minha sombra. Sua personalidade sempre emanou uma força e liderança capazes de nos manter subjugados à ela, e não o contrário. Nós sempre estivemos ali, ao seu redor, como se ela fosse o elo que nos unia. Eu sempre estive pronto para fazer o que ela quisesse.
E mesmo quando eu descobri que isso tudo fazia parte de um jogo, não fui capaz de recuar. Eu já estava rendido por ela e nunca quis acreditar que o que eu sentia não era real. Que meu amor e devoção por ela não era real. E foi pelo medo aterrorizante que senti ao achar que ela não chegaria à mesma conclusão que eu, que eu cometi o primeiro erro que desencadeou o início do nosso fim.
ANOS ANTES
Eu tinha apenas oito anos quando a vida que eu levava começou a desmoronar. Estávamos jogando quando um arrepio percorreu toda a extensão da minha coluna, e eu parei com a bola nas mãos, alerta, procurando no meio das pessoas a presença de quem estaria me observando.
Nessa idade, eu já havia entendido que meus sentidos eram mais aguçados que os das outras pessoas. Muitas das coisas que via, ouvia ou sentia, não eram percebidas por mais ninguém além de mim. Apesar de me sentir deslocado na maioria das vezes, com o tempo eu comecei a adquirir confiança e auto estima, e passei a secretamente me sentir especial. Principalmente quando Lucy me encorajava a explorar meus limites.— Natsu, joga essa bola logo!
A voz dela me distraiu e eu respirei fundo, tentando voltar ao foco e desacelerar meu coração. A vovó havia dito que devido a minha alta sensibilidades e do meu corpo em desenvolvimento, em alguns momentos eu poderia sentir as coisas de forma exagerada. Quando olhei para a pequena loira emburrada e meus amigos que me esperavam para continuar o jogo, eu realmente quase me convenci de que aquele era um desses momentos.
Foi quando o avistei, quase despercebido no meio da multidão. Eu poderia ter recuado diante do desconforto se ele estivesse fazendo qualquer outra coisa, ao invés de olhar fixamente para ela. Não precisei seguir seu olhar para saber que ele observava Lucy de longe, e isso foi o suficiente para ignorar o temor em meu estômago. Fiquei tão furioso quanto uma criança dessa idade poderia ficar, tentando assumir uma postura ameaçadora, torcendo para que o fato de ter sido notado fosse o suficiente para deixá-lo com medo e ir embora.
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Just Sex
ChickLitEntre brigas e provocações, Natsu e Lucy não conseguem evitar sentir algo a mais que ódio. Se vendo presa num jogo perigoso e excitante, Lucy descobre que ainda existem muitos mistérios sobre os incidentes do passado, especialmente quando coisas es...