Capitulo 23 - Caixa de pandora

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Adrian

Caminhei até em casa com Ana no colo, tentava não demonstrar a ela a ansiedade que sentia por saber que o que Hudson veio trazer provavelmente é uma péssima notícia. Damon abriu a porta para nós, cruzei a entrada da casa dos meus pais e me direcionei a sala de estar, deixei Ana no sofá arrumando em suas costas as almofadas.

- Certo, mocinha. Vou me reunir com eles dois no escritório.

- Okay, mas não demore. O jantar deve estar saindo.

- Pode deixar. - respondo e a beijo levemente.

Hudson e Miguel me esperavam na entrada do escritório, andei até eles e abri o escritório, os dois me acompanharam. Fiz sinal para que sentassem nas cadeiras diante da mesa e eu sentei no meu lugar.

- Hudson e Miguel, o que aconteceu? - falo e Hudson respirou fundo.

- O Miguel conseguiu extrair os arquivos do Bruno, ele identificou uma lista de pessoas beneficiadas pela MRight Investiment oficialmente e extraoficialmente. - Hudson abre o notebook e acessa uma lista. Põe o notebook sobre a minha mesa e o vira em minha direção. - Bom... seu primo Robert, ele aparece como maior beneficiário extraoficialmente dessa empresa. O Bruno escondeu todos os diálogos que hackeou. Seu primo Adrian...ordenou e orquestrou o ataque a Petroll Industries para causar a queda do valor da empresa e quem sabe até a queda do jatinho.

Respiro fundo e encaro a lista e os valores recebidos por cada nome daquela lista. Mas o nome dele se destaca, mais de 500 milhões de dólares direcionados a Robert Mitchell, o meu primo. Bruno deveria ter trabalhado nisso por bastante tempo, há inúmeros arquivos com mensagens de texto entre os sócios da Mright citando as operações da Petroll, me sinto enojado e furioso.

Uma raiva sobe em meu peito, a garganta seca e sinto meu corpo todo tensionar. O mundo parece dar voltas e não faz sentido em minha cabeça tudo o que Hudson está falando. Encaro a lista mais uma vez, na pasta de arquivos há extratos bancários com as transferências que comprovam a origem dos valores.

- Eu preciso falar com o meu pai sobre isso. - digo.

- Adrian não podemos levar a polícia essas provas pelo fato de termos conseguido de forma ilegal, mas conseguiríamos ajudá-los a descobrir. Era isso que precisávamos saber se você autorizaria. - Miguel fala com expressão séria, realmente ninguém pode descobrir que temos acesso a isso.

Me sinto mais irritado, lembro de todas as vezes que ele me cercou tentando entrar nos meus negócios.

- Robert é família! Aquele desgraçado há dois anos quis comprar parte da empresa e eu decidi não vender, agora isso? Me parece que ele tem um certo desejo na minha empresa. - falo me pondo de pé e soco a mesa. - DROGA!

- Adrian, pelas investigações eles tem envolvimento direto na queda do jatinho. - Hudson fala e vejo em seu rosto a mesma raiva que reconheço em mim.

- Eu poderia matar esse desgraçado, mas agora tenho uma família pra cuidar. - falo andando pelo escritório.

- O que você pretende fazer? - Hudson pergunta.

- Não posso decidir isso sozinho, preciso falar com meu pai. - digo e me direciono a porta do escritório. - volto já. - falo saindo.

Caminho em direção a sala de estar e vejo Ana acariciando o seu ventre com um sorriso lindo em seus labios. Sinto o meu coração se desmontar, a raiva se dissipar, uma calmaria e pouco de razão me invadir.

Preciso protegê-los.

- Você viu o meu pai? - pergunto e ela me olha com um sorrisão.

- Acho que está na cozinha com sua mãe. Está tudo bem? - ela pergunta.

Livro I: A Resposta É O Amor - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora