Capítulo 5

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Boa leitura! 

Vincenzo

Saio o mais rápido o possível de perto da Bianca, ela acabou de chegar, fazem poucas horas que a conheço e quem ela pensa que é para invadir meus pensamentos e me fazer desejar beijá-la? Como ela ousa me inebriar dessa maneira com seu cheiro doce?

Caminho a passos largos, ignorando todos que cumprimentam no caminho e entro na garagem, pegando meu carro e saindo da Vila Salvatore. Faço caminho que evito há dez anos.

Paro o meu carro em frente aos grandes portões brancos de aço, que estão abertos e entro. O sol está mais quente deve ser por volta das dez horas da manhã, a grama é verde e bem cuida, as flores e as arvores fazem esse lugar parecer um belo jardim, cheio de paz e silencio, a não ser pelas lapides brancas que estão enfileiradas, transformando esse lugar no meu pior pesadelo. Mas, o que posso fazer se é apenas aqui que eu posso senti-la perto de mim, afinal é aqui que o corpo da mulher que amo descansará.

Chego ao tumulo de Kiara, e sinto meu peito se contorcer em dor. Seu amor era minha companhia e quando ela se foi a dor da saudade tomou seu lugar.

_Por que teve que ir? Por que teve que levar contigo todos os nossos planos? _Falo olhando para lapide branca com seu nome e sua foto. Tão bela. Seus lindos cabelos loiros, seus olhos cor de mel e seu sorriso doce, que era a minha razão de levantar da cama todos os dias. _Oh Kiara, eu não consigo sem você meu amor. Tudo aqui me lembra nos dois, nossos planos. Íamos nos casar se lembra? Na igreja de Santa Anastásia, você me dizia isso todas as vezes que passávamos por lá. _As lagrimas banham meu rosto sem que eu consiga controla-las. _Queria ter a coragem de Romeu Montecchio e me matar para que possamos nos encontrar meu amor. _A dor me consume, revira as minhas entranhas, e um grito de dor sai da minha garganta. _Se não fosse pela minha irmã e pela a minha mãe eu já teria ido ao seu encontro. Todos a minha volta dizem que tenho que seguir em frente, que devo amar de novo. É isso que espera de mim? Me diz qualquer coisa! _Grito com aquela pedra com seu nome lapidado, grito porque a dor me dilacera, porque estou morto desde que ela se foi.

Há muito tempo eu não tenho uma crise como essa, não sei quanto tempo eu fico chorando, deixando toda essa dor que eu tento ignorar a dez anos vir à tona. O desejo que eu senti quase de imediato por Bianca, me fez sentir como se tivesse traindo a lembrança de Kiara.

Não sei que horas são quando saio do cemitério. Entro no meu carro e sigo para a minha casa. Preciso me manter longe daquela ninfa de olhos azuis. Meu corpo a deseja, como nunca desejou outra. Mas, não posso saciar esse desejo.

Se passam duas semanas e eu evito Bianca de todas as maneiras possíveis. Ela ainda é hospede em minha casa, vejo que a minha mãe e Antonella já tem um grande carinho por ela. Vejo com ela as fazem rir, é mais uma razão para me manter longe.

Ainda bem que nessa semana eu precisei viajar até Florença e fiquei por lá cinco dias. Tinha alguns negócios lá que eu poderia resolver daqui mesmo, mas achei melhor ir até lá. A mais pura verdade é que eu estou fugindo daquela ninfa de olhos azuis. A diaba não sai dos meus pensamentos. Às vezes acho que isso deve ser por conta da falta de sexo. Não me lembro da última vez em que estive com uma mulher.

Estou no escritório que tenho em casa. O deixei do mesmo jeito que era na época do meu pai. A mesa de madeira escura que deve ter uns cem anos ao menos. Que fica de frente para as grandes janelas de vidro, que tem uma linda vista para as vinícolas. Me sento na minha poltrona de couro negro e olho para tela do meu computador. Ouço batidas na porta e peço para que entre.

_Patrão, uma das éguas está parindo, mas parece que tem algo errado! _Mattia diz assim que entra exasperado falando tudo de uma vez.

_E onde está Bianca? _Me levanto dobrando as mangas da minha camisa e ele dá os ombros. _Vai para o estabulo, que eu vou encontrá-la. _Falo saindo com ele do meu escritório e vou para cozinha talvez a Nona saiba onde ela se meteu.

Antes mesmo de entrar na cozinha ouço as risadas e Bianca e da Nona. Entro e olho para elas com cara de poucos amigos.

_O que houve meu filho? _A nona me diz e Bianca vira o rosto me fitando.

_Precisam de você nos estábulos. O que está fazendo aqui? _Meu tom é mais grosseiro do que deveria e vejo que ela se espanta.

_Eu vim tomar um café, Sr. Salvatore! _Ela diz se levantando irritada. _O que está havendo?

_Uma das éguas está parindo....

_Oh meu deus! Chama um veterinário! _Ela fala nervosa e eu a encaro sem entender as suas palavras. _Eu sou a veterinária, eu sei disso. Vamos até lá! _Ela diz saindo na minha frente e eu a sigo. _Ainda bem que eu vim a cavalo, assim podemos chegar até lá mais rápido, esse lugar é muito grande, devia ter um ônibus que passasse aqui dentro sabe, tipo com vários pontos de embarque e desembarque.

Eu olho para ela querendo dar risada, e vejo ela colocar um pé no estribo preparada para montar no cavalo e eu me posiciono ao seu lado segurando na sua cintura ajudando ela a montar.

_Quer uma carona? _Ela diz olhando nos meus olhos e estende a mão para mim. Eu olho para sua mão me decidindo _Vamos Vincenzo, eu não mordo! _Seu tom é divertido e eu seguro em sua mão e no mesmo instante eu sinto uma eletricidade passando por todo o meu corpo e sei que ela também sentiu. Eu monto no cavalo abraçando sua cintura e sinto ela arfar. _Segura firme que precisamos correr. _Sua voz sai mais rouca e ela coloca o cavalo em movimento o fazendo correr até os estábulos.

Fica quase impossível não sentir seu perfume doce, misturado com o cheiro natural da sua pele. Minha pele fica febril quando ela passa a mão sobe as minhas que estão repousas em sua cintura. E quase automático a forma como meu pau fica duro ao sentir seu toque. Eu a desejo, e muito. Aproximo meu rosto do seu pescoço e vejo seu corpo tremer levemente e ela ficar toda arrepiada.

Meu desejo nesse instante e desce-la desce cavalo e devorar seus lábios vermelhos e saciar todo meu desejo a fodendo com força. Aperto sua cintura tentando controlar os meus pensamentos. Inferno eu pareço um adolescente na puberdade. Sinto quando o cavalo para de correr, e eu agradeço aos céus por isso. Desço primeiro e pego na sua cintura ajudando ela descer.

Nesse momento nossos corpos estão muitos próximos a minha respiração é quente e ofegante. Ela ergue a cabeça e seus olhos se encontra com os meus e ela passa a língua nos lábios, mordendo-os em seguida.

_Maldição! _Praguejo e tomo seus lábios em um beijo feroz. Minhas mãos vão para os seus cabelos a trazendo para mais perto de mim. Sinto sua língua invadindo minha boca, e suas unhas cravarem em meus braços. Um gemido sai da sua garganta e ela me olha respirando ofegante se afastando de mim.

_Preciso entrar... _Sua voz sai baixa e rouca, ela morde os lábios olhando para mim e para a porta dos estabulo como se ponderasse o que era mais importante. Ela me dá uma última olhada e entra.

Olho para a minha calça e vejo como meu pau está duro, respiro fundo tentando me controlar e quando meus ânimos estão mais calmos eu entro.



Não adianta fugir Vince. hahahah O que acharam do capitulo de hoje? Estão gostando da historia? 

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Beijos e até amanhã.

Alessa -Série irmãos Valente  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora