Adrian
Ana estava há dias estranha, deitava ao lado dela e logo ela estava dormindo, sentia enjôo e não vomitava, dores nos seios que incharam e ela só dizia que a regra dela ia descer, mas não veio e aquilo já estava me precupando. Todos os dias ela acordava enjoada e as horas que estava em casa logo dormia nessa rotina desde que começou a estudar.
Ela é viciada em séries e filmes e estava de um jeito que não conseguia assistir nada. Me preocupo com uma possível anemia ou algo desse tipo, a rotina dela está bem pesada na fundação e nas aulas de especialização, tem lido bastante e já a flagrei dormindo várias vezes enquanto estudava.
A correria dela me deixava feliz, pois assim ela se ocupava, mas em menos de 15 dias da nova rotina ela já estava esgotada e isso não era um bom sinal.
Estamos no evento de apresentação da fundação e ela não pára de reclamar do vestido apertado, ela tem engordado? Eu não percebi, só vejo seus seios um pouco maiores, mesmo que eu tivesse percebido eu não diria isso, talvez a chateasse se fizesse alguma observação sobre seu peso. Preciso de mais tempo pra conhecer todas as curvas dela e reações naturais do seu corpo, assim vou poder ajudar quando ela precisar.
Vê-la com esse vestido de festa e toda linda com esse microfone na mão fazendo graça para mais de 300 pessoas me mata de orgulho, minha noiva é a mulher mais profissional e segura que eu conheço. Ela é boa e comprometida no que faz, mesmo estando mal ela segue firme, lindamente apresentando e cumprindo seu papel.
Depois da apresentação ela se aproximou de mim senti suas mãos geladas quando ela tocou meu pulso. A cor dela não está normal, Ana parece branca.
- Adrian, não estou bem. - ela fala e se apoia em mim.
- O que você está sentindo? - falo já preocupado
- Um mal estar e... - ela falava e saiu correndo, e eu corri atrás dela.
Eu não sei como ela com esse salto conseguiu cruzar o saguão do hotel até chegar ao banheiro sem um pingo de cor no rosto visivelmente passando mal.
Ela entrou no banheiro feminino e eu fiquei sem saber se entrava, a chamei várias vezes da porta que provavelmente não me ouviu com o barulho que fazia aqui fora.
Eu já estava muito nervoso e quando decidi entrar no banheiro ela surgiu, branca como uma folha de papel, limpando os lábios e gelada, muito gelada.
- O que você tem baixinha? Você está gelada. - falei.
- Amor, seios inchados, enjôo e sono exacerbado... É
possível que eu esteja... que eu esteja grávida? - ela diz aquelas palavras, ah aquelas palavras fizeram minhas pernas sumirem. Eu olhava no fundo dos seus olhos verdes agora chorosos e preocupados e não conseguia raciocinar.GRÁVIDA?
Isso seria demais até para mim que se pudesse já teria casado. Enquanto eu piscava a olhando meu mundo girava e ela apagou.
Sabia que era sério, Ana já teve complicações em sua primeira gestação e a palavra grávida não saia da minha cabeça, preciso correr a um hospital agora.
Senti um toque no meu ombro e me virei a segurando em meus braços desacordada, meu pai nos olhava assustado.
- Filho o que houve? - perguntou já me ajudando a segura-la.
- Preciso levá-la a um hospital agora mesmo. - falei já marchando o mais rápido que pude para a saída pela porta de emergência lateral do hotel. Corri com a minha mulher no colo como se as nossas vidas dependessem disso.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Livro I: A Resposta É O Amor - CONCLUÍDO
RomanceUma mulher forte, equilibrada que cuida da sua família e sua carreira, uma advogada baixinha e extremamente forte. Leva uma rasteira da vida e perde tudo o que mais ama. Um homem criado para ser um grande magnata e implacável com seus negócios, no f...