Capítulo 16

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Eu e Caroline procuramos Luke por todo canto, mas foi muito difícil encontrá-lo.

Comecei a tossir e ela se preocupou.

- Tá tudo bem? - ela perguntou.

- Eu tô, ignore essas tosses. - falei.

Ela assentiu e disse:

- Vamos, vamos procurar.

Continuamos procurando, mas eu sentia que não íamos encontrá-lo tão cedo.

Ouvi barulhos, e senti cheiro de fumaça.

- Eu odeio o fogo. - falei.

Caroline ficou apavorada e eu a tentei tranquilizá-la, da única forma que eu sei. Criando um plano extra:

- Caroline, vai ver se Elena tá bem, eu vou ver o que os meninos estão aprontando.

- Você vai ficar bem? - ela perguntou.

Dei meu melhor sorriso e disse:

- Não se preocupe, tenho certeza de que Elena precisa mais de você do que eu.

Ela sorriu e me abraçou.

- Qualquer coisa, grita. - disse ela.

- Vai logo, loirinha. - falei.

Ela sorriu e sumiu depois.

Eu respirei fundo, e quando me virei, me deparei com Markos e uma outra viajante.

- Olá, Clarisse. Achei que nunca mais íamos nos ver. - disse Markos.

- Eu nunca vi você na vida. - falei, e recuei, por instinto.

Markos riu e disse:

- Você não me viu, mas eu sim. Anos espionando uma Original com poderes sobrenaturais.

Markos parou na minha frente e eu disse:

- Mais um passo e eu mato você. Seria um prazer sentir o seu coração pulsar nas minhas mãos, pulsar por um último segundo. Até eu arrancar.

Markos riu, tirou uma mecha do meu cabelo do meu rosto e disse:

- Eu posso te ajudar, posso tirar esse poder de você. Ficar livre desse poder todo não seria bom?

Não posso negar, era tentador. Mas imagino que só minha mãe saiba o feitiço certo pra isso, e eu também não vou fazer um acordo com o vilão.

- Eu sinto muito te decepcionar, Markos. Eu não quero ficar sem eles. - falei e avancei pra cima dele.

Infelizmente, esqueci da outra viajante ali, então, ela começou a entoar um feitiço e eu tive a sensação de que queimavam meus neurônios.

- Por favor, para. - implorei, caída no chão.

- É triste ver como uma moça tão bonita se tornou um monstro tão maldoso. - disse ele.

- Markos... por favor. - falei.

- Continue, minha querida. - ele disse à viajante.

Antes que eu pudesse dizer algo, Markos me deu as costas.

Eu me contorci e a aquela viajante do cão, não parava de entoar aquele cântico ridículo.

Senti alguém pegar no meu pulso, mas não havia ninguém.

Me assutei, e então, a viajante parou de entoar o feitiço. Ela caiu no chão morta, porque alguém quebrou a cabeça dela.

Eu me sentei e massageei minhas têmporas.

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