Capítulo 34

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Um pouquinha das outras irmãs Valente! 

#MaratonaAlessa 

Boa leitura! 

Martina

"O caso dela é delicado", "ela está estável", "temos que esperar", é só isso que esses médicos sabem dizer. Será que eles não entendem que tem em mãos a vida de uma das pessoas que eu mais amo no mundo?

Alessa, é minha irmã mais velha, minha mãe, ela e a Donna são a minha família. Tudo o que ela fez por mim, não tem preço. Me lembro da nossa infância, de vê-la andando cheia de roupa de frio para esconder as marcas de surra, afim de não assustar a gente. Dos dias em que ela levava a gente para escola e seu desejo de entrar e estudar com a gente, mas, ela não podia, tinha que ir para feira trabalhar, para nenhuma de nós passar fome.

Ela tomou para si todo o fardo, ainda mais depois de Ettore ter ido embora. Meu sonho é encontrar ele e saber suas razoes, eu não acredito que ele tenha nos abandonado por vontade própria, algo aconteceu e eu vou descobrir. Ele se foi e ela ficou, nada do que fizer vai poder pagar o que ela fez por mim.

Por isso nunca contei das feridas que tem em minha alma, do quão quebrada eu sou, porque eu sei que ela vai se culpar, vai querer ter estado no meu lugar. Porém, tudo o que eu passei, passaria de novo para que nem ela, nem Donatella tivessem que viver com esses malditos pesadelos.

Olho para Vincenzo sentado ao lado de Donna, ele faz carinho em seus cabelos escuros e vejo com ele está tentando ser forte por nós duas. Ele e o Joseph são os únicos homens eu não me sinto ameaçada quando eu estou por perto. Seus braços não me causam pânico, e é muito bom poder me sentir bem com um carinho. Olho para ele e sei que ele ama a minha irmã com todas as forças e vejo que esse amor por ela se expandiu a mim e a Donatella, e eu posso nunca dizer isso em voz alta, mas eu amo esse cara como um irmão ou até mesmo um pai, ele tem mais carinho pela gente do que o bastardo que doou seus espermas para me pôr no mundo.

_Martina, eu vou levar a Donatella para comer alguma coisa. Vamos? _Vince diz carinhoso me olhando.

_Eu estou sem fome!

_Você precisa comer. Vou trazer algo para você! _Ele diz firme e sai se me dar direito a resposta.

É por isso que não digo que gosto dele, ele vai ficar ainda mais no meu pé. Eu não tenho mais a capacidade de demonstrar emoções por outras pessoas que não sejam as minhas irmãs, e até com elas eu tenho as minhas limitações.

Meu jeito de extravasar é socando coisas, principalmente pessoas, de preferência nos ringues. A dor dos socos, o sangue, o olhar de medo nos olhos dos meus adversários é o remédio para manter meus demônios longe. Eu gosto da adrenalina, gosto da sensação de poder, de ter o controle em minhas mãos. De ver o temor nos olhos das pessoas. No submundo me chamam de Caçadora, porque eu sou ótima em encontrar pessoas, sou impiedosa e nos ringues ninguém escapa de mim.

_Quando vocês chegaram? _Joseph senta ao meu lado.

_Tem poucas horas. O médico disse que a Alessa, passou por uma cirurgia delicada, que a bala se alojou perto do coração. As próximas horas são as mais importantes.

_Ela vai sair dessa! _Ele diz fitando um ponto qualquer na parede e seus olhos estão cheios de dor. Uma coisa que aprendi com os anos foi ler as pessoas.

_O que está havendo, Joseph? _Ele me olha com os olhos repletos de lagrimas não derramadas. _Sabe que pode contar comigo.

_Eu acabei de perder a mulher da minha vida.

_A Alessa? _Falo em choque e ele nega com a cabeça.

_A Alessa é a minha irmã, minha família. _Ele passa as mãos por entre os cabelos e me olha repleto de dor. _Ela não vai me perdoar pelas minhas mentiras, as minhas razões não são como as da Alessa. Eu sou um bastardo, não sou digno de amor de ninguém, eu sou a escória. E é obvio que uma mulher como a Graziella jamais iria amar alguém como eu, se soubesse de toda a podridão que a minha alma carrega.

Ele se levanta e antes que eu possa dizer que entendo o que ele está sentindo ele se afasta. Pessoas quebradas como Joseph e eu jamais serão amadas.

Donatella

Meu coração está divido, parte está aqui com a minha irmã e outra parte em Florença com os três. Mas, eu não poderia estar em outro lugar se não aqui, eles vão ficar bem sem mim, Alessa vai se recuperar logo e eu vou contar tudo para as minhas irmãs. Eu só não quero ser mais um peso e mais uma preocupação para elas, quando tudo estiver nos eixos eu vou contar.

Apesar do momento dramático e do meu coração apertado pela situação da minha irmã, eu fico feliz por ela ter encontrado o Vince, ela merece alguém que ame assim.

_O que você quer comer, princesa? _Vince diz carinhoso assim que nos sentamos no refeitório do hospital.

Ele sempre trata a mim e a Martina como se fossemos crianças. Eu tenho 21 anos, e ele age como se fosse 11 anos, consegue ser pior que a Alessa.

_Qualquer coisa, Vince. Eu vim mais por sua causa, você está muito abatido!

_Meu remédio é aquele par de olhos azuis sorrindo para mim de novo! Eu só vou estar bem quando ela estiver fora de risco!

_Ela vai ficar bem! Não existe pessoa mais forte do que ela. _Falo orgulhosa. A Alessa é a pessoa mais incrível que existe na face da terra. É a minha maior inspiração.

_Eu tenho certeza disso. Ela não é louca de me deixar, eu vou atrás dela onde quer que ela vá. _Ele diz cheio de certeza e tenho medo de pensar em que ele seria capaz de fazer caso ela... não ela não vai morrer. 


Um pouquinha das outras meninas Valente! Estamos chegando ao final e eu não quero em despedir. 

O que acharam da Martina e da Donatella? De quem que vocês acham que vai ser o próximo livro? 

Comentem muito e votem! 

Até breve! 

Alessa -Série irmãos Valente  (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora