Trinta e nove - Ao redor

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Notas do Autor

Lucy anda muito observadora agora, bem ela podia ter feito isso HÁ UM TEMPÃO NÉ KKKK. Mas vamos dar um desconto pra coitada, várias pessoas ficam "mano, como ela não notou isso?" sendo que se fosse a gente no lugar dela, estaríamos mais perdidos que cego em tiroteio e chorando por não poder fazer nada pra mudar isso kkk. 
Boa leitura!





Chegamos juntas no colégio no dia seguinte, já que todas dormiram na minha casa. Aquela era uma sensação estranha e boa de companheirismo, mesmo com Cana sendo recém-chegada no grupo.

– Eu achei muito fofo essa coisa de comer besteira e conversar até dormir. – Cana falou de repente. – Meu tipo de rolê geralmente envolve bebida e atos sexuais.

Fiz uma careta enquanto as outras sorriam sem graça.

– Ei, Erza, você fica muito fofinha falando enquanto dorme. Vou indo encontrar minha galera, a gente se esbarra no treino.

Quando ela saiu de perto da gente, Erza começou a esfregar os braços, arrepiada.

– Para quem não acreditava nela, até que você está bem impressionada. – Comecei a rir.

– Cala a boca! – Revidou, mas não a julgo. Até eu ficaria cismada.

Ontem a noite, antes de dormir, jogamos pedra, papel e tesoura para ver quem dormiria com quem e quem ficaria no chão. Como o Laxus não está em casa, trouxe seu colchão para o meu quarto.

Por azar, fiquei no chão. Juvia ficou com Levy na minha cama e Erza com Cana no colchão do meu irmão.

– Isso é um absurdo, dentro da minha própria casa e eu dormindo no chão. – Resmunguei, ajeitando o colchonete. Automaticamente me lembrei de Michelle. Queria que ela estivesse aqui, sinto falta dela. Faz alguns meses que não nos falamos.

– O jogo é sempre justo. – Levy retrucou, se aninhando na minha cama. – Como sua cama é macia, Lu.

– Vai te catar!

– Só tem uma coisa que eu não entendi. – Cana falou, ainda em pé. Erza estava sentada na cama, não parecendo muito feliz em ter que dormir com a morena. – Porque a Lucy sempre é a única que sabe de tudo?

– Como assim? – Me sentei, sem entender. O quarto estava escuro, mas a luz da lua entrava pela fresta da persiana, deixando que enxergássemos silhuetas.

– Você já sabia sobre o problema do namorado da Erza, como também sabia da situação da Levy.

– É porque eu sou um potinho. – Comecei a falar de modo irônico. – Onde essas criaturas vem depositar todos os problemas. E eu nem sei resolver a minha vida!

– É porque a Lu é a pessoa mais forte que a gente conhece. – Levy explicou, como se fosse óbvio. – Ela já passou por tanta coisa que sempre que a gente está em apuros a gente pensa: "O que será que a Lucy faria nessa situação?".

Fiquei em silêncio, assimilando aquelas palavras e sentindo um calorzinho no peito.

Claro que eu fui um poço de delicadeza.

– Vai começar com essa viadagem sentimental antes de dormir?

– O problema é que ela é assim, a sutileza em pessoa. – Erza completou, fazendo todas rirem.

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